terça-feira, 10 de outubro de 2023

 O Airbnb vai invadir a praia do seu aluguel




Uma das profecias mais aguardadas do mercado imobiliário global finalmente dá mostras de que vai se realizar.

Há pelo menos cinco anos, em conversas com proptechs e donos de imobiliárias, ouço a expectativa em torno do dia em que o Airbnb passaria a operar no aluguel convencional, de longo prazo.

Pois este dia chegou, e você terá que se adaptar a mais este movimento de mercado.

Vamos começar pelo contexto que levou o Airbnb a esta decisão.

Uma das startups mais revolucionárias de todos os tempos, o Airbnb se notabilizou por tomar mercado dos hotéis ofertando a locação de temporada, o famoso short stay.

Tamanho foi o seu sucesso com a proposta de valor de ofertar quartos e imóveis inteiros para viajantes, que os locadores descobriram que alugar pelo Airbnb era muuuito mais rentável do que deixar os seus imóveis na locação tradicional.

O resultado?

Nas capitais europeias com vocação turística e metrópoles americanas, o fenômeno do short stay se espalhou feito um vírus, a ponto de gerar um problema de ordem social: o número de imóveis disponíveis para locação convencional despencou, provocando aumento de preços e expulsando moradores para a periferia de cidades como Nova York, Berlim e Lisboa.

Numa ironia do capitalismo, porém, o sucesso galopante da startup despertou a reação de autoridades locais, que passaram a aprovar leis dificultando ou até proibindo o aluguel de temporada em regiões inteiras.

Nesta semana, o CEO do Airbnb, Brian Chesky, abriu o jogo e revelou que a startup está à beira da insolvência por conta das restrições governamentais.

Ato contínuo, como estratégia de sobrevivência, Chesky revelou ao Financial Times que em 2024 a empresa planeja começar a operar a locação tradicional de longo prazo.

Qual o impacto deste anúncio para a sua imobiliária?

Em primeiro lugar, saiba que provavelmente o Airbnb já vinha roubando locadores da sua carteira e potenciais investidores que hoje estão investindo na locação de temporada.

Hoje, o Airbnb já soma mais de 430.000 imóveis anunciados na plataforma em todo o Brasil, e a verdade é que as imobiliárias demoraram a perceber que estavam deixando dinheiro na mesa.

Só agora, depois de 15 anos de operação do Airbnb, vejo um movimento consistente de reação das imobiliárias buscando entender este mercado e buscando formas de o explorar

Agora, com o lançamento do aluguel de longo prazo, a ficha deve cair para todos, e aqui precisamos entender as virtudes e fragilidades do Airbnb.

Começando pelas fraquezas, o Airbnb oferece uma experiência de locação incrível, a menos que tudo aconteça conforme o programado.

O suporte aos clientes, em caso de algum imprevisto, é lento e pouco resolutivo, com a plataforma sempre “convidando” as partes a se entenderem.

Ou seja, o Airbnb não está pronto para relações de longo prazo, que normalmente acabam encarando desgastes relacionados a reparos e manutenção, entre outras situações que exigem mediação.

Em outras palavras, o Airbnb não faz administração de imóveis, e isso vai muito além do papel de um marketplace que só conecta locadores e locatários.

Se você deseja encarar o seu novo concorrente, aí está um bom caminho: abraçar a administração com todas a sua complexidade, elevando a sua capacidade de relacionamento e gestão de conflitos.

Já o ponto forte do Airbnb é a sua tecnologia muito bem resolvida, além da sua marca fortíssima que independe de tráfego pago para atrair visitantes.

Se o mesmo imóvel anunciado pela sua imobiliária estiver divulgado também no Airbnb, saiba que você corre o sério risco de ficar com as mãos abanando.

Para encarar esta fortaleza do concorrente, você deve apostar na captação de imóveis com exclusividade e na construção de estratégias de marketing que te permitam oferecer liquidez às propriedades anunciadas.

Se você acredita que o Airbnb vai demorar a chegar ao Brasil ou não ameaça o seu mercado, tudo bem.

Os seus concorrentes agradecem, mas saiba que estamos diante de uma iminente revolução da dimensão daquela provocada pela chegada do QuintoAndar, que revolucionou a experiência de alugar no Brasil.



sexta-feira, 4 de agosto de 2023

 

Por que Vila Nova Conceição está entre os bairros mais desejados para se morar?







São Paulo é uma das maiores metrópoles do mundo, com avenidas amplas e movimentadas, grandes empresas, centros comerciais e um estilo de vida único e agitado. 

A selva de pedra de estende até o horizonte, no entanto, existem refúgios e oásis para aqueles que buscam qualidade de vida e conforto, e um desses locais privilegiados é o bairro Vila Nova Conceição, o tema do nosso artigo de hoje!

