quinta-feira, 23 de julho de 2015

BB vai financiar até 90% do valor da casa própria com juros de 9% pelo FGTS



O Banco do Brasil passou a oferecer, nesta semana, uma nova linha de crédito para compra da casa própria. O banco financia até 90% do valor do imóvel novo ou usado (para imóveis de até R$ 400 mil), em até 30 anos, com taxa de juros de 9% ao ano.
A linha, chamada de Pró-cotista, usa recursos do Programa Especial de Crédito Habitacional ao Cotista do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). 
Esse tipo de financiamento só está disponível para quem tem conta ativa no FGTS e um mínimo de 36 contribuições ao fundo, seguidas ou não. Se não tiver conta ativa no FGTS, é preciso que seu saldo total no fundo seja igual ou maior que 10% do valor do imóvel ou da escritura, o que for maior.
As condições desse tipo de crédito foram definidas em maio pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

BB espera oferecer R$ 1 bi

A estimativa do BB é disponibilizar cerca R$ 1 bilhão para novas operações.
O Banco do Brasil identificou 2,2 milhões de clientes que reúnem condições para se habilitar ao financiamento imobiliário por essa linha. 
A carteira de crédito imobiliário do banco atingiu, em abril, R$ 42,06 bilhões, crescimento de 45,9% em 12 meses.

Queda no crédito imobiliário

Nos últimos meses, ficou mais difícil para o brasileiro obter o financiamento da casa própria. 
Em abril, a Caixa Econômica Federal restringiu o financiamento de imóveis usados. Antes, o banco financiava até 80% do preço de um imóvel usado de até R$ 750 mil, e a pessoa só precisava dar 20% de entrada. Agora a Caixa só financia 50%. Num imóvel de R$ 300 mil, por exemplo, a entrada era de R$ 60 mil. Agora tem de ser R$ 150 mil.
A Caixa também já aumentou duas vezes neste ano os juros para financiamento da casa própria neste ano. O BB também anunciou um aumento dos juros, em maio.
Tudo isso porque os bancos usam o dinheiro da poupança para financiar as operações imobiliárias do Sistema Financeiro de Habitação. Com a atual situação econômica do país, porém, os depósitos em poupança têm caído ao longo deste ano e batido recordes negativos. Desse modo, os bancos têm menos recursos para emprestar nesta modalidade de crédito.
( Agência Brasil)

quarta-feira, 22 de julho de 2015

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Imóveis: Bom Momento Para Comprar… E Ruim Para Vender





A situação daqueles que pretendem vender um imóvel em 2014 não é das melhores e a tendência é piorar a partir deste semestre.
Todas as condições que, no passado, eram favoráveis aos vendedores estão se degradando nos últimos meses.
De um lado, isto é ruim para quem precisa vender um imóvel com urgência. Do outro, é bom para quem precisa comprar e depende pouco de um financiamento.

Inflação em alta

Inflação
Isto é um problema para quem possui imóveis à venda.
A inflação degrada o preço anunciado, ou seja, desvaloriza o preço do imóvel diariamente.
Um imóvel de R$ 500 mil que ficou anunciado nos últimos 12 meses pelo mesmo preço, perdeu 6,5% do seu valor graças ao efeito da inflação.
É como se 500 mil hoje só valesse R$ 467 mil, ou seja, a inflação faz o seu dinheiro perder a capacidade de comprar as coisas.
Neste exemplo, o proprietário do imóvel teve uma perda de R$ 32.500,00 sem perceber, já que o preço anunciado continuou o mesmo por 12 meses.
Ao longo dos meses, muitos proprietários de imóveis à venda tentam corrigir o valor anunciado pelo FipeZap.
Este é o índice que supostamente consegue medir a variação de preços dos imóveis anunciados em diversos sites da internet.
O desejável seria que os imóveis valorizarem pelo menos no mesmo ritmo da inflação para não ocorrer perdas. O problema é que atualmente isto não está acontecendo.
No primeiro semestre de 2014, a Fipe registrou queda real no valor dos imóveis. Enquanto a inflação acumulada no período (medida pelo IPCA) foi de 3,75%, o preço dos imóveis avançaram 3,49%.
Perceba que isto é uma média com base nos preços anunciados e não com base nos preços que realmente estão sendo praticados no momento de assinar o contrato de compra e venda.
A inflação elevada também reduz o poder de compra das famílias e sua capacidade de endividamento.
Inflação alta força o governo a tomar algumas medidas que prejudicam o mercado imobiliário, como o aumento da taxa básica de juros (taxa SELIC).

