segunda-feira, 21 de setembro de 2020


 

Fundos Imobiliários: tudo o que você precisa saber para começar a investir

Você sabia que é possível viver com a renda de aluguéis sem ter que comprar um imóvel ou se preocupar com condomínio, reformas e IPTU? Entenda como funcionam os Fundos Imobiliários (FIIs) e comece a investir como um profissional.

É possível viver de renda aplicando em fundos imobiliários, em vez de imóveis físicos, e com algumas vantagens. Desde que os brasileiros perceberam isso, o volume de novas carteiras emitidas cresce sem parar. Os fundos imobiliários se tornaram um investimento da moda, vistos como uma maneira mais simples e barata de aplicar no setor.

Que tal dar uma chance para os fundos imobiliários? Neste guia, o InfoMoney explica tudo sobre o funcionamento dessas carteiras e esclarece as dúvidas mais comuns dos investidores que estão chegando agora a esse tipo de aplicação. Boa leitura!

1. O que são fundos imobiliários?
2. Como funcionam
3. Qual é o papel do gestor?
4. Tipos de fundo imobiliários
5. É seguro investir em fundos imobiliários?
6. Vantagens e desvantagens
7. Investir em FIIs ou comprar imóveis?
8. Como escolher
9. Como investir em FIIs

O que são fundos imobiliários?

Vamos começar pelo começo. Um fundo imobiliário é uma espécie de “condomínio” de investidores, que reúnem seus recursos para que sejam aplicados em conjunto no mercado imobiliário. A dinâmica mais tradicional é que o dinheiro seja usado na construção ou na aquisição de imóveis, que depois sejam locados ou arrendados. Os ganhos obtidos com essas operações são divididos entre os participantes, na proporção em que cada um aplicou.

As decisões sobre o que fazer com os recursos – tomadas pelo gestor do fundo – precisam seguir objetivos e políticas pre-definidos. Os investimentos podem ser bem-sucedidos ou não, e isso determinará a valorização ou a desvalorização das cotas dos fundos.

A soma dos recursos compõe o patrimônio, que é dividido em cotas – ou “frações” do fundo. Quem aplica, na verdade, está comprando cotas. O cotista não pode exercer nenhum direito real sobre os empreendimentos do fundo, ao contrário do proprietário de um imóvel de fato. Ao mesmo tempo, também não responde pessoalmente por obrigações relacionadas a eles. Isso é tarefa do administrador, instituição financeira responsável pelo funcionamento e pela manutenção da carteira.

Renda fixa ou variável?

Embora muitos fundos imobiliários realizem distribuição regular de rendimentos mensais, o que pode lembrar o funcionamento de certos títulos públicos (que pagam juros semestralmente), eles não são considerados investimentos de renda fixa. Há duas razões para isso.

A primeira é que não há garantia de manutenção dos rendimentos ao longo do tempo, já que inquilinos podem deixar de pagar o aluguel ou um imóvel pode acabar desocupando.

A segunda é que as cotas oscilam na Bolsa , às vezes tanto quanto uma ação, por conta de fatores como as condições do mercado ou a gestão da carteira. Não é possível ter certeza de qual será a condição de retorno de um fundo imobiliário desde o início do investimento, como é o caso dos papéis de renda fixa.

Como funcionam os fundos imobiliários?

Para entender a dinâmica de funcionamento dos fundos imobiliários, é preciso conhecer alguns conceitos aplicados a eles. Confira:

Ticker

Assim como as ações de empresas abertas, as cotas de fundos imobiliários são identificadas no pregão por um código – ou ticker. Esse código é formado por quatro letras maiúsculas, seguidas do número 11 (XXXX11). Se o fundo for listado no mercado de balcão organizado da B3, haverá ainda a letra B no final (XXXX11B).

Portfólio

Existe uma variedade de empreendimentos imobiliários em que os fundos podem investir – e a escolha da estratégia de investimento e do que entra no portfólio é o que determina o nível de risco e o potencial de retorno de cada carteira.

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Popularmente, os fundos imobiliários são classificados em alguns grupos diferentes:

Fundos de tijolo (ou de renda): São os que investem em ativos reais – ou seja, em imóveis de fato. Esses são os que costumam ganhar com aluguéis. Embora pareçam uma categoria homogênea, as carteiras podem apresentar diferenças marcantes. Alguns aplicam em vários empreendimentos, em diferentes regiões, enquanto outros se concentram em um só imóvel. Alguns se focam em determinados tipos de empreendimentos – como escritórios, prédios industriais, galpões logísticos, hotéis, shopping centers, hospitais, escolas ou agências bancárias, entre outras possibilidades. E há os que, fazem um mix de tudo na carteira.

Fundos de papel (ou de recebíveis): Esses fundos compram títulos ligados ao mercado imobiliário, no lugar dos imóveis em si. Podem constar nas carteiras letras de crédito imobiliário (LCI), letras hipotecárias (LH), cotas de outros fundos imobiliários, certificados de potencial adicional de construção (CEPAC), certificados de recebíveis imobiliários (CRI), cotas de certos tipos de fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC), além de valores mobiliários (como ações) de emissores com atividades preponderantes permitidas aos fundos imobiliários.