A história do bairro

A Vila Nova Conceição foi fundada em 1936, quando uma certa fazenda Santa Maria seria loteada para que a Vila Nova Conceição fosse oficialmente criada.

A ideia era criar um bairro planejado, com ruas amplas, arborizadas e com lotes espaçosos, que oferecesse uma alternativa à agitação do centro da cidade.

Inicialmente, a região era pouco habitada e era conhecida como uma área de chácaras e sítios, que abrigavam algumas das famílias mais tradicionais da cidade. Com o tempo, porém, a Vila Nova Conceição começou a se desenvolver e se tornar um bairro cada vez mais valorizado.

Durante as décadas de 1940 e 1950, o bairro passou por uma grande transformação, com a chegada de novos moradores e a construção de edifícios de apartamentos e casas de alto padrão. A partir daí, a Vila Nova Conceição se consolidou como um dos bairros mais elegantes e sofisticados da cidade, com uma arquitetura moderna e uma ampla oferta de serviços e comércio de luxo.

Nos anos 1990 e 2000, a região passou por um novo ciclo de valorização, com a construção de edifícios de alto padrão e a revitalização de espaços públicos, como a Praça Pereira Coutinho. Hoje, a Vila Nova Conceição é considerada uma das áreas mais nobres e desejadas da cidade.


Localização privilegiada

O entorno da Vila Nova Conceição é formado por bairros nobres da cidade de São Paulo, situados na zona sul da cidade. Entre os bairros vizinhos mais próximos estão Moema, Ibirapuera, Itaim Bibi, Jardim Europa e Jardim Paulista, conectando seus moradores a vasta gama de empresas, serviços, shoppings, gastronomia, comodidades e entretenimento.

Além dos bairros vizinhos, a Vila Nova Conceição também está localizada próxima ao Parque do Ibirapuera, um dos principais pontos turísticos da cidade de São Paulo, que oferece amplas áreas verdes, museus, espaços culturais e diversas opções de lazer ao ar livre.

Outra atração próxima à Vila Nova Conceição é a Avenida Brigadeiro Faria Lima, uma das principais avenidas da cidade, que abriga alguns dos principais escritórios e empresas de São Paulo, além de ser um importante polo de entretenimento e gastronomia. 


Arquitetura elegante

O estilo arquitetônico da Vila Nova Conceição é marcado por construções modernas e de alto padrão, que mesclam elementos clássicos e contemporâneos.

Os primeiros edifícios construídos na Vila Nova Conceição tinham uma arquitetura mais clássica, com fachadas trabalhadas, colunas e detalhes ornamentais. Com o passar do tempo, porém, o estilo arquitetônico evoluiu para uma estética mais minimalista e contemporânea, com linhas retas, formas geométricas e o uso de materiais como vidro, aço e concreto aparente.

Hoje em dia, é comum ver na Vila Nova Conceição edifícios de apartamentos e casas de alto padrão com projeto assinado por arquitetos renomados como Eduardo Souto de Moura, Ruy Ohtake e Isay Weinfeld, que buscam aliar estética e funcionalidade em suas construções. Algumas características comuns desse estilo arquitetônico incluem:

Fachadas limpas, com linhas retas e superfícies lisas;

Grandes janelas e varandas, que favorecem a entrada de luz natural e a integração entre os espaços internos e externos;

Uso de materiais nobres, como mármores, granitos e madeira de lei;

  • Elementos de design contemporâneo, como luminárias e mobiliário de design;
  • Paisagismo planejado, com jardins e áreas verdes bem cuidadas e integradas à arquitetura.

A Vila Nova Conceição é um bairro que se destaca pela sua arquitetura sofisticada e contemporânea, que alia beleza estética, funcionalidade e conforto para seus moradores.


Lazer de altíssimo padrão

Um bairro desse porte não poderia deixar de contar com as melhores opções de lazer para seus residentes, sendo destaque na cidade São Paulo, podemos citar: 

Parque Ibirapuera: o principal parque de São Paulo está localizado próximo à Vila Nova Conceição e oferece diversas opções de lazer ao ar livre, como pistas de corrida e ciclismo, quadras de esporte, lagos, museus e áreas para piquenique.

Shopping JK Iguatemi: um dos principais shoppings de luxo da cidade, que oferece uma ampla variedade de lojas, restaurantes, cinemas e espaços de entretenimento.

Praça Pereira Coutinho: uma praça localizada no coração da Vila Nova Conceição, que oferece áreas verdes, parquinho infantil, bancos para descanso e sofisticada gastronomia no entorno.

Casa das Rosas: um espaço cultural que abriga exposições, shows e eventos literários, localizado no bairro vizinho do Jardim Paulista.

