quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Zona rural do Noroeste Paulista investe em energia solar




A utilização operacional de energia solar fotovoltaica no meio rural atingiu 15,8 megawatts. Essa marca mostra que a fonte cresceu nove vezes no ano passado e neste ano, dobrando o uso desta energia em campos. O sol vem se tornando uma opção importante para produtores rurais reduzirem o gasto com energia fóssil. Os painéis solares estão cada vez mais acessíveis, com vida útil superior a 25 anos e rápido retorno financeiro.
A plantação do agricultor Ademir Ralio, em Votuporanga, São Paulo, chega a dar quase duas toneladas de abóboras mensalmente. Para ter essa produção eficaz, a energia é uma grande aliada, pois garante o funcionamento dos equipamentos necessários como, por exemplo, bomba d’água e aspersores para manter a lavoura produtiva.
Utilizando energia comum, o agricultor Ademir gastava, em média, até R$ 1 mil. Pensando em reduzir esse valor, resolveu investir em energia solar, uma fonte energética que vem se destacando no Brasil e no mundo, seja em zonas urbanas ou rurais. O investimento do agricultor chegou em torno de R$ 60 mil, financiados em dez parcelas anuais. A redução de gastos fará com que em seis ou sete anos o sistema solar esteja totalmente pago.
Foram instaladas 36 placas fotovoltaicas integrantes de um sistema responsável por gerar a energia utilizada na plantação. O equipamento possui sistema conectado na rede elétrica. Após o início do funcionamento do sistema solar, o agricultor declarou que paga a conta de energia a cada dois meses e gasta no máximo R$ 90.
Os equipamentos de energia solar atendem a todos os produtores rurais, podendo ser aplicados em diversas funções do agronegócio como, por exemplo, sistemas de ordenha, cercas elétricas, bombeamento de água, irrigação, iluminação, sistemas de segurança, ventiladores, aeradores e tanques de piscicultura. A conservação dos equipamentos deverá ser feita através de limpeza e manutenções especializadas
Os agricultores rurais estão em quarto lugar no ranking dos setores que mais utilizam energia solar, ficando atrás apenas dos setores de: indústrias, comércios e serviços e residências. Até o final deste ano, estima-se que a quantidade de sistemas solares instalados em zonas rurais dobre! Utilizando a energia solar nos campos, os agricultores se tornam mais independentes.
O Brasil é um país com grande riqueza de recursos naturais, dessa forma, é importante aproveitar a disponibilidade da área e o clima favorável. De acordo com informações divulgadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), atualmente, existem cerca de 4,7 milhões de consumidores de energia elétrica nas zonas rurais. Os dados se referem apenas a agricultores conectados à rede concessionária, ou seja, o número aumenta ao incluir produtores que possuem suas próprias fontes de energia limpa.
O meio rural atinge bons resultados na utilização de energia solarA energia solar melhorou a vida de agricultores na Paraíba. Qualquer pessoa interessada em energia solar pode instalar sistemas solares fotovoltaicos em seu campo, empresa ou residência e assim produzir a sua própria energia limpa e renovável. O Portal Solar trabalha com os melhores fornecedores de energia solar, placa solar e painel solar. Entre em contato e saiba como adquirir um financiamento para energia solar.
Fonte Portal Solar

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Cresce a geração solar no Brasil e setor se movimenta para tratar da reciclagem de equipamentos



O setor brasileiro de energia solar fotovoltaica tem conquistado alguns importantes avanços, mas ainda espera condições mais favoráveis para um desenvolvimento pleno. Recentemente, o Brasil atingiu a nova marca de 350 megawatts (MW) de potência instalada em sistemas de microgeração e minigeração distribuída solar. Apesar de considerar um feito importante, o CEO da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, enxerga potencial para um crescimento ainda maior. “Nosso país tem pouco menos de 40 mil sistemas de pequeno porte. Enquanto isso, existem países que já passaram a barreira de 1 milhão e outros estão chegando a marca de 2 milhões”, afirmou. Ele também cita que o Brasil está começando a fabricar equipamentos fotovoltaicos, mas que as empresas precisam de maior incentivo. “Ainda existe uma carga tributária elevada e injusta sobre os insumos produtivos”, revela. Sauaia também falou sobre como o setor vai tratar a questão ambiental e a sustentabilidade. “O setor tem um programa internacional de reciclagem, que demonstra que é possível reciclar 96% dos componentes de um equipamento fotovoltaico”, respondeu ao ser questionado sobre o destino dos módulos após o fim da vida útil.