Fundos híbridos: Mesclam, na carteira, tanto papéis do segmento imobiliário (outros fundos imobiliários, LCIs, CRIs e entre outros) quanto investimentos em imóveis diretamente.

Cotas

Como acontece nos outros tipos de fundos, o patrimônio dos imobiliários é dividido em cotas. E são cotas que o investidor adquire ao aplicar em uma dessas carteiras. O retorno – seja pela distribuição dos rendimentos, seja pela valorização – é calculado proporcionalmente ao número de cotas que cada um possui.

As cotas dos fundos imobiliários mais populares são negociadas na bolsa de valores. Mas nem todos são listados no pregão. Nesse caso, eles precisam ser negociados diretamente entre os investidores, o que torna o processo um pouco menos simples – principalmente porque a liquidez, nesses casos, é menor. Significa que pode ser mais difícil se desfazer das cotas, caso essa seja a vontade do investidor.

Valor mínimo

Na Bolsa, é possível investir em fundos imobiliários a partir de uma única cota. Isso significa que, com quantias inferiores até a R$ 100, já é possível começar a aplicar nessa modalidade. Nesse ponto, a negociação de fundos imobiliários lembra as operações com ações no mercado fracionário, em que é possível comprar quantias pequenas de papéis.

Custos

Quem investe em fundos imobiliários está sujeito a dois tipos de custos diferentes. De um lado, é preciso pagar pelos serviços de administração e gestão. Portanto, essas carteiras também envolvem a cobrança de uma taxa de administração. Pode haver ainda uma taxa de performance, calculada com base no desempenho do fundo: se for superior ao de um indicador de referência, uma parte do ganho ficará com o gestor.

Além disso, há custos de negociação das cotas. Para comprá-las e vendê-las na bolsa de valores, é preciso pagar taxa de corretagem à corretora que intermediar as operações e emolumentos – assim como se faz ao negociar ações. É preciso checar ainda se a corretora cobra pela custódia (ou guarda) das cotas.

Rendimentos

Uma das formas mais conhecidas – e também atrativas – de retorno dos fundos imobiliários é a distribuição periódica de rendimentos. Por lei, eles são obrigados a distribuir rendimentos, no mínimo, uma vez por semestre. Muitos, no entanto, optam por realizar pagamentos mensais aos investidores, sendo uma fonte de renda recorrente.

O volume de rendimentos depende da política de investimento do fundo. A renda do aluguel dos imóveis pertencentes à carteira é a mais comum, mas os fundos também podem ganhar com a incorporação, com a venda dos direitos reais sobre os imóveis ou com os juros de títulos e valores mobiliários.

Não é raro que os rendimentos periódicos sejam superiores a indicadores de referência do mercado, como a taxa do CDI. No entanto, também podem haver perdas no meio do caminho. Pense em um fundo que obtém renda alugando imóveis. Caso ocorra a desocupação de um deles, haverá também impacto – mesmo que temporário – sobre o rendimento.

Tributação

Os fundos imobiliários têm uma particularidade no que diz respeito à cobrança de Imposto de Renda. Uma parte do retorno obtido com o investimento é isenta de tributação – mas outra, não. Entenda como isso funciona:

Rendimento: O rendimento distribuído periodicamente aos investidores pessoas físicas é isento de Imposto de Renda desde que: 1) o cotista tiver menos do que 10% das cotas do fundo; 2) o fundo tiver no mínimo 50 cotistas; 3) as cotas do fundo forem negociadas exclusivamente em bolsa de valores ou mercado de balcão organizado.

Ganho de capital: O ganho obtido pelos investidores em função, por exemplo, da valorização das cotas do fundo na bolsa de valores paga Imposto de Renda. Na hora em que as cotas forem vendidas, incidirá uma alíquota de 20%.

Amortização

Em algumas situações, podem ocorrer amortizações das cotas de um fundo imobiliário, que são pagamentos representando a devolução do capital aplicado pelo investidor na carteira. Um caso clássico de amortização ocorre quando o fundo vende algum dos seus imóveis, sem previsão de reinvestir o dinheiro em outro ativo.

Há ainda outras razões para que haja uma amortização. Lembre-se de que os fundos imobiliários são fechados, o que significa que as cotas não podem ser resgatadas a pedido dos cotistas. Alguns deles, no entanto, preveem um prazo de duração específico, ao fim do qual serão liquidados. Quando esse é o caso, os recursos também são devolvidos aos investidores.

Índice Ifix

Criado para acompanhar o desempenho dos fundos imobiliários, o Ifix é um índice composto por cotas de fundos negociadas nos mercados de bolsa e de balcão organizado da B3. O Ifix reflete tanto as variações nos preços dos fundos incluídos no índice, como também o impacto da distribuição de rendimentos por parte das carteiras.

A carteira do Ifix é revisada periodicamente, a cada quatro meses. Para ser incluído no índice, um fundo imobiliário precisa obedecer alguns critérios, como ter sido negociado em 60% dos pregões durante o período de vigência das três carteiras anteriores.

Qual é o papel do gestor?

Assim como nos fundos de investimento em geral, o gestor de um fundo imobiliário é quem decide que investimentos serão feitos com o dinheiro aplicado pelos investidores. A diferença é que, em vez de comprar ações na bolsa ou títulos públicos do governo federal, ele precisa escolher um imóvel para adquirir, um inquilino a quem alugar ou que papéis vai inserir na carteira.

