quinta-feira, 26 de março de 2015

Escritório que desenhou a Ferrari lança apartamentos de até R$ 2,6 milhões em SP


Conheça detalhes do edifício de linhas futurísticas na Vila Olímpia que terá 92 imóveis de 50 m² a 100 m²


Reconhecido no mundo todo por projetar os carros da italiana Ferrari, o estúdio de design Pininfarina deixará sua marca futurista também em São Paulo. Em parceria com a incorporadora brasileira Cyrela, foi lançado nesta terça-feira o edifício Cyrela by Pininfarina, um edifício de 23 andares, com 92 apartamentos de 50 m² a 100 m², com fachada ondulada e sacadas triangulares em torno do um eixo levemente circular.
Localizado na Vila Olímpia, o empreendimento ocupará uma área de 2.050 m² e seu metro quadrado não sairá por menos de R$ 26.600 mil, o que faz o imóvel com menor metragem custar R$ 1,2 milhão, podendo chegar a R$ 2,6 milhões. “Este é um projeto único, para pessoas que buscam um produto diferenciado, que valorizam design e exclusividade. É para quem espera mais do que uma moradia”, afirma Piero Sevilla, diretor de incorporações da Cyrela-SP.
Esta não é a primeira vez que o estúdio italiano leva suas linhas para a arquitetura. Responsável pelo estádio de futebol da Juventus, em Turim, o Pininfarina já assinou dois prédios residenciais em Miami (Millecento e Beach Walk) e outro, em Cingapura (Ferra), que deverá ficar pronto em 2018. Neste, os apartamentos de 68 m² a 83 m² tiveram preço inicial de US$ 2,35 milhões (R$ 5,3 milhões). No Brasil, o estúdio de design também já tem projeto de edifício lançado em Camboriú (SC).
Com expectativa de entrega entre o fim de 2017 e início de 2018, o empreendimento terá apenas quatro unidades por andar, cada qual com duas vagas na garagem e um elevador privativo para cada dois apartamentos. “Os terraços foram pensados para que um não veja o outro, garantindo total privacidade”, explica Paolo Trevisan, chefe da área de design do Pininfarina responsável pelos projetos arquitetônicos..
Todos os apartamentos serão entregues sem divisórias, possibilitando maior liberdade para o projeto de design de interiores, que poderá valer-se da ausência de paredes limitadoras para dar maior sensação de amplitude aos ambientes que, sem contar com a sacada, terão em torno de 38 m². “Em relação ao interior dos carros e barcos que projetamos, o apartamento é grande e acaba sendo uma pequena joia para se trabalhar”, acredita Trevisan.
Por contrato, não há qualquer negociação para que o projeto de interiores dos apartamentos também seja assinado pelo escritório italiano, mas o designer não esconde o entusiasmo com a possibilidade. “Adoraria. Seria um prazer poder cuidar de um projeto como esse do começo ao fim.”
Nas áreas comuns, o hall com pé direito de 10 metros, a raia de 47 metros, a academia de ginástica com aparelhos de última geração e a entrada de pedestre que lembra um túnel de pit stop seguirão as mesmas as linhas fluidas da fachada. Simétrica, com luzes embutidas em sancas em todas as sacadas e revestida com placas de aço cortén, a fachada dará a impressão de se estar sempre de frente para o edifício, indiferentemente do ângulo do observador. “Nos inspiramos na energia e grande movimentação de São Paulo para criar o edifício. O design traz um grande senso de movimento, com as luzes e curvas, e o aço traz a sensação de calor, de aconchego. Nosso ponto de partida é sempre uma emoção a ser transmitida”, explica o designer da Pininfarina.
De acordo com Efraim Horn, co-presidente da Cyrela, o público-alvo deverão ser executivos e casais jovens e sem filhos, mas principalmente por compradores interessados em fazer uso do imóvel. “As pessoas tendem a manter para si tudo que é muito exclusivo”, acredita o executivo, que não quis arriscar um prazo para finalizar a venda de todas as unidades.
Fonte: Luxo IG