Juros altos

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Juro alto é péssimo para quem precisa de dinheiro emprestado e ótimo para quem pretende investir dinheiro de forma segura em renda fixa (Títulos Públicos, LCILCACDB, entre outros).
De um lado, você encarece o acesso ao crédito e, do outro, estimula uma parte dos investidores a transferirem seus investimentos em imóveis para investimentos em renda fixa.
Hoje, existem títulos públicos pagando juros nominais de quase 12% ao ano e títulos oferecendo juros reais (acima da inflação) de 6% ao ano, onde pagam a inflação medida pelo IPCA + 6%.
O mercado imobiliário depende da oferta de crédito e dos juros baixos para expandir, como aconteceu no passado.
O mercado também precisa dos investidores transferindo suas poupanças do sistema financeiro para o mercado imobiliário, como aconteceu no passado.
A taxa Selic ficou em 7,25% ao ano entre outubro de 2012 e abril de 2013, no menor nível da história.
Juros baixos estimulam investidores a buscarem rentabilidades maiores fora das aplicações de renda fixa e facilita a vida de quem precisa de empréstimos para investir em imóveis.
Quando o governo baixa os juros, não deixa o câmbio flutuar e ainda tenta controlar preços de forma adicional, acaba produzindo uma pressão inflacionaria.
O resultado disso é que nossa inflação bateu no teto da meta que é de 6,5% ao ano.
Para conter a inflação e trazê-la para o centro da meta, que é 4,5% ao ano, o Banco Central elevou os juros para 11% ao ano nos últimos 14 meses e muitos economistas acreditam que a alta nos juros deve continuar até que a inflação recue.

Estoques elevados

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As grandes construtoras do país estão repletas de imóveis prontos para morar e sem clientes capazes de comprar. Já se foi o dia em que para comprar um imóvel bastava querer.
Atualmente, as próprias incorporadoras estão restringindo a venda de imóveis na planta. Somente quem realmente pode pagar pelo imóvel está sendo aprovado.
O motivo foi o enorme número de distratos, ocorrido nos últimos anos.
As incorporadoras vendiam imóveis na planta para qualquer um, sem verificar a capacidade de pagamento da pessoa. No momento da entrada das chaves, estas pessoas não conseguiam aprovar o financiamento no banco.
Já os bancos também estão dificultando o acesso ao crédito imobiliário. Muitos bancos estão pedindo entrada de até 50% para liberar o financiamento.
Como imóveis são bens muito caros e as pessoas têm pouca disciplina para poupar o próprio dinheiro, a quantidade de famílias capazes de comprar um imóvel hoje está diminuindo.
Tudo isto contribui para o aumento dos estoques de imóveis novos.
Como imóvel fechado gera custos enormes para as construtoras, afinal de contas, é dinheiro parado em um ambiente de inflação elevada e onde os imóveis não estão mais valorizando como antes.
A solução é baixar os preços através de promoções.
O problema é que estas promoções prejudicam o mercado de imóveis usados.
Quando o comprador se depara com um apartamento novo e um usado, com preços parecidos, ele sempre opta pelo imóvel mais novo.
Isto está fazendo muitos imóveis usados encalharem.
Quando o proprietário não está disposto a negociar um bom desconto, os imóveis usados simplesmente não vendem.
As placas de “Vende-se” acabam se multiplicando por toda parte.