O gestor também tem atribuições como selecionar e se relacionar com os intermediários contratados para fazer essas operações. Tudo isso, é claro, deve ter em vista a perspectiva de retorno, o nível de risco e a liquidez de cada ativo. Também precisa considerar a política de investimento e os objetivos definidos no regulamento do fundo.

Tipos de fundo imobiliários

A Anbima classifica os fundos imobiliários de acordo com o tipo de aplicação que eles realizam e também a estratégia de investimento que adotam. As carteiras são agrupadas da seguinte forma:

Desenvolvimento para renda: Esses fundos investem acima de dois terços do patrimônio líquido no desenvolvimento ou na incorporação de empreendimentos imobiliários em fase de projeto ou construção, com o objetivo de gerar renda com locação ou arrendamento deles depois de prontos.

Desenvolvimento para venda: Aplicam mais de dois terços do patrimônio líquido no desenvolvimento de empreendimentos imobiliários em fase de projeto ou construção para vendê-los no futuro.

Renda: Neste caso, os fundos investem acima de dois terços do patrimônio líquido em empreendimentos imobiliários já construídos, também visando gerar renda com locação ou arrendamento deles.

Títulos e valores mobiliários: Fundos que investem mais de dois terços do patrimônio líquido em títulos como ações, cotas de sociedades, fundos de participação (FIPs), recebíveis e fundos creditórios (FIDCs), sempre ligados ao mercado imobiliário.

Híbridos: Fundos com estratégia de investimento que não se concentra particularmente em nenhuma das estratégias anteriores.

É seguro investir em fundos imobiliários?

Os fundos imobiliários são investimentos regulados e acompanhados tanto pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) quanto pela própria B3, quando são negociados no pregão. No entanto, isso não exime o produto de um certo nível de risco.

Uma crise econômica pode reduzir a ocupação dos imóveis do fundo, por exemplo. Com isso, os rendimentos periódicos com aluguéis também tendem a cair – pelo menos temporariamente. A mesma situação pode causar ainda uma redução do valor de avaliação dos imóveis em geral, com impacto sobre as cotas do fundo.

Assim como a compra de um imóvel de tijolo, o investimento em um fundo imobiliário deve levar em conta quais são os ativos incluídos na carteira – em que região, por exemplo, estão localizados os imóveis do fundo? Esses lugares têm potencial econômico no médio e no longo prazo?

É preciso lembrar que tudo o que puder causar impacto nos imóveis se reflete no fundo também. Imagine que uma enchente ou um incêndio atinja um dos ativos da carteira, por exemplo. Ou ainda que a região onde eles ficam sofra com uma elevação dos níveis de violência. São todos fatores com potencial para mexer nas cotações do fundo.

Existem ainda riscos relacionados à regulamentação do setor imobiliário brasileiro, que envolve autoridades federais, estaduais e municipais. Esse conjunto de regras, que muitas vezes colidem, pode afetar tanto a aquisição quanto a venda, locação, reforma ou ampliação dos imóveis. Certas atividades demandam licenças específicas, aprovação de autoridades governamentais, regras de zoneamento e até leis de proteção ao consumidor. Portanto, é possível que sua realização seja dificultada em algumas ocasiões.

Do ponto de vista do investimento financeiro, um dos riscos mais evidentes dos fundos imobiliários é a eventual falta de liquidez para negociá-los na bolsa. Como são fechados e o mercado secundário é a única via para sair deles, isso pode representar um problema em alguns momentos.

Vantagens e desvantagens

Contar com a gestão de um profissional especializado, que decide sobre os investimentos a partir de uma série de critérios e análises, é uma das principais vantagens de um fundo imobiliário. Para um pequeno investidor, fazer isso por conta própria pode ser penoso.

Por outro lado, investidores que já conheçam o mercado não têm a possibilidade de interferir nas decisões ou escolher os ativos negociados, porque esse é o papel do gestor.

Os fundos imobiliários permitem que mesmo pessoas com pouco dinheiro para investir tenham acesso ao mercado imobiliário. É possível comprar cotas na bolsa com valores tão baixos quanto R$ 100. Já o preço de um imóvel pode facilmente chegar às centenas de milhares de reais.

Além disso, o investimento em fundos é fracionável. Caso precise do dinheiro que aplicou, o investidor pode vender apenas parte das cotas, e não um imóvel inteiro, como seria o caso se investisse no mercado de cimento e tijolo.

Outra vantagem é que o investidor de fundos não precisa se preocupar com certidões, escrituras ou pagamento de certos impostos relacionados ao setor imobiliário, porque isso é responsabilidade do administrador. Da mesma forma, não é o cotista quem realiza diretamente ações de manutenção, conservação e reparos dos imóveis.

Por fim, os custos da administração dos imóveis do fundo são diluídos entre todos os cotistas, na proporção da sua participação, o que barateia o investimento.

Investir em FIIs ou comprar imóveis?