Kinoplex Vila Olímpia: um cinema localizado no Shopping Vila Olímpia, que oferece salas confortáveis e uma ampla programação de filmes.

Bacio di Latte: uma sorveteria que oferece sabores artesanais e deliciosos, perfeita para um passeio em um dia quente de verão.

Eataly São Paulo: um mercado gourmet italiano que oferece uma ampla variedade de produtos típicos, além de restaurantes e bares para degustação.

Esses são apenas alguns exemplos dos principais pontos de lazer da Vila Nova Conceição e região. O bairro oferece ainda uma ampla variedade de bares, restaurantes e cafés, que podem ser explorados pelos visitantes em busca de uma experiência gastronômica diferenciada.


Infraestrutura diferenciada


A infraestrutura da Vila Nova Conceição é um dos pontos mais elogiados pelos moradores e visitantes do bairro. A região conta com uma ampla variedade de serviços, incluindo hospitais, farmácias, padarias e mercados.

Com relação aos hospitais, o bairro conta com algumas opções próximas, como o Hospital São Luiz, que oferece atendimento de emergência e internação. Outras opções incluem o Hospital Santa Paula, o Hospital Israelita Albert Einstein e o Hospital São Paulo, que estão localizados em bairros vizinhos.

A Vila Nova Conceição também conta com diversas farmácias, que oferecem uma ampla variedade de medicamentos e produtos de saúde. Entre as principais opções estão a Drogaria São Paulo, a Drogaria Onofre e a Drogasil, todas localizadas na Avenida Santo Amaro.

A região também conta com diversas opções de padarias de qualidade, como a tradicional Santa Etienne e a também tradicional Vila Nova, que oferecem uma ampla variedade de pães, doces e salgados. Além disso, o bairro conta com diversos mercados, como o Pão de Açúcar, Emporium São Paulo, e a Frutaria São Paulo, este badalado point da juventude que mora no bairro.


Morando na Vila Nova Conceição


Certamente, morar na Vila Nova Conceição é um privilégio que exige um alto padrão de investimentos, mas o retorno em qualidade de vida é perceptível. 

A Vila Nova Conceição é um bairro completo, contando com uma história riquíssima, arquitetura diferenciada, grande diversidade de lazer e uma infraestrutura completa.

Para aqueles que buscam um local para chamar de “lar”, certamente este é o destino perfeito!




domingo, 30 de julho de 2023

 O Censo, as grandes imobiliárias e o desafio da retenção de líderes



Os mais recentes números do Censo divulgados pelo IBGE jogam luz sobre a dinâmica de crescimento não somente da população brasileira, mas também evidenciam a estratégia de imobiliárias líderes de mercado historicamente regionais que começam a se tornar empresas de atuação territorial mais ampla.

Se você entende que imobiliárias estão condenadas a serem empresas locais, com dificuldades para serem escaladas, talvez seja hora de rever seus conceitos, sobretudo quando estamos falando de territórios onde há dinheiro relevante circulando.

Cidades prósperas, que cresceram muito acima da média nacional, de acordo com o IBGE, são justamente as praças em que o perfil da grande imobiliária está encontrando terreno mais fértil para investir e escalar resultados.

Se alguém, no passado, imaginou que as grandes imobiliárias, em especial, poderiam capitular diante do avanço dos marketplaces, a dinâmica do que ocorre em cidades como Florianópolis, Goiânia e Curitiba nos mostra que o modelo de negócio das imobiliárias está, sim, fortalecido, principalmente nas capitais brasileiras que mais se desenvolvem.

Entre mais de 5.000 municípios brasileiros, chama a atenção o que ocorre em Florianópolis, Goiânia e Curitiba, capitais que se destacaram no último Censo.

No Sul, enquanto Porto Alegre viu sua população diminuir 5,4% entre 2010 e 2022, Florianópolis destacou-se como a segunda capital brasileira que mais cresceu (27,5%) e Curitiba também evoluiu 1,25%.

Já no Centro-Oeste, movida pelo agro, a população de Goiânia saltou 10,39% desde o Censo anterior e hoje figura entre as 10 maiores capitais brasileiras.

Não à toa, as três cidades acima citadas lideram o ranking nacional de valorização do aluguel nos últimos 12 meses segundo o FipeZAP+: Goiânia (+37,92%), Florianópolis (+36,18%) e Curitiba (+21,58%).

Os casos dessas cidades se tornam mais especialmente relevantes quando observamos a movimentação dos principais players dessas praças.

A capital catarinense, antes dominada por operadores locais, agora é o foco de expansão das redes de franquias imobiliárias porto-alegrenses, que partem em busca de um ambiente mais próspero.

Juntas, Crédito Real e Auxiliadora Predial planejam operar 15 lojas em Florianópolis, isso depois de a primeira ter adquirido a carteira de locação da tradicional Brognoli.