Dia do vendedor versus Dia do comprador

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Os dias favoráveis para os vendedores estão acabando e o dia dos compradores está chegando.
Quem possui dinheiro investido e precisa comprar um imóvel, encontra condições que devem se tornar cada vez mais favoráveis.
Antes existiam poucos imóveis para muitos compradores que aceitavam pagar qualquer preço (graças ao crédito fácil e rápido) e investidores fugindo dos juros baixos em busca da valorização dos imóveis.
Hoje, a situação é contrária.
Muitos imóveis encalhados, preços tão elevados que mesmo financiando em 35 anos as parcelas não cabem mais no bolso de qualquer família e investidores receosos que preferem manter seus recursos na renda fixa.

Oportunidades podem surgir

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É quando todos querem vender e poucos estão dispostos a comprar que as boas oportunidades surgem para o verdadeiro investidor.
O momento agora é de preparação para o dia das compras. As oportunidades podem surgir a qualquer momento.
O problema é que nem todo mundo está preparado e possui conhecimento para reconhecer boas oportunidades.
Monitore o seu mercado local.
Observe quais são os imóveis à venda na região.
Verifique há quanto tempo os imóveis estão sendo anunciados.
Visite os imóveis e converse com os proprietários e com os corretores.
Sinta os anseios e identifique aqueles que precisam vender o imóvel rapidamente.
Faça suas propostas e espere com paciência.
Quem tem dinheiro hoje, tem o poder na negociação.
Os bancos estão mais restritivos e a espera por toda burocracia para a liberação do financiamento é um transtorno para o vendedor.
Todos aceitam oferecer bons descontos para quem pode fechar negócio e pagar imediatamente.
Quem não pode comprar à vista ou não tem uma boa quantia para dar de entrada (facilita a aprovação do financiamento), aproveite o momento para estudar, se preparar e investir até o momento ideal para a compra.
Se precisar de ajuda, recomendo o Livro Negro dos Imóveis, de minha autoria, que você pode conhecer neste link.
Os juros estão elevados e o tempo está a seu favor.
Quanto mais você poupar e investir seu dinheiro, melhores condições você terá no momento de negociar com o vendedor.
Dinheiro para pagar à vista ou uma grande entrada significa vantagem na negociação de um desconto.


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terça-feira, 21 de julho de 2015

Em breve, o mercado de imóveis estará nas suas mãos

Depois de uma década de euforia, voltaremos a encontrar oportunidades únicas até 2016


Existe uma bolha imobiliária no Brasil?
Em caso afirmativo, essa bolha estaria próxima de estourar?
Talvez ainda em 2015?
Em breve, responderei a essas questões com argumentos técnicos que aprendi a respeitar em mais de 20 anos de experiência nos mercados financeiro e imobiliário.
Antes, porém, quero alertá-lo para o surgimento de um contexto raro, que lhe permitirá investir em imóveis com taxas de retorno muito acima da média. 
Mas de nada adiantam as tentativas de disfarce.
Pois, a essa altura, você já sentiu os primeiros sintomas.
Amigos e parentes reclamam da enorme dificuldade de se comprar um apartamento, mesmo que de um ou dois dormitórios.
O banco não libera as linhas de crédito, a parcela do financiamento ficou grande demais para caber na renda mensal.
Ao mesmo tempo, sua caixa de e-mails está ficando lotada de ofertas aparentemente irrecusáveis de corretores; só desta única vez, última chance, é pegar ou largar…
Mas se os estandes de lançamentos das incorporadoras permanecem vazios, quem é que está aproveitando essas “ofertas irrecusáveis”?
Você não é tonto.
Eu também não sou.
 Logo que comecei a detectar esses sintomas, no início de 2013, fui tomado por um enorme desconforto.
Imaginei de pronto as consequências do estouro de uma bolha imobiliária.
Seria tão dramático que não consegui engolir essa história sem investigá-la a fundo.
Afinal, esse é meu trabalho: eu investigo os fundamentos dos imóveis no Brasil.
Controlei a respiração, deixei a imaginação de lado e procurei me ater aos fatos.
Desde então, venho analisando cada tijolo trincado, cada viga torta, cada cano furado.
Estou convicto: as coisas vão piorar.
Quanto mais piorarem, melhor será para você. 
Faço questão de lhe explicar os motivos.
Depois de uma década de pura euforia, com preços nas alturas, esse mercado pousará novamente nas suas mãos.

