quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Jovem empreendedor aposta em mercado imobiliário de alto padrão e cresce em meio à crise no setor



O mercado imobiliário tem sido bastante afetado pelo cenário econômico adverso, tanto de forma negativa como positiva. Com os juros altos e a instabilidade política, o sonho da casa própria acaba sendo adiado, porém, o momento é de boas oportunidades de compra de imóvel por parte de investidores.
De acordo com a Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, de janeiro a setembro deste ano, a quantidade de imóveis comercializados na cidade despencou 21% em comparação com o mesmo período do ano passado. Na locação, a média é de -3,10%, segundo o Índice FipeZap.
Com uma conjuntura tão adversa, como vender?
Para o especialista em mercado imobiliário, Igor Almeida, a resposta pode ser resumida em uma única palavra: “Atendimento”. Dono de uma imobiliária com imóveis de alto padrão, a Igor Almeida Consultoria Imobiliária, localizada em Higienópolis, bairro nobre e reduto da elite paulistana, e que negocia cifras na casa dos milhões. Sua clientela é composta por artistas, políticos, grandes empresários, personalidades influentes e famílias abastadas.
Embora não revele números, o executivo pontua que, em tempos de recessão, o bom atendimento faz toda a diferença:
“Sempre prezo pelo cliente. Nós o vemos como amigo. Prestamos um atendimento totalmente diferente do mercado. Eu inclusive saio para tomar café, tenho programação de viagem com clientes e famílias. O corretor às vezes também é ouvinte e muitas vezes acaba fazendo parte da família”, comenta.
A Igor Almeida Consultoria Imobiliária contabiliza um saldo bastante positivo em 2016: “Conseguimos transformar um momento complicado em uma oportunidade lucrativa”, diz o dono da consultoria.
Igor entrou no ramo imobiliário por acaso, chegou a São Paulo em 2013, trabalhando como caixa numa padaria em Higienópolis. Sua facilidade para lidar como público atraiu a atenção de um corretor, que o convidou para trabalhar na área. Fez tantos clientes que, em 2015, decidiu abrir sua própria empresa. Hoje, conta com uma imobiliária de 450 metros quadrados, com uma infraestrutura luxuosa, em um antigo casarão, que foi totalmente reformado para atender a demanda de mais de 20 corretores e uma carteira ampla de clientes que segue à risca seus conselhos.
Mesmo em tempos de aplicativos, que facilitam a venda, locação e seguro de imóveis, Igor Almeida afirma que nesse segmento de alta renda, isso conta pouco. O que faz a diferença é o “calor humano” e a confiança na consultoria imobiliária.
“Você acha que um proprietário vai se sentir seguro deixando seu imóvel de R$ 10 milhões nas mãos de alguém que ele nunca viu na vida? É nessas horas que o corretor se faz necessário. É a pessoa de confiança do dono das chaves”, garante.
Segundo ele, a crise tem se mostrado favorável para quem tem o perfil investidor, já que existem boas oportunidades de imóveis com preços inimagináveis há poucos meses, e com grande potencial de crescimento em médio prazo.
Fonte: Terra


Startup brasileira Quinto Andar recebe US$ 12,6 mi em novo aporte


Empresa faz ligação entre proprietários e inquilinos de imóveis residenciais e tem crescido 25% ao mês

Gabriel Braga e André Penha, fundadores da startup Quinto Andar

A startup brasileira Quinto Andar anunciou nesta terça-feira, 13, que recebeu um novo aporte de US$ 12,6 milhões, em sua segunda rodada de investimentos. Especializada em aluguel de residências online, a empresa pretende utilizar os recursos para desenvolver sua tecnologia e também expandir suas operações para outros estados do Brasil – hoje, a startup atua apenas em oito cidades de São Paulo, divididas entre Campinas e a Grande São Paulo. 
“Gostamos de dar um passo de cada vez: estamos buscando ter densidade para poder oferecer um número interessante de opções para quem quer alugar um imóvel em outras capitais do País”, diz Gabriel Braga, presidente executivo da Quinto Andar, em entrevista ao Estado. 
“Em 2016, conseguimos criar o produto que queríamos, mas ainda temos muito para expandir em tecnologia”, explica o executivo. Hoje, 30% dos 140 funcionários da empresa são desenvolvedores e engenheiros – a empresa se mudou recentemente para uma nova sede na capital paulista, e seu número de contratos fechados tem crescido a uma base de 25% por mês no último semestre. 
Com a nova rodada, o Quinto Andar tem agora como investidores os fundos Acacia Partners, de Nova York, e Qualcomm Ventures, braço de investimentos de um dos maiores fabricantes de semicondutores do mundo. Com participações em empresas como Guia Bolso e Nubank, o Kaszek Ventures liderou a primeira rodada de investimentos do Quinto Andar, no início deste ano, e participou dos aportes mais recentes. 
Como funciona. No site e nos apps criados pela startup, quem busca um imóvel pode selecionar o tipo de residência que mais lhe agrada e instantaneamente reservar uma visita aos seus apartamentos favoritos. As visitas são acompanhadas por corretores credenciados, os quais também trabalham usando um aplicativo de celular -- à semelhança do que faz um motorista Uber. 
Segundo Braga, hoje há fila de corretores para a plataforma – há mais de 2 mil corretores parceiros da Quinto Andar nos 10 municípios, e mais de 10 mil visitas a imóveis foram feitas no último mês de novembro. 
Para todos os inquilinos, a empresa oferece um serviço de seguro-fiança gratuito. “Com isso, eu reduzo a insegurança do proprietário e também facilito a locação para o usuário, que tem de gastar menos. Isso também faz com que os imóveis sejam alugados mais rapidamente”, diz o presidente executivo. 
Quando um contrato é fechado, o Quinto Andar fica com o aluguel total do primeiro mês, e mais 8% das mensalidades pagas pelos inquilinos nos meses seguintes até o fim da vigência do contrato – a porcentagem está em linha com a média do mercado de locações residenciais. Segundo Braga, a empresa não planeja oferecer locações comerciais. “Precisamos desenvolver uma solução específica e resolver um problema. Não dá para fazer muitas coisas ao mesmo tempo.”
Fonte O Estado de S. Paulo