A resposta a essa pergunta depende de uma avaliação pessoal de cada investidor. Se você…

  • Gosta do setor imobiliário, mas tem um valor limitado para investir no momento;
  • Tem pouco tempo para dedicar à administração direta de uma carteira de imóveis;
  • Não se sente seguro para analisar e escolher imóveis para investir;
  • Quer investir em outros ativos financeiros do setor imobiliário, além dos próprios imóveis;

…talvez os fundos imobiliários sejam a sua melhor opção.

Por outro lado, se você…

  • Gosta da sensação de possuir um imóvel físico;
  • Está disposto a lidar diretamente com inquilinos;
  • Não gosta do ambiente de bolsa de valores;
  • Acha que há oportunidades em algum mercado específico não coberto pelos fundos imobiliários;

…a compra direta de imóveis físicos pode ser uma boa alternativa.

Como escolher

Depois de tantas informações, deu vontade de investir em fundos imobiliários? Para escolher a carteira mais adequada, o investidor precisa prestar atenção a pelo menos sete aspectos. Alguns se referem aos imóveis incluídos nos fundos, outros a questões de mercado e de negociação. Confira:

Portfólio

Um fundo imobiliário não é diferente de um fundo de ações ou de renda fixa em um aspecto: seu desempenho depende dos ativos que estiverem incluídos na carteira. É necessário avaliar com atenção que imóveis ou papéis pertencem ao fundo e quais são as perspectivas para cada um deles.

Bons imóveis tendem a ser alugados ou vendidos com maior facilidade, em negociações favoráveis. Não dá para esperar o mesmo de um prédio antigo e desatualizado, que não tenha passado por manutenção ou reformas, ou que tenha pendências judiciais de contratos anteriores.

Localização

No mercado imobiliário, a localização é um dos elementos mais importantes. Por isso, é importante consultar os documentos do fundo – como a lâmina de informações essenciais – para verificar onde estão os imóveis da carteira que interessa a você. Ficam em cidades grandes ou pequenas? Estão em regiões centrais ou periféricas? Se forem áreas comerciais, são bem abastecidas de infraestrutura urbana?

As respostas a essas perguntas ajudam a entender tanto qual é o potencial de valorização dos imóveis no futuro, quanto a facilidade para alugá-los, assegurando os rendimentos dos investidores.

Inquilinos

A qualidade dos inquilinos de um imóvel é importante porque são eles que asseguram os rendimentos periódicos do fundo. Locatários que atrasem os pagamentos, não cumpram regras ou depredem o patrimônio podem causar muita dor de cabeça para os investidores de um fundo imobiliário.

Há uma relação direta entre a qualidade dos imóveis e a qualidade dos inquilinos. Por isso, é necessário atentar a esses dois itens ao avaliar um fundo. Procure descobrir um pouco mais sobre o histórico de locação dos imóveis da carteira. Essa informação vai ajudar você a entender melhor os riscos envolvidos no investimento.

Gestão e performance

Você provavelmente já ouviu que rentabilidade passada não representa garantia de retorno no futuro. Isso é verdade, mas, ainda assim, é importante conhecer o trabalho da gestão e o histórico de rentabilidade na hora de escolher um fundo imobiliário.

Essa análise permite identificar como a carteira se comporta em períodos distintos de mercado e em situações diversas. O investimento em imóveis envolve certas habilidades dos gestores – como o bom relacionamento com inquilinos, a capacidade de negociação e o discurso persuasivo –, que não são necessárias quando investem em ativos como ações ou títulos públicos. Vale a pena tirar um tempo para estudar sobre suas estratégias de gestão, além de buscar os dados de desempenho disponíveis no site da CVM.

Liquidez

Os fundos imobiliários são fechados, e, por isso, suas cotas precisam ser vendidas para que o investidor recupere o dinheiro que aplicou. Essa negociação depende de haver interessados em comprá-las. É mais fácil encontrá-los quando os fundos são listados na bolsa de valores do que quando não são.

A liquidez dos fundos imobiliários na B3 vem crescendo nos últimos anos, mas depende de cada carteira. Há cotas que são negociadas todos os dias no pregão e também outras que passam semanas sem nenhuma operação. Nesses casos, o investidor pode levar algum tempo para conseguir se desfazer do investimento, a menos que esteja disposto a oferecer as cotas por um valor reduzido.

Preço

O preço das cotas reflete tanto o valor dos ativos incluídos em um fundo imobiliário quanto a perspectiva dos investidores para o desempenho da carteira. Por isso, é recomendável fazer algumas análises sobre ele antes de investir. Uma avaliação simples e bastante usada é a comparação do preço de negociação com o valor patrimonial das cotas – ou simplesmente, P/VP.

Se as cotas de um fundo imobiliário são negociadas abaixo do valor patrimonial, isso pode sinalizar duas situações. Pode indicar que os investidores não estão avaliando corretamente quanto vale o fundo, uma situação que pode se equilibrar no futuro – e aí está uma oportunidade de investimento. Por outro lado, pode também sugerir problemas com a carteira – e você é que talvez ainda não os conheça.

Dividend Yield

Costuma ser chamada de dividend yield a taxa de retorno que um fundo imobiliário proporciona com as distribuições periódicas de rendimentos. O cálculo é simples: basta dividir o valor dos rendimentos pela cotação das cotas do fundo. Pode ser feito tanto em base mensal, quanto anual (nesse caso, deve-se somar as distribuições realizadas no período para fazer a conta).