domingo, 22 de março de 2015

Mercado imobiliário reduz preços e facilita pagamentos para recuperar clientes


Venda de novos caiu 35% em 2014, enquanto a venda de usados subiu 41%




Após quase uma década de preços em alta e vendas elevadas, o mercado imobiliário mudou a estratégia em 2015. Para recuperar clientes, as construtoras, incorporadoras, imobiliárias e donos de imóveis estão realizando uma reacomodação dos preços, por meio de descontos e facilidades de pagamento que não ocorriam quando o mercado estava superaquecido.
O mercado de imóveis novos registrou desempenho ruim em 2014, com menos lançamentos, vendas historicamente baixas e, consequentemente, alta no estoque (unidades não vendidas após três anos).
Segundo o Secovi (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo), o estoque passou de 19.692, em 2013, para 27.255 unidades em 2014.
Esse acúmulo se deve às baixas vendas do ano passado, que chegaram a 21,6 mil unidades — 35% a menos que 2013, pior resultado desde 2004.
“O imóvel anda muito junto com a economia, e a economia foi terrível em 2014 e vai ser pior ainda em 2015”, justifica Emílio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP.
— Para comprar um imóvel ou algum bem que você fica muitos anos pagando, a gente precisa ter confiança, numa forma geral, confiança no emprego, confiança na renda, confiança de que não terá nenhuma catástrofe. Então ele [comprador] pensa duas, três, quatro vezes [antes de fechar negócio].
O efeito disso será a menor quantidade de lançamentos em 2015, segundo o Secovi, que prevê queda de até 10%.
— As construtoras vão pensar um pouco mais antes de fazer um lançamento. E as incorporadoras têm que se adequar a esse estoque enorme.
Para o mercado de usados, no entanto, o cenário foi diferente. As vendas subiram 41% em 2014 — desde 2010, só não cresceu em 2012 (veja mais ao final). Já os preços, por outro lado, caíram 22% no ano passado.
Os dados são do Creci-SP (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis), que não possui números absolutos, mas faz o levantamento após consultar 215 imobiliárias.
O presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, relativiza o desempenho. “É um bom resultado, porém poderia ser muito melhor, se os negócios estivessem como estavam até 2012 e 2013”, afirma.
— Na média, nós tivemos um movimento bom, mas 2014 foi sofrível. Nós tivemos queda na velocidade de venda dos imóveis, apesar de não apresentar números negativos.

O ano do usado
Em meio a esse cenário de desconfiança, tanto Viana Neto quanto Kallas concordam que a venda de usados irá se destacar em 2015.
Segundo o presidente do Creci, “todas as vezes que há diminuição nos lançamentos, há um aumento de venda de imóveis usados”.
— Quando termina aquela propaganda forte do imóvel novo, o cliente acaba se dirigindo às imobiliárias para ver os usados.
Já Kallas afirma que “o imóvel usado é mais atrativo porque é mais barato, apesar de não ter todas as características de um novo”.
— E se você garimpar, é muito mais fácil achar uma pessoa física que esteja precisando vender do que uma pessoa jurídica.
O diretor de vendas da Lello Imóveis, Igor Freire, aposta que 2015 “será o ano do usado”. Só na imobiliária, o valor dos negócios fechados em fevereiro foi 25% maior do que no mesmo mês do ano passado.
— Recebemos 10% a mais de clientes no período. A tendência de mercado, com essa situação econômica instável, é que o cliente não queira fechar um negócio para daqui dois, três anos, [como seria no caso de um lançamento], já que ele não sabe como estará sua situação financeira.
Descontão em vista
Além de ser “o ano do usado”, 2015 promete ser também o ano para fechar negócio. O motivo é bem simples: seja comprando um imóvel novo ou usado, há margem para pechinchar. Isso amplia as formas de pagamento e pode até derrubar o preço. “O mercado está aberto”, dizem os especialistas.
No caso dos novos, as oportunidades estão nos feirões de queima de estoque. No último sábado (7), a imobiliária Lopes realizou uma campanha com 14 incorporadoras de 60 empreendimentos. O desconto prometido era de até 32%.
A MRV Engenharia, a Gafisa e a Tecnisa, dos ramos de construção e incorporação, também estão com queima de estoque em andamento.
No caso da Gafisa, as promoções acontecem em seu site até o fim do mês, durante a campanha Taxa Zero, que promete parcelas fixas (sem correção) durante o período de obras dos empreendimentos.
As empresas não revelam até quando continuam os feirões, mas a expectativa é de que essa estratégia perdure até a redução dos estoques.
Já no caso dos usados, os descontos não devem passar dos 10%, dizem os corretores. Eles destacam, no entanto, as facilidades na hora de comprar.
“O cliente vendedor final ou o cliente incorporador está mais suscetível à negociação. Isso faz com que aumente a demanda do cliente [comprador] por nossos imóveis”, afirma Rodrigo Gordinho, diretor de Imóveis Prontos da Lopes, que também prevê um primeiro trimestre melhor em 2015 do que em 2014.
— Não vai ser mais aquela loucura de subir preço. Abaixar preço também acho muito difícil. Mas é um assentamento natural de preços, e as melhores oportunidades vão prevalecer.
Freire afirma que, quando o mercado estava “superaquecido”, os vendedores não aceitavam redução de preço, ou um sinal (pagamento inicial) mais baixo, como vem ocorrendo agora.
Para Viana Neto, do Creci-SP, os preços podem baixar ainda mais.
— Acredito até que os preços precisam baixar mais um pouco para cair dentro da realidade do mercado, porque a renda familiar não alcança a necessidade para a pessoa assinar um contrato.
Fonte: R7






