quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Mogi Mirim será primeira cidade do Brasil a implantar energia solar no tratamento de esgoto urbano



Placas fotovoltaicas devem produzir 40% da energia necessária para o tratamento de esgoto da cidade.

 Previsão é de que sistema entre em funcionamento 

a partir de fevereiro.


A cidade de Mogi Mirim (SP) está prestes a se tornar o 
primeiro município do país a implantar o sistema de 
energia fotovoltaica – que utiliza a radiação direta do sol 
para gerar energia elétrica – nas operações de 
tratamento de esgoto doméstico, segundo a Sabesp
. A previsão de início 
das operações do sistema de energia solar é na primeira 
quinzena de fevereiro.
O sistema funcionará através de 1.073 placas fotovoltaicas 
com potência de 402,375 kWp instaladas nos telhados 
dos prédios, no entorno da estação e na cobertura para os 
carros no estacionamento do prédio da concessionária 
Serviços de Saneamento de Mogi Mirim (SESAMM), no 
sistema de Carport.
O projeto foi viabilizado pela SESAMM, 
concessionária responsável pelo saneamento da 
cidade. De acordo com o presidente da empresa, Carlos 
Roberto Ferreira, apesar de a obra ter sido iniciada há 
cerca de quatro meses, os estudos para implantação do 
sistema fotovoltaico já são feitos há anos e são uma 
forma de melhoramento.
"Em Ribeirão Preto (SP) já existe uma outra 
estação de tratamento de esgoto onde é gerada energia 
através do 
biogás, resultado do próprio processo de tratamento".
"Em Mogi Mirim buscamos uma outra alternativa. Como 
temos uma área grande de talude no terreno da estação, 
isso viabilizou a instalação dos painéis solares", explica.
Atualmente a Estação de Tratamento de Esgoto de Mogi 
Mirim trata 150 litros por segundo de esgoto, com um 
consumo total de energia de 1,72 Megawatts por ano. 
Com a instalação das placas fotovoltaicas, 40% do 
suprimento energético da estação será provido pela energia
solar.
Apesar disso, o presidente ressalta que esse percentual 
pode variar em determinadas épocas do ano, já que a 
incidência de luz solar pode aumentar ou diminuir 
dependendo da estação. 
Ele também garante que independente da 
instalação das placas solares, não haverá mudança na 
tarifa de água e esgoto repassada para a população.
"O contrato de concessão prevê uma série de obras 
obrigatórias, mas esse projeto é uma melhoria 
operacional, ele não faz parte do contrato de concessão"

"É como se estivéssemos comprando um equipamento 
para melhorar a performance do processo. Isso não vai 
interferir na tarifa", garante.
Os módulos irão ocupar uma área de 2.124,54m², 
produzindo cerca de 606MWh por ano – energia suficiente 
para abastecer 370 unidades habitacionais.
O projeto tem custo total de R$ 1,7 milhões e 
cumpre as determinações da Resolução Normativa 482/687 
da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que 
estabelece os critérios para micro e minigeração de energia.

Como funciona a geração de energia solar?

A energia solar é considerada uma das mais sustentáveis e 
limpas por não possuir partes móveis, não produzir 
poluição sonora através de ruídos, baixa manutenção e 
instalação rápida e simples, além de não emitir gases de 
nenhum tipo durante a operação.
De forma simplificada, um sistema de produção de energia 
elétrica através de placas solares funciona captando a 
radiação solar – por isso a importância da instalação das 
placas em locais abertos, sem interferência de sombras 
– e transformando essa radiação em energia elétrica.



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