O indicador é importante para que o investidor possa, por exemplo, comparar os fundos em que está avaliando investir. Um fundo que tenha um dividend yield de 6% ao ano tem uma vantagem sobre outro de 5% ao ano. A conta também permite fazer uma avaliação comparativa com outros tipos de investimentos, como ações que pagam dividendos ou até produtos de renda fixa.

Comparador de FIIs

Para encontrar as informações acima e identificar qual fundo atende as suas necessidades, você pode utilizar o comparador de fundos imobiliários do InfoMoney. A ferramenta é gratuita e permite acessar os dados de todos os FIIs com cotas negociadas em Bolsa.

Confira no vídeo abaixo como utilizar o Comparador de Fundos Imobiliários.

Como investir em FIIs

Você já tem todas as informações sobre o funcionamento dos fundos imobiliários. Agora, é só partir para a prática! Para isso, siga esse roteiro com passos essenciais:

• Reflita sobre seu perfil e seus objetivos de investimento, entendendo se os fundos imobiliários são um investimento adequado para o seu caso;

• Procure corretoras de valores. Você precisará ter uma conta para comprar e vender cotas de fundos listadas na bolsa de valores;

• Esteja ciente da taxa de corretagem e outros custos que forem cobrados pela corretora escolhida. Elas incidem na negociação de fundos imobiliários, assim como na de ações;

• Identifique as carteiras disponíveis no pregão e a liquidez (volume de negociação) das que parecerem as mais interessantes;

• Estude a política de investimento do fundo, a partir de documentos como prospectos, regulamentos e boletins mensais. Eles ficam disponíveis no site da bolsa;

• Fique atento ao histórico de distribuição de rendimentos pelo fundo e também de sua volatilidade na bolsa. Tente identificar como ele e o seu gestor se comportam se sai em momentos de estresse no mercado;

• Entenda qual é o nível de risco do fundo, pensando tanto na volatilidade das cotas na bolsa como também no risco dos segmentos de imóveis que o fundo possui (comercial, corporativo, hospitais, shoppings, etc.);

• Lembre-se de que o rendimento periódico distribuído pelo fundo é isento de Imposto de Renda, mas o eventual ganho de capital com a variação das cotas não é.

 Para conhecer as melhores análises e oportunidades do setor, participe do FII Summit, o maior evento online e gratuito sobre Fundos Imobiliários do país, entre os dias 22 e 24 de setembro! 

Fonte Infomoney




quarta-feira, 22 de julho de 2020

Mercado solar eletrônico é oficialmente apresentado no Brasil e no mundo





Ambiente digital vai conectar fabricantes da indústria e demais players da cadeia produtiva fotovoltaica
Por Ricardo Casarin
O mercado digital Solar & Storage Digicon foi oficialmente lançado no último dia 15. A iniciativa é uma resposta a atual situação global de restrição de viagens e cancelamento de eventos do setor solar. Desenvolvido por duas plataformas globais de comercialização, a Joint Forces for Solar e a International Battery Energy Storage Alliance (IBESA), o ambiente digital tem como empresas fundadoras a GoodWe, JA Solar, Trina Solar e Sharp, entre outras.
A expectativa é que a plataforma proporcione conexões e interações entre fabricantes da indústria e intermediários do mercado, tal como distribuidores, instaladores, desenvolvedores de projetos e EPCistas. Além disso, a Solar & Storage Digicon promoverá a transmissão de webinars com discussões sobre os principais mercados do mundo ao longo dos próximos meses.
Em nota, a GoodWe afirma que o objetivo desse mercado digital é conectar todos os grupos ao redor do mundo que possuem interesse no setor, estimulando a troca de conhecimento e informações. “A empresa apresentará seus produtos, serviços e inovações, a fim de gerar novas oportunidades e manter contato com seus clientes em escala global e local.”
Recentemente, a GoodWe foi classificada na primeira posição entre fabricantes de inversores híbridos, com mais de 15% de participação no mercado global. Os números foram divulgados pela consultoria Wood Mackenzie no relatório Global PV Inverter Market Shares Full-Year 2019.
De acordo com a empresa, foi em virtude das grandes capacidades de pesquisa e desenvolvimento, continuamente aprimoradas por mais de 200 pesquisadores de energia solar, que a GoodWe alcançou a posição de liderança no segmento.
Na ocasião, o CEO da companhia, Daniel Huang, declarou: “ser o fornecedor de inversores híbridos número um no mundo é um reconhecimento que nos motiva a continuar melhorando. A GoodWe sempre enxergou o fornecimento de inversores de alta qualidade como sua vantagem competitiva mais importante e sua principal contribuição para a contínua transformação de energia.”

