sábado, 30 de dezembro de 2017

Bitcoins já são uma realidade no mercado imobiliário


Utilizar a moeda virtual, no entanto, requer análise de risco para evitar prejuízos

A moeda digital bitcoin se valorizou cerca de 900% neste ano e passou a custar cerca de US$ 11 mil. De acordo com Ariano Cavalcanti de Paula, presidente da Rede Netimóveis, conselheiro da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais - CMI/Secovi-MG e presidente da cooperativa de crédito Sicoob Secovicred, a mais famosa das criptomoedas já é uma realidade incontestável e uma prova inequívoca de que a tecnologia blockchain, que viabilizou o surgimento de todas as moedas digitais, é o que de fato interessa ao mercado. Diante disso, é certo que o uso de moedas virtuais no mercado imobiliário é viável, porém, requer análise de risco.

“O blockchain pode mudar o mercado imobiliário de algumas maneiras, como facilitar transações imobiliárias e evitar fraudes. Ele pode possibilitar que todas as informações de uma propriedade possam ser digitalmente criptografadas, contendo informações habitacionais, financeiras, legais e estruturais, e atributos físicos que mantenham todo o histórico de transações e as transmitam perpetuamente. Além disso, oferece uma ferramenta 100% inviolável, em que o remetente e o destinatário dos fundos estão logados e os ‘certificados digitais de propriedade’ estão salvos, evitando a falsificação de títulos de propriedade, por exemplo”, explica o presidente da Rede Netimóveis. 

REGULAÇÃO 

Segundo o dicionário de inglês Oxford, o termo bitcoin significa um tipo de moeda digital em que as técnicas de criptografia são usadas para regular a geração de unidades de moeda e verificar a transferência de fundos, operada independentemente de um banco central. “Por meio de um blockchain é possível transformar o imóvel num ativo líquido, conferindo-lhe maior liquidez decorrente da informação absoluta”, alerta Ariano. Diversos estudos já estão em curso neste momento, garante o executivo. Ele ressalta que outras aplicações importantes estão ocorrendo, como em contratos e registros de imóveis e contratos inteligentes de locação. 

"O Blockchain pode mudar o mercado imobiliário de algumas maneiras, como facilitar transações imobiliárias e evitar fraudes. Ele pode possibilitar que todas as informações de uma propriedade possa ser digitalmente criptografadas, contendo informações habitacionais, financeiras, legais e estruturais" - Ariano Cavalcanti de Paula, presidente da Rede Netimóveis
Com relação à bitcoin e outras moedas criptografadas, o executivo esclarece que há vários riscos que precisam ser analisados. “A lista de contestações é interminável, mas não há como negar a efetividade do sistema. O bitcoin negocia mais de 50% de todas as outras criptomoedas (que já são mais de mil) e os números não são nada modestos, pois são aproximadamente 400 mil negociações por dia, totalizando quase US$ 4 bilhões negociados diariamente mundo afora.” 

Neste sábado, a CME Group (bolsa de Chicago), a maior bolsa de derivativos do mundo, iniciará as operações de contratos futuros de bitcoins. “Esse e outros eventos prometem consolidar a posição da principal moeda digital da atualidade”, avalia. Segundo Ariano, a despeito do futuro dessas moedas, um legado é certo. “A aplicabilidade do blockchain é imensa e, possivelmente, disruptiva, alcançando praticamente todos os tipos de mercado. É recomendável prestar atenção nisso”, alerta.

Fonte Lugar Certo

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Construtora de imóveis começa a aceitar bitcoin como forma pagamento


A moeda digital criptografada que tem transformado o mercado financeiro neste ano, o Bitcoin, agora pode ser usada para comprar imóveis, lotes e outros empreendimentos da Katz Construções. Com essa medida, a empresa mineira, que é responsável pela execução de projetos de alto luxo de edifícios residenciais, comerciais e de loteamentos, dentro e fora de Minas Gerais, passa a oferecer mais uma possibilidade de pagamento.
“Aceitar Bitcoin é uma oportunidade de ampliar as modalidades de pagamento para nossos clientes e ainda de acompanhar o que é tendência no mercado, mas principalmente é uma maneira de oferecer a quem investiu na moeda, a alternativa de adquirir um bem, como um apartamento, por exemplo”, destaca Athos Bernardes, diretor de Incorporação da Katz Construções.
Para Daniel Katz, presidente da construtora, a moeda virtual é ainda uma chance para os investidores adquirirem seu primeiro imóvel. “Muitos detentores de Bitcoin são jovens, alguns inclusive ainda residiam com os pais quando apostaram na criptomoeda. E agora, com os rendimentos podem comprar imóveis para morar, ou mesmo para se tornar um investidor, revendendo ou alugando o imóvel”, diz.
Ele reforça que, aceitar essa nova modalidade de pagamento, reforça a busca constante da construtora por inovação e tecnologia. “O mercado exige ousadia, adaptações e quem não acompanha as mudanças não evolui, não se mantém vivo às novas realidades. Precisamos enxergar além e acreditar”, enfatiza.
Todos os empreendimentos da construtora, incluindo os que estão localizados em outros estados, podem ser adquiridos por meio da moeda virtual. Em seu portfólio estão: o ‘Beverly Hills’, imóvel residencial de luxo localizado no bairro Vila da Serra (Nova Lima), o ‘Premier Business Center’, centro comercial em Lagoa Santa, o ‘Belmonte Bahia Beach Village’, condomínio de alto padrão no sul da Bahia e o Alameda do Araripe Haras Residence, condomínio de alto luxo localizado entre a Vila de Santo André e a Praia de Guaiú, na Costa do Descobrimento, também no sul da Bahia, que será lançado em 2018.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Empresas desenvolvem telha que substitui as placas solares