quarta-feira, 18 de março de 2015

Alto padrão: como é o comprador de imóveis de luxo?


Acima de tudo, é um negociador atento ao mercado, que não perde de vista a totalidade de seus investimentos


Um consumidor que quer escolher onde morar, detalhista e perfeccionista. Alguém que constantemente olha para o mercado; que entende a compra de um imóvel menos como a realização de um sonho, mais como uma premiação pelo sucesso profissional. Para ele, essa aquisição deve ser, acima de tudo, um bom negócio: mesmo que não esteja cogitando revender o imóvel, considera sua valorização posterior e potencial de desenvolvimento da região onde se localiza. Vê a compra como um grande ativo em sua vida financeira. Por fim, alguém que escolhe onde quer morar em primeiro lugar, antes de decidir preço e configuração da unidade. É assim que Eduardo Sukienik, diretor superintendente da Brasil Brokers Noblesse, descreve o investidor em imóveis de alto padrão.
Segundo Sukienik, em Porto Alegre, os imóveis de alto padrão custam a partir de R$ 8.500 o m², chegando a R$ 14 mil. Para Marcos Colvero, diretor de incorporações da Melnick Even, os valores são ainda mais elevados: de R$ 11 mil o m² ao teto de R$ 16 mil – nessa faixa, considerados “altíssimo padrão”.
Além do público que não abre mão da localização e acaba optando por apartamentos, há o consumidor de condomínios de casas de luxo. Por segurança, esse comprador escolhe a comodidade de condomínios fechados que, por falta de terrenos nos bairros tradicionais, localizam-se na zona sul de Porto Alegre – recentemente, a Melnick Even também lançou uma alternativa em Eldorado do Sul. Sukienik explica que são negociações em torno de R$ 35 milhões a R$ 40 milhões.
Colvero aponta para uma mudança no perfil do público que consome alto padrão. “A partir de 2007, com a mudança de estrutura do mercado imobiliário e o acesso ao crédito, surgiu um novo consumidor. Antes disso, o alto padrão era prioritariamente alvo de casais maduros. O novo público de jovens executivos, já bem posicionados profissionalmente, passou a ter acesso a esse mercado”, define.
Na possibilidade de valorização dos imóveis de alto padrão se analisa um fator pontual: a escassez de terrenos. Como localização é fundamental para esse segmento, a dificuldade de se encontrar espaços adequados ao porte nos bairros mais desejados influencia diretamente o valor dos imóveis.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Apoio de imobiliária e corretor facilita a aquisição do imóvel


Procurar uma imobiliária ou um corretor de imóveis credenciado no Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) ajuda os compradores a evitar preocupações com a parte burocrática no processo de aquisição de um imóvel e futuros problemas, como o surgimento de débitos, afirma o empresário, diretor da Rede Imóveis Americana e do Diac (Departamento de Imobiliárias e Administradores de Condomínios) da Acia (Associação Comercial e Industrial de Americana), Fabio Santarosa.
Proprietário da WPA Imóveis, imobiliária certificada pela ISO-9001, que atua há 35 anos com locação e venda de imóveis prontos em Americana e região, Santarosa afirma que, além de tranquilidade para o comprador, as imobiliárias e corretores são facilitadores do processo burocrático de aquisição e o tornam mais seguro para os compradores.