Fonte Portal Solar

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Investimento em energia solar, reuso de água e telhado verde ajudam a valorizar o imóvel




Soluções sustentáveis são tendências no setor de construção civil e podem valorizar o imóvel entre 10% a 30%, segundo o Ministério do Meio Ambiente
O setor de construção civil está tornando-se cada vez mais sustentável, com oferta de soluções amigas do meio ambiente e inovadoras para os lares. Segundo cartilha do Ministério do Meio Ambiente, os imóveis que contam com soluções eficientes para minimizar o impacto ambiental, como a instalação de energia fotovoltaica, valorizam, em média, de 10% a 30%.
A coordenadora da divisão técnica de controle e automação do Instituto de Engenharia, Aurea Vendramin, explica que a elaboração de um projeto ou instalações de requisitos inovadores e sustentáveis em uma residência – entre eles, conforto térmico e luminotécnico – traz comodidade, redução de custos e principalmente qualidade de vida.
No caso do painel solar, por exemplo, o custo da aquisição pode ser relativamente alto, mas a redução nos gastos com energia é imediata, podendo chegar até a 95%. Além disso, o valor que era direcionado ao pagamento da conta de luz pode ser usado para o pagamento do financiamento do sistema fotovoltaico. Na média, o retorno do investimento é de cinco anos, dependendo do empreendimento.
Segundo Aurea, esse nicho, que ainda é um diferencial, e logo se transformará em requisito nas novas construções, pois faz parte de necessidades urgentes de melhores indicativos de qualidade de consumo e de como os equipamentos se relacionam com os recursos naturais. “É muito importante implementar a eficiência energética com ênfase em fontes alternativas, como energia solar para geração de eletricidade, redução do consumo de água por meio de utilização de reuso sustentável, além de incorporação de tecnologias para redução no uso de gás ou energia para aquecimento de água para o banho”, exemplifica.
Além da energia solar, Aurea explica que também existem diversas alternativas para deixar uma casa mais sustentável, como a vegetação, que pode ser usada em telhados (telhado verde) ou fachadas, além do embelezamento paisagístico, reduzindo a poluição, o consumo de energia dos edifícios, aumentando o isolamento do som. “A solução oferece resistência ao fogo, longevidade da membrana do telhado e paredes de fachadas, garantindo o escoamento de águas pluviais por meio de gotejamento para sua umidificação, manutenção de clima interno, melhoria da qualidade do ar, entre outros benefícios, dependendo do material empregado para disposição das placas e/ou vasos de plantio”, explica engenheira.
Outra possibilidade é o sistema de reuso de água. De acordo com a Fluxo Consultoria, ainda que não seja própria para consumo direto, captar a água chuva gere economia de até 60% da água potável, pois evita que ela seja utilizada em atividades como regar plantas, limpar calçadas, lavar o carro, dar descarga etc.
Fonte Portal Solar

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Consumidores residenciais com energia solar economizam na conta de luz durante a crise




Um sistema bem dimensionado pode reduzir os gastos com a energia em até 95% nas residências 
Há atualmente milhares de consumidores brasileiros que têm conseguido economizar na conta de luz usando a energia solar. É o caso de microempresário Célio Gurgel, que mora em Fortaleza, no Ceará. Segundo ele, depois que instalou um pequeno sistema fotovoltaico no telhado de sua casa há seis meses a economia média mensal tem sido de 70% no custeio com eletricidade.
Em tempos de crise pelo qual o Brasil está passando esta é uma boa notícia. Gurgel comenta que, além da parte financeira, tem também o aspecto da sustentabilidade, uma vez que a energia solar é natural, não polui o meio ambiente e é inesgotável. O sistema na residência do microempresário foi instalado pela empresa ECO Soluções em Energia, sob coordenação de Jonas Becker, que é executivo da empresa e coordenador estadual da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), entidade que reúne as empresas e profissionais de toda cadeia produtiva do segmento solar fotovoltaico no Brasil, da geração distribuída à geração centralizada. 
Estudos indicam que um sistema de energia solar em vida útil de pelo menos 25 anos. Portanto, um sistema bem dimensionado pode reduzir os gastos com a energia em até 95% para os consumidores residenciais. Desta forma, valores que seriam destinados ao pagamento da energia podem ser destinados para outras necessidades primordiais, como alimentação, saúde e educação. 
De acordo com a ABSOLAR, desde 2012, os investimentos privados em sistemas de energia solar em residências ultrapassaram R$ 4,2 bilhões no Brasil. As moradias representam 72,6% de todos os sistemas de geração distribuída solar fotovoltaica, de um total de mais de 210 mil conexões espalhadas por mais de 81% dos municípios do Brasil.
E as notícias boas não param por aqui. O Brasil ainda tem mais de 70 linhas de financiamento para quem quer adquirir a tecnologia, com taxas de juros abaixo de 0,9% ao mês, o que ajuda na instalação. A economia na conta de energia trazida pela fonte solar já paga a parcela do financiamento. 
Trata-se de um investimento importante, uma vez que os consumidores residenciais são os que pagam os maiores valores pela energia elétrica que consomem. Neste momento, a tecnologia solar fotovoltaica tornou-se uma importante aliada ao bolso do consumidor. Também ajuda no orçamento das empresas e dos governos, os protege contra aumentos anuais das tarifas e ainda ajuda o meio ambiente e a sustentabilidade.