Os primeiros sinais da virada

Segundo minhas contas, o ápice dos problemas com o setor imobiliário se dará ainda em 2015 ou 2016, a depender do ritmo da deterioração macroeconômica.
Por que, com a devida convicção, afirmo que as coisas vão piorar?
O gráfico abaixo, organizado pelo Banco Central, mostra que os preços de imóveis residenciais dados em garantia para financiamentos mais do que quintuplicaram, saindo de uma base 100 em março de 2001 para 567 em abril de 2015. 
O ritmo de crescimento dos preços, atualmente, nem de longe lembra o que ocorreu no Brasil entre 2009 e 2011:


O IVG-R é calculado com base nos dados de operações de empréstimos imobiliários para pessoas físicas que têm garantia em imóveis ou hipotecas. Os dados são do Banco Central. 
A base do índice é o preço de avaliação de cada imóvel calculado pelo banco na hora de conceder o crédito.
Em 2007, o Banco Central brasileiro apurou R$ 18 bilhões em linhas de crédito para imóveis. Em 2014, ultrapassamos os R$ 134 bilhões.
Transparece um claro exagero tanto no crescimento dos preços quanto do crédito.
Exageros desse tipo podem durar por algum tempo, mas não infinitamente.
 Em 2014 e continuando agora em 2015, o descompasso entre excesso de oferta e demanda fraca chegou finalmente ao setor financeiro.
 Também em clima de racionamento, a torneira dos financiamentos imobiliários diminuiu bruscamente sua vazão. Os bancos estão muito mais exigentes para concederem empréstimos, fazendo perguntas que não faziam.
 Antes de aprovar o financiamento, a gerente bancária agora verifica até mesmo os gastos do seu cartão de crédito, linha por linha. E pode recusar a liberação por causa disso.
 Os bancos apertaram os critérios de concessão, graças às fragilidades que tomaram conta da economia brasileira. Assim, aquele comprador de imóvel que costumava atender a todas as condições passou a ser rejeitado. Não há como fazer o repasse.
 Essa tem sido a grande razão para o aumento recente dos distratos.
 No distrato, o comprador deixa de ser dono do imóvel e a incorporadora devolve apenas uma parte do dinheiro pago, pesadamente descontado por multas e encargos.
 Não é negócio para ninguém, pois o cliente sai no prejuízo e a incorporadora acumula um amplo estoque de imóveis prontos.
 É justamente aí que começam as oportunidades para os investidores mais atentos.
 A incorporadora que executa muitos distratos tem um belo problema na cabeça: precisa receber 100% do preço do imóvel, com urgência. Enquanto não recebe, o financiamento da construção junto ao banco continua incomodando. Isso eleva a necessidade de capital de giro e induz à pressa na revenda das unidades distratadas.
Não é à toa que estamos vendo tantos saldões de imóveis.
 Dados de São Paulo fornecidos pelo Secovi mostram que o ritmo de vendas caiu e o número de meses necessários para vender o estoque cresceu sem precedentes.
 Atualmente, levaria em média 23 meses para vender todo o estoque de unidades novas do mercado paulista. Há pouco tempo atrás precisaríamos de 7,4 meses.
 Só no estado de São Paulo, são cerca de 28 mil imóveis estocados em excesso em relação ao nível normalizado.
 As incorporadoras não são bobas, não querem queimar caixa. Por isso, já estão reduzindo dramaticamente seus lançamentos, enquanto apelam para os saldões.
 Porém, leva tempo até que esse ajuste de oferta se reflita também nos preços, pois os lançamentos feitos de 2012 para cá já estão nas barrigas das mães, têm seu parto garantido.
 Percebe o que aconteceu?
 Estamos diante de uma janela de oportunidade única, que agora se abriu.
Contudo, ela ficará aberta por pouco tempo.
 Neste período, temos que tirar o melhor proveito possível. Pulamos dentro dessa janela, caçamos os negócios de ouro e voltamos para fora.
 Quero ajudá-lo desde já a identificar os descontos mais atrativos nessa transição.

