domingo, 22 de janeiro de 2017

Empresas brasileiras dominam mercado de imóveis nos Estados Unidos



Após o estouro da bolha do mercado imobiliário americano, o mundo viu os preços dos imóveis no centro do sonho capitalista despencar. Algumas unidades tiveram redução de, até, 60%. O sonho do brasileiro de passar as férias perto da Disney ficou possível. Era mais barato ter uma casa em Miami ou Orlando do que em São Paulo e Rio de Janeiro. Enquanto no país a crise e a inflação fazia com que os números em aluguéis tivessem queda em mais de 5%, os preços nos Estados Unidos ficaram estáveis. Além do consumidor final, muitas empresas enxergaram antecipadamente um nicho de mercado, especializaram-se e conquistaram o mercado com os seguintes fatores: A forma de lidar com questões contratuais, já que é possível uma mudança no contrato caso o pagamento em um aluguel não ocorra – algo que não é possível no Brasil – e também a questão cultural, pois um comprador brasileiro prefere ser atendido por um corretor também brasileiro.
Seguro na rentabilidade, os investidores brasileiros visam o mercado americano pela segurança da economia. A busca por imóveis tem o foco de aumentar seu campo de atuação no mercado financeiro. No Brasil em meio à crise, os números são baixos, mas nos Estados Unidos – mais precisamente no litoral americano – a procura é alta por aluguéis e compras, alguns podem ser adquiridos pelo custo de US$ 130 mil e US$ 178 mil. Esta atitude financeira foi determinante para algumas empresas conseguirem atuar na ligação entre a América do Sul e a América do Norte, inclusive na área de câmbio. As transações entre os dois países chegam a mais de mil anualmente, com o montante ultrapassando valores de US$ 50 milhões de dólares, só no último ano.
Atualmente, muitas imobiliárias nos EUA são comandadas por brasileiros. Empresários visionários perceberam antes de todos o que ocorreria no futuro próximo e se anteciparam. Hoje, colhem os frutos do investimento. A assessoria de câmbio FB Capital, líder de mercado no envio de remessas de câmbio para a compra de imóveis nos Estados Unidos, soube explorar bem o mercado. Seu sócio, Fernando Bergallo, atua nesse segmento desde 2006, época na qual as assessorias de câmbio não percebiam o potencial de tal segmento, por se tratar de operações de valores não expressivos quando comparados a operações de importação e exportação, por exemplo. “Especializamo-nos em atender a um público que exige atenção rápida e personalizada. Temos dois clientes que demandam que a operação aconteça de forma rápida e segura: o comprador do imóvel e o corretor que precisa finalizar a venda. Ambos são igualmente importantes”, explica Bergallo.
Hoje, a FB Capital domina grande parte do mercado e possui parceria com dezenas de corretores e escritórios de advocacia. “Nós não vendemos serviço de assessoria de câmbio. Nós vendemos credibilidade. Este é nosso maior ativo”, ressalta Bergallo. Os exemplos estão no depoimento do cliente. “A FB Capital me assessorou de forma muito eficiente, reduzindo o prazo do processo burocrático para o envio de uma remessa para o exterior e me dando toda a orientação do pós venda. Na informação de como devo declarar o valor no imposto de renda entre outras regularidades que são exigidas pela legislação brasileira de câmbio e tributária.”, diz o cliente da área jurídica que está expandindo seus negócios. Em 2016, a empresa intermediou mais de US$ 50 milhões no segmento de imóveis. Foram mais de 1.200 operações para seus mais de 700 clientes. Com a recuperação da economia brasileira e a provável queda da cotação da moeda americana, o ano de 2017 deve ser ainda melhor. A assessoria tem como meta crescer 50%, com a realização de US$ 75 milhões de volume e 1.600 operações.
Fonte: Exame

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