Fonte Portal Solar

sábado, 1 de fevereiro de 2020

Bolsonaro vai lançar programa de incentivo à energia solar




Batizado de “Pró-Sol”, em alusão ao pré-sal, presidente quer mostrar aos países estrangeiros que o Brasil vai avançar em sua política para ter uma matriz energética mais limpa 

O governo Bolsonaro está desenhando uma política de incentivos ao uso da energia solar, em resposta aos questionamentos internacionais que está recebendo. Batizado de Pró-Sol em alusão ao pré-sal, o programa vai além da renovação dos incentivos para a instalação de placas solares. 
O programa está sendo apresentado para as empresas que investem no setor de energia solar e está previsto para ser anunciado nos próximos meses. 
De acordo com o presidente, a ideia é também mostrar aos países internacionais que o Brasil tem condições de avançar neste segmento para ter uma matriz energética mais limpa e, desta forma, combater a emergência climática. A situação nessa área ficou um pouco estremecida depois das discussões que aconteceram durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, em relação à preservação da Amazônia.
Na noite do dia 5 de janeiro, o Presidente Jair Bolsonaro publicou um vídeo direcionado a todos os brasileiros, sobre sua posição contrária à taxação da energia solar. Segundo ele, “no que depender da Presidência da República não haverá taxação da energia solar e ponto final”.
“Ninguém fala no governo a não ser eu sobre essa questão. Não me interessa parecer de secretário, seja quem for. A intenção do governo é não taxar. Agora que fique bem claro que quem decide essa questão é a Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica. É uma agência autônoma e não tenho qualquer ingerência sobre ela. A decisão é deles, mas que fique claro que nós do governo não discutiremos mais esse assunto.”
E reforça: “A taxação da energia solar, no que depender do Presidente Jair Bolsonaro e de seus ministros, é não!” O presidente ainda publicou, em sua conta no Facebook, que conversou com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, para garantir a tramitação de um projeto de lei em regime de urgência nas duas Casas proibindo a taxação da energia solar fotovoltaica no país.
A energia solar é uma energia elétrica não apenas limpa e renovável, mas também cada vez mais competitiva, ampliando a diversificação do suprimento elétrico do país, que hoje é demasiadamente dependente de hidrelétricas e termelétricas fósseis. Conforme aponta os especialistas do setor, “isso contribui para o alívio de nossos reservatórios hídricos e reduz a pressão para outros usos estratégicos, como suprimento humano, agricultura, irrigação e processos industriais. Adicionalmente, garante a redução do acionamento de termelétricas fósseis, mais caras e poluentes, ajudando na diminuição de custos aos consumidores e na mitigação dos impactos do aquecimento global.”
A fonte solar já apresenta um dos preços mais competitivos para a geração de energia limpa e renovável no mercado elétrico brasileiro, além de promover o alívio financeiro das famílias e o aumento da competitividade do setor produtivo no País.
Os números já impressionam, mas segundo Koloszuk ainda estão muito aquém do potencial da tecnologia e das necessidades do Brasil.

Crescimento

Nos próximos cinco anos, os projetos de energia solar fotovoltaica já contratados pelo governo federal deverão movimentar R$ 9,5 bilhões em investimentos, conforme estimativa calculada pela Greener, empresa de inteligência de mercado e desenvolvimento de projetos para o setor solar. 
A geração solar centralizada, contratada por meio de leilões de energia no Ambiente de Contratação Regulado (ACR), já soma no país 4,4 GW em capacidade instalada fotovoltaica, com metade desse volume em operação. 
De acordo com a consultoria, ainda há 1 GW em construção e mais 1,1 GW aguardando a construção. No total, os projetos solares do mercado regulado já movimentaram R$ 10,6 bilhões em investimentos no país até 2019.
Há ainda 3,2 GW de projetos solares em fase avançada de desenvolvimento no mercado livre, a maior parte dos empreendimentos está localizada nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.
De acordo com levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), as usinas de geração centralizada solar fotovoltaica em operação no Brasil viabilizaram a geração de mais de 50 mil novos empregos locais qualificados pelo setor nas regiões onde os projetos foram implantados.
As usinas em operação geram energia elétrica limpa e renovável suficiente para suprir, segundo a Absolar, um consumo equivalente à necessidade de mais de três milhões de brasileiros.
O Brasil liderou a América Latina nos investimentos em energias renováveis, registrando US$ 6,5 bilhões em 2019, uma alta de 74% em relação ao ano anterior. Em segundo lugar, o México, registrou aumento de 17% nos investimentos para o setor, somando US$ 4,3 bilhões. 
Por sua vez, a Argentina apresentou queda de 18% nos recursos para projetos de energia limpa, totalizando US$ 2 bilhões em 2019.
Fonte: Portal Solar

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Salvador terá terminal de aeroporto abastecido com energia solar





Meta do Salvador Bahia Airport é suprir 30% do consumo atual de energia do terminal de passageiros, além do seu compromisso com a sustentabilidade 