 O mapa para os compradores

Você já percebeu que eu derivo conclusões bastante críticas quanto ao momento do mercado imobiliário.
 No entanto, apesar dos preços inflados e da saturação nos financiamentos, não classifico a imagem corrente como uma bolha, mas sim como uma janela de oportunidade.
 É importantíssimo fazer essa distinção, de enormes consequências práticas.
 Se acharmos que existe mesmo uma bolha, ficaremos lá fora, deixando chances preciosas de lucro na mesa da sala.
 Outros investidores mais astutos entrarão e sairão numa boa pela janela.
 Como pessoas racionais, não podemos pecar por excesso de conservadorismo, supondo que o mercado cairá absurdos 60% ou 70%.
 Felizmente, não precisamos que estoure uma bolha imaginária para aproveitar as barganhas. O panorama atual já é mais do que suficiente para oferecer excelentes negócios imobiliários.
 Basta apenas você ter as ferramentas para discernir o que é ou não é realmente atrativo.
 Por exemplo: o que esperar dos descontos?
 Como você pode olhar para um saldão de imóveis, cheio de lábia dos corretores, e ainda assim saber se os preços estão verdadeiramente baratos?
 Fazendo cálculos com base no potencial prejuízo dos vendedores, posso deduzir que um intervalo de descontos “natural” para o momento fica entre 8% a 15%.
 Estudando um pouco as particularidades do mercado e apertando na negociação, você alcança barganhas a 25% do preço de tabela.
 E combinando uma investigação profunda com um pouco de sorte, dá para encontrar até mesmo descontos raros de 40%.
 Sejam abates de 15%, 25% ou 40%, a mensagem aqui é clara: o mercado pertence hoje aos compradores.
 Se você estiver com dinheiro e crédito para comprar seu imóvel, os corretores e as incorporadoras comerão na sua mão.
A rigor, tanto os corretores quanto as incorporadoras caíram em sua própria armadilha, alimentando um círculo vicioso.
 E nada indica mudança deste cenário em curto prazo, até que a janela volte a se fechar.
 Pois bem, você já sabe o principal: não é o caso de uma bolha imobiliária, mas estamos em uma época propícia à aquisição de imóveis com desconto.
 No entanto, nem por isso você sairá à rua seguindo a esmo o Google Maps, batendo de porta em porta em busca de enormes pechinchas…
 Até porque um comprador desesperado pode atrair vendedores desesperados, e esse tipo de combinação não costuma terminar bem.
 O que você precisa, na verdade, é de um guia para comprar com inteligência.
 Eu fui desenhando esse guia gradualmente, ao longo de 20 anos, trabalhando em algumas das maiores empresas brasileiras e do mercado imobiliário, e comparando assim os vários lados do balcão.
 Sei bem que um desconto aparente de 15% – sobre uma tabela que foi elevada pelo marketing em 20% – significa que você está pagando mais caro, e não mais barato.
 E conheço também as armadilhas de se comprar empreendimentos baratíssimos, prestes a se transformarem em prédios fantasmas.
 Sigo andando pelas ruas das principais metrópoles brasileiras, conversando com empresas e analisando as estatísticas relevantes. Não vou mandá-lo seguir uma rota mais curta que passa no meio de boca de drogas, nem vou lhe indicar qualquer contramão.
 O Google Maps que me desculpe, mas eu sou um analista à moda antiga.
 Escrevo relatórios originais sobre oportunidades imobiliárias. Minhas dicas são diretas, extraídas da experiência própria como investidor e como profissional.