Empresas líderes do mercado local, Ibagy em aluguel e Gralha em vendas, estão ampliando investimentos para reagir ao avanço dos gaúchos, dentro de uma batalha mercadológica que coloca frente a frente o modelo de franquias e as operações tradicionais com dono único.

Em Goiânia, o cenário é de expansão territorial agressiva das líderes de vendas locais, Urbs, Adão e MyBroker, empresas que, juntas, totalizam mais de 3.000 corretores de imóveis.

Enquanto a versátil Urbs, também líder em locação, avança com planos de entrada em São Paulo e Rio de Janeiro, a Adão opera em 60 cidades de vocação agrícola com o lançamento de loteamentos e a MyBroker de Ricardo Martins já soma 34 unidades em sete Estados.

Em Curitiba, quem puxa a expansão dos players locais são as líderes de vendas Apolar (segunda maior carteira de locação do Sul do Brasil) e JBA.

Baseada no modelo de franquias, a Apolar ultrapassou a marca de 60 lojas no Paraná e Santa Catarina, enquanto a JBA, que trabalha com unidades próprias, abrirá somente neste ano mais cinco lojas em Curitiba e região metropolitana.

Quinze anos depois da fracassada abertura de capital de Lopes e Brasil Brokers com o objetivo de estabelecer grandes imobiliárias de abrangência nacional, finalmente parece que estamos caminhando para um cenário em que de fato as imobiliárias deixam de ser empresas regionais.

Desta vez, o modelo não passa pela abertura de capital e compra de operações locais, como fizeram intensivamente Lopes e Brasil Brokers, sem conseguir êxito.

Agora, os caminhos de expansão escolhidos estão sendo o franchising e o modelo de partnership, em que gerentes de vendas são alçados à condição de diretores e sócios responsáveis por liderar novas unidades.

Dentro de um mercado que historicamente assistiu passivamente a perda de talentos que se tornavam concorrentes com a abertura de novas imobiliárias, este movimento percebido nas capitais prósperas é bem-vindo. A retenção de profissionais de alta performance é uma dor que o mercado imobiliário definitivamente precisa resolver.

Empresas que ultrapassam fronteiras mercadológicas servem de inspiração para outros empreendedores e ajudam a validar a tese de que imobiliárias podem ser empresas de grande porte com sucessão estruturada e dependência reduzida em relação a seus líderes.

Se o movimento em curso em Florianópolis, Goiânia e Curitiba vingar, as imobiliárias brasileiras sairão ainda mais fortalecidas.

 

Fonte : Rodrigo Werneck


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

 Reforma de imóvel alugado: o que pode ser feito? Quem paga?




O que pode ser feito na reforma de imóvel alugado? Seja casa ou apartamento, é comum que o inquilino queira fazer alguma mudança na decoração ou até mesmo reformar em seu novo teto. Porém, existem limites para isso, já que o bem pertence ao locador.

Para os mais experientes, algumas dúvidas podem parecer simples, só que, para inquilinos recém-chegados, a situação é outra. Afinal, pode furar parede em apartamento alugado? Pode colocar papel de parede? Pode fazer uma pintura diferente?

As dúvidas são comuns e podem pegar inquilinos, corretores e imobiliárias de surpresa.

Pode reformar a casa ou apartamento alugado?

Para reformar o apartamento alugado, é preciso ter a permissão do dono. Em muitos casos as benfeitorias são aceitas pelos locadores, mas elas não podem ser realizadas pelo inquilino sem que o proprietário seja consultado.

Essa cautela é importante também para fugir de transtornos maiores. Ao modificar uma parede ou mesmo furá-la, é preciso saber se a estrutura do imóvel permite esta alteração, ou se a ação pode acabar afetando um encanamento de água, por exemplo.

Para evitar problemas futuros, é indicado gerar uma autorização por escrito sobre a modificação, a ser assinada pelas partes e anexada ao contrato de locação.

Pode-se exigir reformas no imóvel para assinar contrato de locação?

Caso o candidato a inquilino queira propor melhorias no imóvel antes mesmo de assinar o contrato, esse pode ser um bom caminho. Mas é bastante positivo para a segurança de locador e locatário que os termos da reforma constem em contrato.

Alguns reparos corriqueiros sequer precisam ser aprofundados, bastando ter atenção com o momento de vistoria e fazer a sinalização junto da imobiliária. Desta maneira, podem ser resolvidas questões envolvendo torneiras, vidros, rachaduras, problemas em móveis e equipamentos, entre outros.

Porém, se a ideia é tocar uma reforma ou modificação no ambiente, é preciso tratar a questão no contato com a imobiliária e proprietário. Nesta conversa inicial, pode-se entender quais são as possibilidades reais de reforma e também ter a devida autorização do proprietário. Também é possível ao inquilino abater o valor gasto nas melhorias das futuras parcelas do aluguel. 