“Na aquisição de um imóvel, além da realização de um sonho, muitas vezes a pessoa está investindo uma economia guardada por muito tempo para adquirir seu único bem. Por isso a realização da compra exige muito cuidado e deve ser acompanhada por imobiliárias estruturadas ou corretores credenciados junto ao Creci, que recebem treinamentos constantes. São muitos detalhes que envolvem documentação do imóvel”, explicou.
Segundo Santarosa, atualmente 60% dos imóveis comercializados na WPA são adquiridos com financiamentos bancários. Ele explica que a contratação de uma imobiliária estruturada facilita, inclusive, a análise de documentos junto ao banco e permite negociar condições de financiamento sem a necessidade de o cliente ter que se deslocar.
“Além de um departamento jurídico, as imobiliárias, hoje, têm parcerias com diversos bancos, o que facilita a análise de documentos, do crédito e negociação do financiamento. Os corretores cuidam de tudo e verificam se existem débitos no imóvel. (…) A pessoa pode fazer uma compra tranquila, sem dor de cabeça”, destacou.
No ano passado, a WPA Imóveis registrou aumento de 15% nas vendas e locações, segundo o empresário, e para 2015 a empresa espera manter esse índice positivo.
“Além de uma equipe treinada, que será ampliada este ano, temos corretores preparados e qualificados frequentemente. Estamos sempre investindo em tecnologia para aprimorar o atendimento”, contou.
REDE
De acordo com Santarosa, a Rede Imóveis de Americana, composta por sete imobiliárias da cidade, traz vantagens para os compradores, vendedores e estabelecimentos comerciais. “A Rede proporciona uma importante parceria entre as imobiliárias, oferecendo aos clientes uma carteira única de imóveis. O objetivo é encontrar o melhor imóvel que atenda as necessidades dos clientes”, explicou. “Para quem quer vender imóvel também é vantajoso, ele anuncia numa imobiliária e, automaticamente, será comercializado por todas que fazem parte da rede”, disse.
O diretor ressaltou que as redes de imóveis são tendência no mercado imobiliário, mas em Americana há apenas uma.
Fonte: Uol

sábado, 14 de março de 2015

Preocupações no Brasil pressionam mercado imobiliário em 2015, diz relatório




SÃO PAULO (Reuters) – Estagnação econômica, inflação resiliente e aumento do risco de déficit orçamentário no Brasil colocam em risco a expansão de uma década nos empréstimos imobiliários, minando uma das maiores fontes de financiamento para o setor, de acordo com um relatório da indústria.
O montante dos empréstimos imobiliários financiados com dinheiro do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) subiu 3,4 por cento no ano passado, o menor nível desde 2003.

Vulnerabilidades macroeconômicas ameaçam a sustentabilidade do SBPE nos próximos anos, de acordo com um relatório da empresa de pesquisa de finanças estruturadas Uqbar Educação.
O aumento das taxas de juros está entre os fatores que podem dificultar a alocação de recursos governamentais para o crédito imobiliário e para o SBPE, disse o relatório. A empresa, com sede no Rio de Janeiro, pediu o retorno de políticas econômicas sonoras, como forma de garantir o crescimento sustentável do mercado no longo prazo.
“Uma vez que recuperarmos a estabilidade macroeconômica, fontes de financiamento bancárias e do governo vão ganhar força, ao lado de instrumentos do mercado de capitais”, disse o relatório ao qual a Reuters teve acesso antes de sua publicação na quarta-feira.
O relatório é o mais recente alerta de especialistas sobre o aumento dos desafios enfrentados pelo Brasil na ainda incipente indústria de empréstimo imobiliário.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está tentando reverter a falta de regras do orçamento que caracterizou o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff. Economistas esperam que cortes de gastos e aumentos de impostos por Levy devem levar a economia temporariamente para uma recessão antes de domar a inflação e restaurar a confiança.
Os empréstimos imobiliários expandiram-se mais rápido do que outros tipos de crédito nos últimos anos, graças a um mercado de trabalho robusto, quedas constantes em custos de empréstimos e melhora das regras do setor. Alguns desses fatores, no entanto, estão agora mostrando sinais de fadiga.
Os desembolsos para empréstimos lastreados pelo SBPE podem subir 5 por cento este ano, muito longe dos 37 por cento de expansão anual registrados nos últimos sete anos, disse recentemente a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário (Abecip). O mercado de crédito imobiliário mais frio não parece colocar qualquer risco sistêmico para os bancos.
Excluindo a estatal Caixa Econômica Federal [CEF.UL], a exposição do setor bancário brasileiro ao crédito imobiliário continua baixa.