 Meu método de investimento

Além do amplo acesso a informações confiáveis, o investimento em imóveis depende de um método bem definido.
 Sem um método para assessorá-lo, você pode até achar que está fazendo bons negócios, mas na verdade só está surfando no ciclo do mercado.
 O dinheiro que entra em seu bolso por sorte sairá do seu bolso por azar. Esse vai-e-volta se deve àquele que considero o erro mais grave do investimento em imóveis: a ganância pela apreciação do ativo.
 Todo mundo só pensa em apreciação, apreciação, apreciação…
 Não me entenda mal, sou fã confesso da valorização de imóveis.
 Porém, eu nunca miro exclusivamente na apreciação. Em vez disso, prefiro me concentrar nas variáveis sob meu controle, e deixo a apreciação como um belo prêmio a se colher caso as coisas deem certo para o mercado no qual apostei.
 A valorização de um imóvel nunca esteve sob meu comando, nem nunca estará sob o comando de ninguém. Ela pode torná-lo rico, sem dúvida. Mas dificilmente será a verdadeira causa de sua riqueza.
 Deixe-me explicar melhor, através das cinco principais variáveis que podem ser efetivamente controladas, total ou parcialmente:
----------------------------------------------------------------------------------------------- 
 #1. O preço de entrada no imóvel e, mais especificamente, o desconto embutido no preço de entrada.

#2. Métricas de vacância, inadimplência e velocidade de vendas, analisadas com base no histórico recente e na conjuntura atual.

#3. O aluguel potencial da região em que está localizado o imóvel, e como ele se relaciona com o preço pago ao longo do tempo.

#4. As condições de financiamento (juros, prazo, custos de transação).

#5. A capacidade de amortizar 100% do imóvel num dado período tangível.
 ----------------------------------------------------------------------------------------------- 
 Estudo essas cinco variáveis em base recorrente, e sou extremamente minucioso quanto à importância de cada uma delas em minhas análises imobiliárias, pois sei que elas significam muito dinheiro.
 Quando começo a investigar um mercado e enxergo ali um grande potencial de valorização, é claro que me sinto mais atraído por conta disso.
 Já ao mirar em segmentos ou projetos mais específicos, uso o critério máximo de Warren Buffett: “como seria se eu fosse proprietário desse ativo até o final dos tempos?”.
 Em minha cabeça, imagino-me como dono de uma casa, apartamento, escritório, galpão, quarto de hotel, etc, para sempre. Assim, evito bitolar na apreciação. Quero estar satisfeito com meu investimento mesmo se não ocorra uma valorização a curto prazo.
 Ao mesmo tempo, não gosto de negócios nos quais os compradores ficam arcando muito tempo com custos de condomínio, manutenção, além das parcelas do empréstimo.
 O imóvel tem que andar com as próprias pernas o mais rápido possível, para então ele mesmo começar a me carregar nas costas.
 Em suma: não cobro valorização a curto prazo, mas espero que a renda obtida com o imóvel seja suficiente para ao menos cobrir despesas operacionais e financeiras.
 Como se pode notar, meu método é baseado em princípios conservadores e que ganham justamente pela simplicidade.
 Não admito perder dinheiro com imóveis.
 Nem admito ignorar as melhores oportunidades.
 Segundo meus cálculos, estamos adentrando um ciclo em que os ganhos potenciais são enormes.
  