Contudo, deve-se observar que tudo deve ser negociado e o locador não é obrigado a aceitar os pedidos. 

Saiba o que pode ser feito na reforma de imóvel alugado

Pintura de paredes: é preciso ter atenção ao contrato, porém, na maioria dos casos, basta devolver o imóvel com a pintura original.

Papéis de parede e adesivos (papel contact): vale a mesma regra da pintura, ou seja, deve-se restaurar a condição original da parede quando chegar a hora de devolver as chaves.

Furar paredes: para furar, é preciso ter a confirmação de que não será afetada alguma parte estrutural, como encanamentos hidráulicos ou parte elétrica. Se estiver tudo certo, a ação é liberada, contanto que seja devolvido com as mesmas condições e furos tapados.

Banheiros: a troca de chuveiros, acessórios ou mesmo assento do vaso sanitário pode ser realizada, desde que as peças originais sejam guardadas e reinstaladas na devolução do imóvel.

E o que não pode ser feito em imóvel alugado?

Ações que envolvam a estrutura do imóvel exigem maior cuidado do inquilino. É obrigatória a consulta junto ao locador.

Entre os pedidos mais comuns, estão a derrubada de paredes, troca de pisos, azulejos e acabamentos. Nenhuma destas ações pode ser realizada sem autorização do proprietário.

Por se tratarem de medidas de valor elevado, também cabe ao locatário pensar no custo-benefício da reforma, já que o benefício ficará para o imóvel caso não haja acordo para ressarcimento.

AutorRodrigo Arend



sexta-feira, 21 de outubro de 2022

 

Mineiro vai para os EUA com US$ 300 e monta negócio bilionário de imóveis




Carlos Vaz trabalhou como garçom e foi ajudante de pedreiro em Boston antes de montar seu próprio negócio

Filho de pai açougueiro e mãe dona de casa, Carlos Vaz nasceu em Itajubá, no interior de Minas Gerais, e chegou onde rapazes como ele jamais imaginaram. Duas décadas após desembarcar nos Estados Unidos em busca de um futuro melhor, Vaz possui mais de US$ 1 bilhão em imóveis geridos pela empresa que fundou e em que atua como CEO, a Conti Capital. Todos residenciais e voltados para locação. Mas quem vê o sucesso do brasileiro em solo americano nem imagina as dificuldades que enfrentou.

Vaz chegou ao país em 2001, após dois anos de greves na Universidade Federal de Viçosa, onde cursava Direito. No bolso, tinha apenas US$ 300 e a declaração de que faria um estágio não remunerado num escritório de advocacia em Boston. "Encontrei a vaga na internet. Não conhecia ninguém lá, mas decidi ir com a cara e a coragem", recordou.

O primeiro desafio de Vaz, que hoje já negociou mais de 9.000 apartamentos, foi a moradia. O lugar mais barato que conseguiu foi na casa de um imigrante chileno. Mas como os quartos principais já estavam alugados, restou apenas o sotão. "Era mais barato." Ainda assim, o preço pela acomodação era maior do que tinha em mãos: US$ 350. "Só que o valor era pago no fim do mês. Então eu ainda tinha 30 dias para levantar o dinheiro." Como o estágio, das 8h às 15h, ocupava a maior parte do seu dia, a solução foi trabalhar de madrugada num galpão de entrega de jornais.

"Os caminhões chegavam a partir das 2h30 com os jornais. Eu organizava tudo de acordo com as rotas de entrega e às 4h o galpão era aberto para iniciar a distribuição. O processo acabava por volta das 5h. Depois eu tinha que limpar tudo, porque ficava uma bagunça. Saía de lá por volta das 6h para me arrumar para o estágio", recordou.

O dinheiro, no entanto, não dava para muito além do aluguel e foi preciso arrumar um terceiro emprego, como garçom aos fins de semana. "A partir daí comecei a guardar dinheiro e a fazer pequenos cursos no período da noite voltados para economia e administração."

O aprendizado que adquiriu no período serviu de base para o que viria a construir. Como o estágio era voltado para o direito imobiliário dos Estados Unidos, decidiu que esse seria o seu futuro.

Primeiros passos na construção

"Queria conhecer a fundo o setor antes de me aventurar. Então comecei a procurar trabalhos como ajudante de carpinteiro, que é equivalente a ajudante de pedreiro no Brasil." A falta de experiência no setor, no entanto, fez com que fosse declinado em diversas entrevistas, até que encontrou sua primeira oportunidade.