Unir sustentabilidade e beleza é um dos desafios do mercado de arquitetura. Por isso, com o objetivo de solucionar os “problemas estéticos” envolvendo as placas solares convencionais, as empresas italianas Area Industrie Ceramiche e REM aprimoraram a tecnologia e desenvolveram a Tegola Solare, uma telha cerâmica fotovoltaica, que se integra à estrutura da casa ou edifício.
Pelo fato de os painéis tradicionais serem grandes e pesados, eram alvo de reclamações de parte do público, que rejeitava os modelos alegando que não queria danificar a estética dos telhados, fator que impedia a disseminação da energia solar.
Feitas de cerâmica, as telhas possuem quatro células fotovoltaicas embutidas e a fiação segue embaixo do telhado para o conversor.
Segundo o fabricante, além de ser capaz de substituir os painéis para captação de luz do sol, a Tegola Solare pode gerar cerca de 3kw de energia em uma área instalada de 40m², ou seja, um telhado completo ou parcialmente coberto já poderia suprir as necessidades energéticas de uma casa facilmente. Entretanto, essas telhas ainda são mais caras do que as placas convencionais.
A Tegola Solare já faz sucesso fora do Brasil, principalmente na cidade italiana de Veneza, local onde a maioria dessas peças já foram instaladas. A Itália é um país que possui muitas casas antigas e os centros históricos têm muitas regras de preservação, logo, em algumas cidades, a colocação de painéis solares é muitas vezes proibida por lei.

Instalação

A instalação das telhas fotovoltaicas é feita normalmente, como a de qualquer outro telhado, e a área que captará a luz solar depende da necessidade do imóvel. Por isso, os fabricantes também disponibilizam o mesmo modelo em telhas comuns.
Se houver a necessidade de substituição de alguma dessas peças, o processo também é simples, devido ao aspecto modular do telhado.

Outros modelos de telhas solares

Como o mercado da arquitetura sustentável cresce cada vez mais, outras empresas pelo mundo já vinham desenvolvendo tipos de telhas solares, inclusive a própria Area Industrie Ceramiche já havia feito um modelo onde pequenos painéis fotovoltaicos eram acoplados no lado liso das peças cerâmicas. A empresa americana SRS Energy também produz uma placa em formato de telha de barro na cor azul escuro, porém, ela só é compatível com as telhas de cerâmica fabricadas por outra empresa parceira.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Preço do aluguel cai pelo quinto mês consecutivo em outubro


Índice FipeZap de Locação mostra que o poder para negociar preço segue na mão de quem aluga, já que houve queda real de 2,11% no mês passado
São Paulo – O preço dos imóveis para alugar caiu pelo quinto mês consecutivo em outubro. O valor médio de locação recuou 0,28% no mês, segundo o Índice FipeZap de Locação, que acompanha a variação nos valores de apartamentos anunciados em 15 cidades brasileiras.
Isso significa que o poder para negociar preço segue na mão de quem aluga. Desde o início do ano, o preço médio de locação caiu 0,64%. No entanto, a inflação acumulada em 2017, medida pelo IPCA, foi de 2,21%. Ou seja, a queda real do Índice FipeZap de Locação no período foi de 2,79%.
A queda real é registrada quando o valor de um determinado bem tem uma alta inferior ao aumento generalizado dos preços, medido por índices inflacionários, como o IPCA. Vale destacar que a variação real não é obtida com uma simples subtração. Para realizar o cálculo, é preciso dividir a oscilação dos preços pela variação da inflação.
Nos últimos 12 meses até outubro, o aluguel residencial caiu 0,77% e a queda real foi de 3,38%.
Entre as cidades monitoradas, as maiores quedas nos preços nos últimos 12 meses foram no Rio de Janeiro (-8,59%) e Campinas (-4,30%). Já entre as regiões que registraram aumento de preço, se destacam Recife (+3,82%), Distrito Federal (+3,26%) e São Bernardo do Campo (+3,15%).
Veja o comportamento dos preços de aluguel nas 15 localidades pesquisadas pelo Índice FipeZap de Locação:
CidadeVariação do preço em outubroVariação do preço nos últimos 12 meses
Goiânia1,22%Não disponível
Curitiba0,97%1,93%
Recife0,43%3,82%
São Bernardo0,27%3,15%
Salvador0,08%2,16%
Belo Horizonte-0,02%2,87%
Porto Alegre-0,03%-1,12%
Fortaleza-0,11%Não disponível
São Paulo-0,21%2,00%
Campinas-0,26%-4,30%
Santos-0,37%1,83%
Distrito Federal-0,41%3,26%
Florianópolis-0,45%Não disponível
Rio de Janeiro-1,06%-8,59%
Niteroi-1,12%Não disponível
Veja o preço médio do metro quadrado anunciado em cada cidade:
CidadePreço médio do metro quadrado em setembro, em R$
São Paulo35,60
Rio de Janeiro32,14
Distrito Federal29,68
Santos28,58
Recife24,20
Florianópolis22,20
Niteroi21,34
Porto Alegre21,15
Campinas20,58
Belo Horizonte20,12
Salvador19,68
São Bernardo18,89
Curitiba16,80
Fortaleza16,22
Goiânia15,03
O Índice FipeZap de Locação é desenvolvido em conjunto pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e pelo site de classificados Zap Imóveis, com base em anúncios da internet. A pesquisa não incorpora no cálculo a correção dos aluguéis em contratos vigentes, cujos preços são reajustados periodicamente.
Fonte: Exame