Em breve, o Salvador Bahia Airport, integrante da rede Vinci Airports, será abastecido por energia solar. Uma usina solar está sendo instalada na pista do aeroporto, tornando-se o primeiro do país a ter um terminal abastecido por sistemas fotovoltaicos. 
O total investido não foi divulgado, mas a previsão é que, quando entrar  em operação, a usina solar vai suprir mais de 30% do consumo atual do terminal de passageiros, o equivalente ao abastecimento de 3.800 casas populares Em relação à contribuição ambiental, o sistema de energia fotovoltaica vai reduzir em  30% a emissão de carbono do local, o que equivale a 690 toneladas ao ano.
“O desenvolvimento sustentável é o nosso compromisso, e orienta todas as nossas ações. Investimos em inovações tecnológicas para aprimorar nossos processos e engajar nossos colaboradores em prol da sustentabilidade”, comenta o gerente de Meio Ambiente do Salvador Bahia Airport, Rodrigo Tavares.
Um dos pontos mais importantes dos painéis solares instalados, segundo o coordenador de Instalações do aeroporto, Frederico Mascarenhas, é a tecnologia antirreflexo, diminuindo riscos de interferência com as aeronaves, além de ser capazes de suportar fortes ventos. “A previsão é que a usina entre em operação no final de fevereiro”, afirma.
Além de representar uma economia no consumo de energia elétrica do terminal, a adoção da energia solar no aeroporto baiano integra o seu compromisso com a sustentabilidade, alinhado à Air Pact, estratégia ambiental global da rede Vinci Airports. O grupo já tem outros aeroportos usando a captação de energia solar e aplicam nas suas operações, a exemplo do Nuevo Pudahuel, em Santiago no Chile.
A iniciativa também atende a um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável do Milênio, agenda global da Organização das Nações Unidas que visa metas para ampliação do acesso a energias limpas e sustentáveis até 2030. No âmbito internacional, as ações sustentáveis realizadas pela Vinci Airports na capital da Bahia têm chamado atenção. O Salvador Bahia Airport foi reconhecido como um “aeroporto verde” durante a última assembleia do Conselho Internacional de Aeroportos – América Latina e Caribe e recebeu o certificado de acreditação de carbono.
Na região Norte e Nordeste, o aeroporto foi o primeiro a receber, em janeiro de 2019, a certificação ACA (Airport Carbon Accreditation), concedida pela organização Airport Council International (ACI) em nível 1, que avalia e reconhece os esforços de redução de gases de efeito estufa gerados pelos aeroportos. Agora, a meta é obter o nível 2 da certificação e reciclar 100% dos resíduos gerados.
Além da energia solar, o aeroporto tem realizado ações para neutralizar suas emissões de carbono e contribuir para a sustentabilidade do planeta. Entre elas estão: estabelecer uma política ambiental, adotar o conceito de Economia Circular, construir uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE), uma Central de Resíduos e um sistema de reuso de água, implantar um programa de gerenciamento de fauna e substituir equipamentos variados por outros mais modernos e mais eficientes.
Fonte: Portal Solar

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Governo Federal e Congresso Nacional fecham questão em favor da energia solar fotovoltaica




Para a ABSOLAR, Projeto de Lei proposto por Jair Bolsonaro, com o apoio dos presidentes da Câmara e do Senado, beneficia o cidadão, gera empregos e acelera o crescimento do País
São Paulo, 6 de janeiro de 2020 – O anúncio nas redes sociais do presidente Jair Bolsonaro, com o apoio dos líderes do Congresso Nacional, em favor da energia solar no País, com a criação de um Projeto de Lei (PL), reflete uma união surpreendente entre os poderes Executivo e Legislativo pelo desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica no Brasil.
O próprio presidente Bolsonaro afirmou ontem (domingo) que o PL é fruto de uma articulação entre o Executivo e o Legislativo, com o apoio dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre. Em uma das postagens, Jair Bolsonaro disse que “o presidente da Câmara colocará em votação Projeto de Lei, em regime de urgência, proibindo a taxação da energia gerada por radiação solar. O mesmo fará o presidente do Senado. Caso encerrado.”
Bolsonaro afirmou ainda, em vídeo publicado mais cedo, que, se dependesse dele, não haveria cobrança sobre a energia solar no País. “É posição do presidente da República, no que depender de nós, não haverá taxação da energia solar”, declarou. O próprio Rodrigo Maia repercutiu em suas redes o vídeo do presidente Bolsonaro e afirmou que “concordo 100% com ele (presidente Bolsonaro) e vamos trabalhar juntos no Congresso contra a taxação da energia solar.”
Recentemente, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, reconheceu a necessidade de alterações e melhorias no texto proposto pela entidade reguladora. Em entrevista recente ao site Megawhat, Pepitone afirmou que quaisquer mudanças regulatórias passariam a valer apenas para as novas conexões a partir de 2021, mantendo por 25 anos as regras vigentes para os consumidores que já investiram no sistema solar fotovoltaico.
Na avaliação de Rodrigo Sauaia, CEO da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Projeto de Lei proposto por Jair Bolsonaro, com o apoio dos presidentes da Câmara e do Senado, beneficia o cidadão, gera empregos e acelera o crescimento do País. “Trata-se de iniciativa suprapartidária em prol do desenvolvimento econômico e sustentável do País, com geração de emprego e renda, atração de investimentos privados, redução de custos para famílias, empresas e produtores rurais, com mais liberdade de escolha para os consumidores”, comenta.
Para o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, promover a energia solar fotovoltaica é medida alinhada com as melhores práticas internacionais. “No Brasil, a fonte é cada vez mais acessível à população, de todas as faixas de renda, além de ser uma locomotiva de crescimento econômico. O mercado poderá gerar cerca 672 mil novos empregos aos brasileiros na microgeração e minigeração distribuída até 2035, com a manutenção das regras atuais”, conclui.

Fonte Portal Solar