O que tem ajudado no crescimento da solar no Brasil?
São alguns os fatores principais que permitiram o Brasil atingir esta marca de 350 MW. O primeiro deles está relacionado ao preço da energia solar fotovoltaica. Na última década, a tecnologia se tornou 80% mais barata. Isso é um grande ganho de competitividade, o que fez que a fonte se tornasse mais acessível para a população, empresas e governos.
O segundo fator importante foi o aumento da tarifa de energia elétrica, que tem aumentado significativamente e pesado no bolso da população, a taxas bastantes superiores a inflação. Para se ter ideia, no ano passado, a inflação média foi de 2,95% ao ano, enquanto a energia elétrica aumentou 10% no ano. Em 2018, os especialistas projetam que o reajuste da energia elétrica vai ser entre 10% e 15%, em média. Em alguns estados, esse reajuste é ainda maior. Minas Gerais teve um acréscimo de 25% de reajuste neste ano. Tudo isso pressiona os consumidores a buscarem alternativas e formas de economizar.
Qual o papel dos consumidores domésticos na expansão da solar? Eles tem liderado esse crescimento?
Se pelo número de unidades consumidoras quem tem liderado é o segmento que chamamos de residencial, por outro lado, quando olhamos para o volume de investimento e potência instalada, o primeiro lugar é das empresas de comércio e prestação de serviços, que representam quase 44% de todos os investimentos e potência instalada. Esses dois segmentos [comercial e residencial] juntos, assim como o de micro e pequenas indústrias, são aqueles que pagam a energia elétrica mais cara do Brasil. E, portanto, devem continuar liderando o uso da energia solar fotovoltaica.
O pequeno produtor rural também aparece nessa lista, mas ele tem algumas características um pouco diferentes. Normalmente, a energia no meio rural tem um valor mais baixo. Outros fatores, além do econômico, levam o produtor a se preocupar bastante com a geração da sua própria energia. Muitas vezes, para levar energia a uma região onde não há acesso de eletricidade, eles podem usar a solar fotovoltaica para maior estabilidade no suprimento de energia.
Qual o tempo de vida útil dos sistemas fotovoltaicos?
A validade é indeterminada, na verdade. Não existe uma validade final do sistema. O que existe é uma garantia de performance dos equipamentos de 25 anos. Passado esse prazo, o sistema ainda vai gerar, aproximadamente, 80% da sua energia em relação ao primeiro ano de geração. O sistema não para de funcionar, ele continua operando, mas passa a gerar um pouco menos de energia. Isto é muito positivo e mostra que o sistema fotovoltaico é um bem durável de excelente vida útil, sem partes móveis, ausência de necessidade de graxa e com baixíssima manutenção.
O crescimento da energia solar é importante para a matriz energética brasileira. Mas como funciona o descarte destes módulos?
O setor solar fotovoltaico já nasceu com a preocupação com a sustentabilidade, desde sua estruturação. Por conta disso, o setor é baseado em elementos químicos e matérias-primas abundantes. Não existe risco de faltar material. O silício, por exemplo, que é o principal componente ativo de um sistema fotovoltaico tradicional, é o segundo elemento mais abundante da crosta terrestre. Ele é um elemento inerte, não gera prejuízo ao meio ambiente. O nosso setor também trabalha com uma visão de que, ao final da vida útil do sistema, ele continua tendo um valor muito importante. O setor tem um programa internacional de reciclagem, que demonstra que é possível reciclar 96% dos componentes de um equipamento fotovoltaico. Além disso, existem empresas no setor que já estão trabalhando com o conceito de produção circular. Já temos dois dos principais fabricantes mundiais de equipamentos fotovoltaicos que já estão fazendo isso, trabalhando com essa visão. Ao final da vida útil deste equipamento, ele é recolhido e volta ao processo produtivo para, a partir de então, ser desenvolvido um novo equipamento.
E quais os principais desafios que precisam ser superados para o desenvolvimento do mercado?
Nós comemoramos a marca dos 350 MW, é um dado importante. Mas, sendo bastante objetivo, o Brasil está atrasado no uso da energia solar fotovoltaica. Nosso país tem pouco menos de 40 mil sistemas de pequeno porte. Enquanto isso, existem países que já passaram a barreira de 1 milhão e outros estão chegando a marca de 2 milhões de sistemas fotovoltaicos operacionais.
Para que possamos acelerar esse processo, a Absolar tem recomendado que o governo federal desenvolva uma meta de Estado, entre 1 milhão e 2 milhões de telhados fotovoltaicos operacionais, ao longo dos próximos quatro anos de governo. A boa notícia é que temos vistos diferentes candidatos sinalizando que o tema está começando a entrar em seus radares. O Brasil está começando a acordar para este assunto.
Além disso, nós precisamos também de melhores condições de financiamento para a energia solar fotovoltaica, que ainda hoje tem poucas alternativas de crédito, especialmente para as pessoas físicas. Vimos que as residências já perderam sua liderança para comércio e serviços. Um dos fatores para isso é justamente porque as empresas conseguem acessar crédito em condições melhores do que as pessoas físicas. Isso acaba sendo um desincentivo para a pessoa física investir em energia solar. Isso precisa ser corrigido.
E quanto à questão de impostos?
Existe uma carga tributária muito elevada sobre a energia solar fotovoltaica, tanto sobre os equipamentos quanto sobre a energia. Ainda existem impostos sobre a energia para sistemas de porte um pouco maior. A Absolar tem trabalhado para mobilizar tanto os governos estaduais quanto o governo federal para racionalizar a carta tributária sobre a energia fotovoltaica.
O Brasil já está começando a fabricar equipamentos fotovoltaicos. Já são 30 fabricantes nacionais produzindo e gerando empregos na área industrial brasileira. Falta ainda um olhar do governo para que tenhamos mais competitividade na cadeia nacional. Ainda existe uma carga tributária elevada e injusta sobre os insumos produtivos (as matérias-primas). Então, o governo precisa corrigir esse desajuste, sob o risco de acabar desmotivando a produção de equipamentos no Brasil. Somos o único país da América do Sul que tem escala e condições de se tornar uma liderança regional na fabricação de equipamentos fotovoltaicos.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Investidores estão com menor interesse na revenda, diz Raio-X FipeZAP