"Foi onde eu aprendi na prática e consegui as ferramentas para dar início ao que seria a Conti", disse. A empresa, batizada de Conti Construction em homenagem ao sobrenome de sua mãe, iniciou com serviços de reparo, que Vaz realizava no período em que não estava na obra. O anúncio era feito por panfletos, que entregava à noite nas casas da região.

"Alguns reclamavam, mas outros entravam em contato e pediam para instalar uma porta, uma janela. Se fosse algo maior, levava junto um amigo carpinteiro para que ficasse bem feito."

O negócio começou a crescer e se tornou o principal trabalho de Vaz. Em 2005, a Conti mudou seu foco para o mercado de house flipping -- modalidade que envolve a reforma de imóveis subvaloriados para a venda. Em dois anos, Vaz já havia vendido mais de 30 imóveis em Boston e aprendido mais sobre financiamento imobiliário. Foi quando começou a notar sinais de que uma bolha poderia estourar nos Estados Unidos, o que fez repensar os próximos passos de sua empresa.

"A cidade não estava crescendo, o banco dava financiamento muito fácil e gente que não podia comprar casa estava comprando. A bolha estava nítida, mas era como dirigir numa rodovia com muita neblina. Não se sabia o que ia acontecer depois." A decisão foi vender todas as casas que tinha em 2007 e passar a buscar novos horizontes. Foi quando entrou no negócio de multifamily, em que está até hoje.

Os multifamilies são como condomínios horizontais ou prédios. A diferença é que, em vez de cada apartemento ter um dono, no multifamily, apenas uma pessoa ou empresa é dona de toda a propriedade. A vantagem é que estrutura facilita projetos de reforma para valorizar o local, uma vez que não é preciso a aprovação de cada proprietário.

"Mas Boston não estava crescendo. Então, passei a estudar os lugares mais promissoras dos Estados Unidos e encontrei Dallas, para onde fui. Rodei mais de 80.000 quilômetros da região metropolitana de Dallas-Fort Worth. Passei a fazer uma rede de contatos com as pessoas da área."

Apesar do sonho grande, Vaz contou que ainda era visto com cetisismo por ainda ter pouco dinheiro e experiência com imóveis. A ideia foi mais uma vez recorrer aos panfletos com informações do que já fizera e com características das propriedades que buscava.

Primeiro multifamily

O primeiro negócio foi fechado em dezembro de 2007. Era um imóvel com 208 apartamentos, que havia sido tomado por um banco da Flórida. O investimento foi realizado com um grupo de investidores, mas a participação de Vaz era mínima, de apenas 1%. "Eles ficaram com 99%. Não foi o negócio ideal. Mas valeu a pena pelo conhecimento e experiência que isso me trouxe."

Vaz comprou na mesma sociedade mais 1.400 apartamentos entre março e setembro de 2008, com sua posição aumentando gradativamente. No fim daquele ano, comprou sozinho sua primeira propriedade e deu início a uma nova fase como veículo de investimento, a Conti Capital. Desde então, a Conti Capital tem acumulado um retorno hitórico anualizado de 17,2%.

Essas propriedades são organizadas em fundos, sendo os retornos baseados no recebimento de alugueis e na diferença entre os preços de compra e venda. O ciclo do investimento, entre a compra, a reforma, o aluguel e a venda, costuma demorar entre 3 e 5 anos.

Os dois primeiros anos, contou Vaz, marcam a fase de grande melhoria do imóvel, com potenciais reformas e busca pela eficiência de gastos. "Do segundo para o terceiro ano, fazemos apenas melhorias finas, como ajuste de preços do aluguel."

Três fundos já foram concluídos, sendo que dois deles já estão com todas as propriedades vendidas. Agora, a Conti busca investidores para seu quarto fundo, formado por cerca de 1.100 apartamentos espalhados por quatro propriedades, sendo duas no Texas e outras duas na Flórida.

O fundo, já com as propriedades adquiridas, representa um "salto de qualidade", nas palavras da Conti. Isso porque os imóveis pelos quais é composto são voltados para um público de renda mais alta -- o que se traduz em baixo risco de inadimplência e menor volume de investimentos em reformas.

"Nesse momento de incerteza [internacional], o capital sempre vai em busca da certeza. Com a inflação e juros subindo nos Estados Unidos, as pessoas vão se voltar cada vez mais para a necessidade básica. E a moradia é uma necessidade básica", afirmou.




quinta-feira, 20 de outubro de 2022

 

A tendência dos jardins verticais: benefícios, como cultivar e embelezar seu espaço.





Estar perto da natureza faz bem para o corpo e a mente: melhora a respiração, reduz o estresse e proporciona uma vida mais plena. Contudo, a rotina das pessoas está cada vez mais acelerada, reduzindo esse contato. Especialmente quem mora em apartamentos nos grandes centros, onde os indivíduos procuram encontrar formas de manter o contato com o que é natural. Sendo assim, os jardins verticais são uma excelente forma de conquistar mais conforto e qualidade de vida.