A oportunidade em suas mãos

 Minha meta é auxiliá-lo a captar os lucros que o setor imobiliário passa a oferecer na janela de oportunidade para os próximos 12 a 24 meses.
 Como o tempo é escasso, devemos ser rápidos e objetivos.
 Desde outubro de 2014, venho trabalhando junto ao time de analistas da Empiricus para produzirmos as melhores recomendações em imóveis.
 Não importa o lugar, a época, o tipo de imóvel ou qualquer outra característica do investimento. Existe algo que acompanha todas as pessoas que já lucraram muito e as que estão lucrando neste exato momento:
 Informação. Sem informação você não gera conhecimento. E sem conhecimento você não prospera no mercado imobiliário.
 Sem informação, você compra um apartamento para alugar numa região onde a taxa de vacância é enorme.
 Sem informação, você investe em um hotel e gera um lucro líquido pífio de 0,1%.
Você precisa entender do assunto para tirar o máximo de proveito das situações que se apresentam.

 Não existe momento bom ou ruim para quem tem informação. Só existem oportunidades.

Se você possuir informações que tragam vantagem estratégica aos seus investimentos, até uma queda de preços passa a ser uma ótima oportunidade de lucrar.
 Enquanto seu vizinho acredita em estouro de bolha no Brasil, você planeja sua próxima aquisição para lucrar mais.
 Para isso, é fundamental contar com a assistência de alguém que domina o assunto.


Crise econômica cria um bom momento para comprar imóveis


A crise econômica nacional tem revelado um lado positivo para o mercado imobiliário da Bahia: sem poder apostar em novos empreendimentos, o setor está conseguindo reduzir o estoque de unidades habitacionais.
Nos primeiros quatro meses deste ano, as vendas de imóveis já prontos, em construção ou na planta superaram em 417% os lançamentos, em comparação ao primeiro quadrimestre do ano passado.
Para o comprador, a boa notícia é que, como em qualquer atividade comercial, o período de venda de estoque é considerado ideal para fazer bons negócios. Resultado: o preço médio do metro quadrado em Salvador caiu de R$ 7 mil para R$ 5 mil.
Preço e renda
“Temos o segundo menor preço, relativamente à renda média da população, dentre as capitais brasileiras pesquisadas pelo Índice FipeZap”, destaca o presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-Bahia), Luciano Muricy, referindo-se ao levantamento feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), em parceria com o portal de comercialização Zap Imóveis.
Pela pesquisa, divulgada em abril, somente Porto Alegre tem o custo médio de imóveis mais barato que a capital baiana. Com bom preço e unidades disponíveis, o setor tem registrado bons números: dos aproximadamente 8 mil imóveis que aguardavam por comercialização no ano passado em Salvador e Região Metropolitana, restam agora 5.663, sendo que apenas 1.363 são imóveis prontos. As demais unidades estão ainda na planta (1.600) ou em construção (2.700).
“Com relativa oferta a um bom preço, este é mesmo um momento de oportunidade”, frisa o presidente da Ademi-Bahia.
Momento favorável
Segundo Muricy, o momento atual torna-se ainda mais favorável para quem pensa em comprar um imóvel na cidade, pois novos custos devem impactar os preços dos imóveis a serem lançados na capital baiana a partir do ano que vem.
Aumento do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU) dos terrenos; novos valores da Transferência do Direito de Construir (Transcon) e da outorga onerosa do direito de construir (taxa paga à prefeitura, “que embora tenha caído 45% este ano ainda é três vezes mais cara do que os valores cobrados em 2013″) seriam alguns dos novos custos previstos para o setor da construção civil.
Além destes, há ainda as novas exigências de qualidade técnica previstas pela Norma de Desempenho da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e os reajustes acumulativos dos dissídios coletivos dos trabalhadores a serem aplicados após a “entressafra” atual do mercado.
No contexto nacional, a retração do mercado facilitando as negociações e a ampliação da oferta de financiamento por bancos privados estariam entre os demais fatores favoráveis para a aquisição de imóvel, seja para casa própria ou mesmo para investir.