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Idosa de 68 anos volta ao mercado de trabalho como corretora de imóveis


Aposentada há 5 anos, ela aproveitou oportunidade oferecida por imobiliária.
Empresa dá treinamento para quem tem mais de 55 anos e quer ser corretor.
Após cinco anos afastada do mercado de trabalho, a aposentada Jacira das Graças Pinheiro Azolino, de 68 anos, decidiu voltar a trabalhar, em Goiânia. Motivada por uma oportunidade de recolocação no mercado oferecida por uma imobiliária, a idosa achou que era a hora de recomeçar e está investindo na carreira para ser corretora de imóveis.
Ela conta que viu um anúncio em uma rede social sobre o programa para pessoas da terceira idade. No entanto, a aposentada não se inscreveu, pois explica que, mesmo interessada, achou que estava fora do perfil, que procurava pessoas com idades a partir de 55 anos.
“Não me candidatei porque vi que eu estava um pouco fora da idade, mas fiz um comentário na página falando que achei a ideia inteligente, porque eu realmente achei fantástico. Inclusive, tenho certeza que as demais imobiliárias vão copiar. Eu fiz o comentário, o pessoal viu, me ligou e eu comecei”, lembra.
Jacira explica que um dos motivos que a fez voltar à ativa foi à solidão após o falecimento do marido, há cinco anos. Ela conta que, antigamente, tinha uma casa grande, com muita gente da família.
“Eu tinha três filhos, mas um deles morreu ainda pequeno, então eu criei dois filhos. Meu marido e eu ficamos 43 anos casados e, depois que ele faleceu, ficou uma vida bem vazia”, relata a aposentada.
Professora primária de formação, a idosa também trabalhou como aeroviária por mais de 30 anos e chegou a ser gerente fora do Brasil pelas empresas aéreas que atuou, como Marrocos, Ásia, Europa e Estados Unidos da América. A aposentada afirma que, com estas experiências, desenvolveu várias habilidades, como a fluência em três idiomas.
“A experiência que eu adquiri contribui pra mim, hoje, no mercado imobiliário, porque tem muito estrangeiro aqui em Goiânia. E em um determinado momento, você encontrar uma pessoa que fala sua língua, só pra bater um papo, é bom. Eles gostam, é um diferencial”, lembra.
Ana Claudia Salatiel, coordenadora de rercursos humanos da URBS RT, a imobiliária responsável pelo “Programa Veteranos”, explica que, junto a Jacira, entraram 16 profissionais com idades igual ou superior a 55 anos. Segundo ela, a iniciativa tem trazido só experiências boas.
“Para nós é uma honra ter uma profissional como a dona Jacira. Poliglota, conhece o mundo inteiro, entrou com a maior vontade do mundo, com o conhecimento necessário, é um case de sucesso. O RH nunca foi tão elogiado, tanto quanto com a entrada deles aqui. Todas as outras equipes entenderam que eles entraram para fazer diferença, porque são pessoas que se interessam de verdade”, conta.
Programa
Em setembro, o “Programa Veteranos” foi lançado com a intenção de atingir o público da terceira idade. Ele oferece treinamento gratuito com aulas teóricas e de campo para pessoas com mais de 55 anos. Uma nova turma está sendo formada. As inscrições para participar do programa estão abertas até o dia 4 de novembro, pelo telefone (62) 4013-4029 ou pelo e-mail rh@urbsrt.com.br.
Salatiel explica que o programa busca oferecer treinamentos básicos sistemáticos de vários assuntos, entre eles, como ser um corretor de imóveis, dicionário de um corretor de imóveis, matemática financeira, crédito imobiliário, entre outros.
Conforme a coordenadora, vários são os motivos que levaram a realização da iniciativa voltada para os idosos, entre eles, a experiência, a capacitação e o compromisso destes profissionais.
“Começamos a observar que temos muitos cases de sucesso com profissionais que são dessa faixa etária. E como nós também estávamos contratando muitos jovens que não permaneciam, a gente resolveu apostar e oferecer esse programa de formação pra esses mais maduros”, revela a especialista em RH.
Entre os benefícios do profissional mais velho, de acordo com a coordenadora, além da experiência, que é um dos principais, os idosos podem ser profissionais extremamente resilientes e pacientes.
“O mercado imobiliário é muito dinâmico, ao mesmo tempo em que você trabalha aqui dentro, numa sala com ar condicionado, você faz ação na rua, faz uma panfletagem, lida com pessoas de diversos perfis, leva muitos nãos e não pode deixar isso te abater. O não tem que ser desafiador para você conseguir buscar cada vez mais e lutar pelo sim”, pontua.
Experiência
Conforme a coordenadora, a aposta nos profissionais mais experientes pode ser um diferencial nos negócios, pois, segundo ela, a pressa é um dos fatores que atrapalha o jovem no mercado imobiliário.
“O corretor de imóveis precisa ter um curso pra atuar na área e isso exige um tempo para que ele possa de fato começar a trabalhar, e o jovem não tem essa consciência. Eles não gostam de esperar toda essa burocracia”, explica.
Além disso, conforme a profissional, o fato do profissional da área ser autônomo também desinteressa o jovem neste ramo. Salatiel explica que o corretor de imóveis é um profissional 100% comissionado e que precisa vender pra ter remuneração.
“O jovem não quer isso. Ele quer começar a trabalhar e já ganhar no ato, e aqui não tem isso. Aqui exige um pouco mais de paciência, precisa de um pouquinho de desenvoltura, por que se não ele não vai conseguir ter sucesso”, conclui a profissional.
Fonte: G1