Este tipo de jardim pode ser feito até em espaços pequenos, como studios ou apartamentos menores. Com os cuidados certos, é possível ter uma parede verde no seu condomínio ou casa. Separamos algumas dicas e informações sobre como manter um jardim vertical.

Os benefícios dos jardins verticais:

As plantas em apartamentos, seja na parte interna ou externa, trazem vários benefícios para o ambiente e também para as pessoas que convivem nesses espaços. A primeira vantagem é a melhoria na qualidade do ar, pois todos sabemos a importância das plantas.

Outro benefício é a sensação de tranquilidade, a vegetação oferece muito mais bem estar e qualidade de vida, principalmente para quem tem uma rotina movimentada. Por fim, mas não menos importante, os jardins verticais proporcionam uma decoração mais bonita, moderna e refinada.  Eles revitalizam qualquer imóvel de uma forma sustentável.

Jardins verticais em espaços internos

Você já deve ter visto algum jardim vertical na lateral de um edifício ou em alguma área externa. Ambientes internos, especialmente as varandas de apartamentos, podem ser utilizados também e dar aquele charme especial.



A primeira dica é escolher espécies que se desenvolvam quando criadas à sombra ou meia-sombra. Podemos citar, a samambaia, a jibóia, bromélias, suculentas, antúrios, entre outros tipos que se dão bem em apartamentos. O ideal é escolher plantas variadas e, com isso, deixar o seu jardim mais bonito e colorido.

Você também pode fazer sua hortinha de maneira vertical, cultivando temperos como salsinha, cebolinha, coentro, pimenta… Além de bonito, ainda ajuda nas suas receitas.


Para criar o seu jardim, você pode utilizar paletes, caixotes empilhados, estrados de madeira e até em potes de vidro suspensos na parede. As formas de fazer são variadas e o que não falta é inspiração na internet.


Em contrapartida, manter essas espécies hidratadas pode dar trabalho e você deve se perguntar: como regar uma parede inteira repleta de plantas? Os jardins verticais pequenos não precisam da rega automatizada, pode ser feita manualmente. Contudo, se você não pode regar todos os dias, existem vasos auto irrigáveis disponíveis no mercado.

Jardins verticais em espaços externos

Em espaços como área de lazer, coberturas, paredes externas ou sacadas, os jardins verticais são mais comuns. Podem ser feitos com plantas naturais ou artificiais, vale pontuar que as espécies naturais são bastante benéficas ao meio ambiente. Além disso, a incidência de luz natural favorece o desenvolvimento de várias espécies.


A rega é feita através de um sistema automático, que mantém a quantidade certa de água que o jardim precisa receber, de tal forma que não haja a necessidade da interferência humana. Os cuidados nesse caso devem ser com a poda regular e a manutenção do sistema regador.

E se realmente você é daquele que “não consegue cuidar de plantas”, a opção do “jardim vertical permanente” é perfeita para decorar o ambienta, claro que não vai trazer esses benefícios citados acima, apenas beleza mesmo. Existem várias empresas especializadas nesse tipo de trabalho, que deixam o jardim prontinho, ou se preferir se arriscar, basta comprar uma tela, diferentes tipos de plantas artificiais para composição e colocar a mão na massa. Na Rua 25 de Março tem varias lojas especializadas em plantas artificias e as vendedoras ainda ajudam bastante na escolha.


Não restam dúvidas de como os jardins verticais trazem benefícios que vão muito além da beleza dos ambientes. Pensar em soluções sustentáveis faz bem para o futuro da humanidade, por isso, estão presentes em muitos projetos. Externos ou internos, seja como for, você vai se deparar com muitos deles por aí. Agora, depois dessas dicas, já sabe como cultivar um na sua casa. E se quiser ver uma opção, basta agendar um visita e conhecer o decorado do Sky Pauliceia.

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terça-feira, 4 de outubro de 2022

 

4 problemas relacionados à água em casa para você ficar de olho







Alguns problemas relacionados à água são mais frequentes e podem surgir em qualquer casa ou apartamento. Saber quais são as principais ocorrências é uma forma inteligente de monitorar e descobrir se o seu imóvel passa por alguma dessas situações.

Pensando nisso, preparamos um conteúdo com alguns exemplos dos principais problemas relacionados à água. Convidamos você a ler e se aprofundar um pouco mais no assunto. Vamos lá?

Cenários em que os problemas com água costumam surgir

A água é indispensável para nossa vida e também para nossas moradias. Sem ela, não seria possível construir nada. No entanto, o mau uso do recurso pode trazer problemas com água irreparáveis e prejudicar significativamente as propriedades.