Participação dos investidores entre os compradores recua nos últimos meses. No atual cenário de juros baixos e variação de preços inferior a inflação, eles priorizam a renda com aluguel dos imóveis


Os resultados do Raio-X FipeZAP do 2º trimestre de 2018 oferecem novos dados e informações sobre o perfil e objetivos dos agentes do mercado imobiliário brasileiro, incluindo informações sobre compradores, compradores em potencial e proprietários.
Além disso, a pesquisa procura mapear a participação dos investidores entre compradores, a incidência e percentual de descontos sobre o valor anunciado dos imóveis, bem como a percepção e expectativa dos respondentes com respeito ao nível e trajetória dos preços dos imóveis no curto e longo prazos. As seguir, são apresentados os principais destaques da pesquisa do último trimestre:

Participação dos investidores

Considerando respondentes que declararam intenção de adquirir um imóvel nos próximos 3 meses, a participação dos investidores recuou ligeiramente de 12% para 11% na última pesquisa, prevalecendo entre eles o interesse na obtenção de renda com o aluguel do imóvel (76%) em comparação à revenda (24%). Já a participação de transações classificadas como investimento no total de compras realizadas no últimos 12 meses recuou de 46%, em fevereiro de 2018, para 40% em junho de 2018.
Entre as compras classificadas como investimento, por sua vez, é possível destacar a maior participação de aquisições com finalidade de obter renda com aluguel (63% das compras declaradas como investimento, em junho de 2018) em contraste com objetivo de revenda após valorização do imóvel (37%). Os resultados são coerentes com o ambiente atual de juros baixos, no qual os investidores buscam alternativas de investimento mais rentáveis do que a renda fixa.

Descontos nas transações

O percentual de transações com descontos manteve trajetória ascendente nos últimos 12 meses, passando de 63% do total de transações realizadas em julho de 2017, para 68%, em junho de 2018 – patamar que se avizinha ao teto da série histórica (70%), vigente ao longo de 2016 e início de 2017. Entre as transações que apresentaram desconto, o percentual médio aplicado recuou ligeiramente no primeiro semestre de 2018, encerrando junho em torno de 13%.

Percepção sobre os preços atuais

Na última pesquisa, a percepção sobre os preços dos imóveis manteve-se praticamente estável frente à opinião dos respondentes no segundo trimestre de 2018, dividindo-se entre os que achavam que os preços atuais estão altos ou muito altos (62%), em nível razoável (25%) e baixos ou muito baixos (10%). Não souberam responder sobre os preços atuais cerca de 4% dos respondentes. Comparando-se a última pesquisa com o 2º trimestre de 2015, fica evidente uma queda consistente no percentual que classificava os preços dos imóveis como altos ou muito altos: de 78% para 62% do total de respondentes na última pesquisa, cedendo espaço para aqueles que acreditam que os preços estão em nível razoável (de 15% para 25%), baixos ou muito baixos (de 5% para 10%).

Expectativa de preço

Com relação às expectativas sobre a evolução do preço dos imóveis nos próximos 12 meses, a proporção de respondentes da última pesquisa que projetava elevação nos preços no foi de 24%; enquanto 36% apostavam na estabilidade e 19%, em uma queda nos preços no curto prazo. Cerca de 22% dos respondentes não souberam opinar a respeito da trajetória futura dos preços dos imóveis. Com base nas respostas entre compradores, compradores em potencial e proprietários de imóveis, a expectativa média para os próximos 12 meses é de ligeira queda nominal de 0,2% nos preços dos imóveis.

Fonte Zap