2017 de muito trabalho


O mercado imobiliário deve continuar firme e o aquecimento, lento e contínuo, o levará a colher bons frutos em 2017. A projeção positiva é de empresários do setor, que dizem ter sentido este ano um incremento no volume de vendas em relação ao ano passado. “O setor vem apresentando uma melhora, acho que isso é sensível para todo mundo, mas a gente tem muito a melhorar, muito trabalho a fazer”, avalia Francisco Philomeno Gomes, sócio diretor da Construtora Preferencial.
Supervisor comercial da Muza Construtora, Araújo Ataick observa o mercado imobiliário em pleno processo de reformulação. “Ele (mercado) teve momentos ruins em 2013, em 2014, e em 2015 teve uma desaceleração por conta da situação macroeconômica, mas graças às mudanças políticas está muito melhor em 2016”. A expectativa é de maior crescimento e estabilidade no ano que vem.
Gerente comercial da Construtora Mota Machado, Felipe Capistrano afirma que o mercado imobiliário sentiu um impacto “muito forte” com a crise econômica, visto que, por se tratar de um alto investimento de longo prazo, o imóvel pesa de forma preponderante no orçamento familiar. “Se você tem um momento de crise, a primeira coisa que você segura um pouco são os grandes investimentos. Então, a crise foi muito prejudicial para o nosso mercado, mas a gente vê que esse final de 2016 já apresenta uma melhora”, destaca Felipe, também certo de que 2017 será favorável para impulsionar os negócios em Fortaleza. Conforme análise feita em julho, sobre informações apuradas pelo setor de inteligência da Lopes Immobilis, a expectativa é que o mercado imobiliário encerre o ano com R$ 2 bilhões em vendas na Cidade.
Precauções
Marcelo Prado, diretor comercial da A&B Engenharia, relata que a resiliência, competência cada vez mais essencial no mundo corporativo, e a antecipação à crise garantiram um fôlego a mais ao setor. “Acho que essa sensação de que a crise não nos afetou muito é porque essa preocupação foi vista logo no princípio e o mercado imobiliário, como um todo, segurou, repensou lançamentos, focou nas vendas dos estoques. Isso fez com que o mercado ficasse sadio”.
Observa ainda que o segmento em Fortaleza conseguiu se manter mais estável por não ter sofrido problemas mais sérios, como a falência de incorporadoras. “Hoje, os estoques estão bem menores do que no final do ano passado. Ano que vem fatalmente terão vários lançamentos e, dentro das áreas de maior necessidade da população, com certeza surgirão belos empreendimentos e serão muito bem vendidos”, calcula Marcelo.
Além de identificar “vácuos” no mercado imobiliário e continuar a investir em lançamentos, a partir da demanda de cada região, as empresas também vêm lançando mão de bônus e brindes para atrair clientes e fechar novos negócios. Eduardo Rodrigues, gerente comercial da Helbor, conta que a incorporadora realiza promoções “visando mesmo atrair o cliente”. “Dentro do mercado competitivo que a gente tem hoje, o cliente busca isso”.
“Acho que essa sensação de que a crise não nos afetou muito é porque essa preocupação foi vista logo no princípio”.
Fonte: O Povo