Você sabia que a maioria dessas situações costumam surgir ainda no início da construção do imóvel? Isso porque esse é o momento que envolve todo o planejamento, o encanamento e a tubulação. Nesse sentido, vale não dispensar atenção em relação a esse aspecto quando você for visitar casas ou apartamentos para comprar.

Outro cenário em que os problemas relacionados à água aparecem é durante as reformas. No caso de obras mal feitas, é possível minar estruturas usando materiais inadequados ou de baixa qualidade, fazendo com que seja ignorada a questão da impermeabilização de superfícies.

Problemas mais comuns relacionados à água

Determinados problemas relacionados à água são mais comuns e, eventualmente, podem acontecer sem que tenham sido provocados. A nossa dica é ficar sempre atento e, se necessário, contar com profissionais especializados quando precisar lidar com encanamentos ou com a manutenção da caixa de água.

Paralelamente, caso você more de aluguel e enfrente alguma situação dessa natureza, converse com o proprietário. Ele é o responsável por arcar com os custos e proceder com a conservação do imóvel. Dito isso, vamos conferir quais são as adversidades mais comuns que costumam aparecer em propriedades domésticas.

1 – Infiltração

Infiltração em casa costuma ser um problema grave que deve ser corrigido o quanto antes, pois pode trazer sérias consequências para o imóvel, inclusive danificar as estruturas da construção. Bolhas na pintura, manchas escuras e rodapés soltos costumam ser indícios de que o imóvel está com infiltrações.

Muitas vezes, elas ocorrem quando um imóvel não foi impermeabilizado adequadamente, tornando-se sujeito a incidências de umidade. Para evitar esse acúmulo de água, é necessário fazer uma drenagem no solo antes de iniciar a construção.

Se essa etapa for ignorada ou não for feita apropriadamente, com o tempo, é provável que surjam mofos, eflorescências e degradação de argamassa, gerando, além de desconforto estético, impactos na saúde, como alergias. Caso o imóvel já esteja pronto, há produtos específicos no mercado que podem solucionar o problema.

2 – Vazamento

Normalmente, o vazamento de água em casa ocorre em virtude da má execução do projeto ou da ausência de planejamento adequado do encanamento, ainda durante a construção. Isso significa que é preciso testar a tubulação antes de fechar as paredes.

Dessa forma, o vazamento só vai acontecer por conta de agentes externos, como canos perfurados acidentalmente ou movimentações da estrutura. Além disso, é importante ter sempre o acesso ao projeto, caso seja necessário realizar alguma interferência na casa. Por meio dele, é possível saber exatamente onde mexer.


3 – Mofo

mofo geralmente acontece devido à falta de ventilação na casa ou à infiltração de água nas paredes. Para melhorar a circulação de ar, sugerimos que as janelas sejam do tamanho adequado e, sempre que possível, fiquem abertas.

A exposição aos mofos pode provocar dores de cabeça, tosse e alergias. Para eliminá-los, é preciso avaliar a gravidade da situação. Se ele for superficial, o uso de água sanitária, escova e água costuma ser suficiente, mas, em casos agravados, pode ser preciso chamar um especialista para combatê-los.

4 – Vazamento da caixa d’água

O vazamento de caixa d’água também requer atenção, pois pode afetar o teto do andar de baixo, além de ocasionar sujeira e desperdício de água. O mais apropriado é que o reservatório de água da residência seja instalado na laje de cobertura da casa.

Antes de ser instalado, é recomendável fazer uma impermeabilização do piso e colocar um ladrão de escape de água, evitando possíveis vazamentos. Vale também destacar a importância em torno da limpeza da caixa d’água. A falta de higienização pode trazer danos à saúde das pessoas que a consomem.

Se a lavagem não for feita no período correto, pode acontecer a contaminação da água e surgirem doenças. Para efetuar a limpeza, o ideal é contar com um profissional qualificado. Ele vai saber eliminar corretamente as impurezas e proceder com todos os cuidados necessários.

Como lidar com vazamento de água

Se você suspeita que a sua casa está passando por eventuais vazamentos ou problemas relacionados à água, o ideal é contratar um especialista, como um encanador, para que ele se certifique da ocorrência e corrija os motivos que estão provocando a situação.

Manchas, umidade excessiva e aumento súbito da conta de água podem ser alguns indícios de que há algo errado nesse sentido. Se você mora em um prédio, é importante verificar de quem é a responsabilidade, pois talvez o problema que você esteja enfrentando tenha sido ocasionado por um apartamento vizinho.

Descobrir se o seu imóvel passa por vazamentos de água é fundamental para manter a integridade da casa e evitar que isso interfira na saúde dos moradores. Fique também atento à dengue, ocasionada por água parada, embora não seja um vazamento, também pode trazer sérias consequências negativas.