sábado, 29 de novembro de 2014

Empreendimentos com células de subsistência mudam o perfil do mercado imobiliário.


Segundo Rogério Santos, Diretor da RealtON – outlet de imóveis novos no Brasil, cresce a procura por imóveis com características de sustentabilidade que garantam qualidade de vida e promovam autonomia para os moradores.




Já é uma preocupação de novos condomínios, especialmente os de alto padrão, mas que deve se disseminar por todo o mercado imobiliário, garante Rogério. A tendência é deixar de considerar investimentos públicos em geração de energia e fornecimento de água, por exemplo, e buscar alternativas próprias. “Já temos imóveis à vendas com essas características, e muitos pedidos por parte dos consumidores por imóveis nessa linha”, explica o especialista, que tem mais de 27 anos de mercado imobiliário.
Para Rogério, é possível que, em breve, os novos empreendimentos já tenham como premissa criar células básicas de subsistência, e as pessoas farão questão de pagar por isso: “a atual crise da água, o fantasma da energia elétrica e a maior preocupação com a sustentabilidade estão mudando os hábitos e o desejo do consumidor”, garante ele.
Fonte: Portal VGV

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Banheiro como Spa particular é tendência na arquitetura.

Arquiteta apresenta banheiro projetado para ser um espaço para relaxar.
Independentemente do tamanho do banheiro, o importante é aproveitar da melhor forma possível o espaço disponível, ao mesmo tempo em que se cria uma atmosfera estimulante para os sentidos. É no que propõe o projeto da arquiteta e designer Sumara Bottazzar.



“É importante levar em consideração a cor adotada no ambiente. Procurei aplicar cores claras nos revestimentos”, explica a arquiteta que escolheu o branco como cor predominante e pontuou tons de verde nos objetos e acessórios. “A neutralidade dos tons é importante na medida em que não cansam o usuário, ao mesmo tempo em que não há cores e elementos que marquem época – a atemporalidade é também um dos principais objetivos na escolha dos revestimentos, louças e metais, sendo esta uma das principais características da arquiteta.”
Neste espaço também foram empregadas algumas soluções inteligentes, como o espelho da bancada. “Sobreposto ao grande painel de flores rosadas que traz feminilidade ao ambiente, utilizei um espelho que desliza ao longo de toda a extensão da bancada, podendo ser utilizado em qualquer ponto.”


Além do painel da bancada, foi utilizado um painel de vidro jateado que delimita a área do chuveiro e permite que a luz passe de maneira uniforme. Do outro lado do painel está a banheira, próxima ao degrau que eleva toda a área molhada em relação ao nível da porta de entrada.
Outro aspecto relevante é a iluminação. “Invista em uma iluminação que atenda às necessidades funcionais do banheiro e que também possa criar diferentes cenários. A luz intimista e pontual te ajudará a relaxar e recarregar as energias, enquanto a luz geral e difusa é importante para momentos em que é necessário visualizar detalhes e evitar sombras no rosto ao aplicar maquiagem, por exemplo.” As luzes da cromoterapia e os sais de banho e flores da aromaterapia também contribuem para a atmosfera de bem estar. Assim, foi concebido um espaço totalmente sensorial.
“Com a correria do cotidiano, é importante ter um momento e um local adequado para repor as energias. Portanto, transformar um espaço que era basicamente utilitário em um espaço que remete aos antigos rituais de banho agrega maior qualidade de vida”, finaliza Sumara.
Fonte: Lugar Certo


quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Crise passa longe e mercado imobiliário de luxo atrai investidores

A crise parece não ter chegado ao mercado imobiliário brasileiro, e passou bem longe dos prédios de luxo.
Os investidores, temendo os resultados da Bolsa e possíveis mudanças na poupança, partiram para o investimento que consideram mais conservador.


Investir em imóvel nunca é risco. O investidor sempre vai ter de o retorno do valor do imóvel e mais um pouco. As regiões de São Paulo, por exemplo, estão valorizando”, afirmou a gerente-geral da Lello Imóveis, Roseli Hernandes.
Considerando o estado da propriedade, a localização e outros fatores de oferta e procura, o retorno do investimento feito pelo proprietário pode ser mais atrativo do que em outras aplicações financeiras.
“O dinheiro aplicado é valorizado com os anos, pois, em geral, as propriedades ganham valor no decorrer do tempo, especialmente nos centros das cidades”, explicou o gerente-geral de Aluguéis da Auxiliadora Predial, Alexandre Arruda.

Mercado de luxo.
Um segmento que se destacou em meio à crise foi o de prédios de luxo. Com preço mínimo por metro quadrado de R$ 6 mil, eles são feitos para um público bastante exigente, que busca, acima de tudo, privacidade.
“O número de unidades é uma característica importante, em geral, quando se fala em alto padrão, trata-se de um apartamento por andar”, explicou Roseli.
O elevador é privativo, com senha. Na parte externa, normalmente há piscina, espaço gourmet, pista de cooper, área fitness, sauna, solário, área para diversão de bichos de estimação e muitas vagas na garagem (para carros de grande porte). O público de alto padrão também quer muita segurança, porem com facilidade de acesso às suas residências.
Mas a novidade é que cada vez mais os edifícios de alto padrão estão trazendo toda esta comodidade para o lado de dentro dos apartamentos. “Eles pagam por isso”, disse a gerente geral da Lello.

Uso das prioridades
De acordo com Roseli, grandes partes dos compradores desses imóveis de alto padrão os adquirem para morar. Em São Paulo, bairros com Vila Nova Conceição, Jardins, Tatuapé, Moóca, Higienópolis e Moema são áreas bastante atrativas.
Além de moradores, esses imóveis também atraem investidores. Eles compram na planta, esperam a construção terminar e vendem. “Se a pessoa comprar bem, o imóvel valoriza bastante”, afirmou Roseli.
Existem também as pessoas que deixam esse imóvel para alugar. Um exemplo são famílias que diminuem porque os filhos casam. Os pais, então, buscam um outro apartamento para morar, de menor tamanho, e deixam o de alto padrão para locar. O valor mensal da locação chega a R$ 18 mil.
Este valor também vem acompanhado do condomínio. Em um prédio de luxo, Roseli afirmou que facilmente a pessoa chega a pagar R$ 5 mil de condomínio.
Fonte: Web luxo

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Estamos em uma bolha imobiliária residencial?
Por Márcio Fenelon
Olhando para minha infância, eu lembro muito bem como foi uma enorme conquista para minha família ter uma casa própria. Foram muitos anos de aluguel, que deixava minha mãe angustiada.
Era difícil porque simplesmente não se tinha acesso a financiamento. Veja só: a primeira casa que meu pai comprou foi paga em 18 meses diretamente com o proprietário. E agora o financiamento mais fácil tem sido um grande fator da dinâmica dos imóveis.
Semana passada, na primeira newsletter da série especial de Imóveis, comentei sobre a definição de bolha imobiliária e as condições que levaram para tal situação no caso dos Estados Unidos. Agora vamos comparar o caso americano com o brasileiro.
Primeiro olharemos as coincidências. O mercado americano apresentou um incrível aumento de preço em poucos anos. Olhando friamente o comportamento do mercado brasileiro de imóveis residenciais, tivemos aumentos até mais fortes.
Este gráfico mostra que o índice de preço de imóveis residenciais dados em garantia para financiamentos, divulgado pelo Bacen (IVG-R), mais do que quintuplicou em bases nominais, saindo de 100 em março de 2001 para 550 em junho de 2014. Especialmente nos últimos anos, desde 2007, o preço mais que dobrou de valor.
Mas somente uma alta de preços não é suficiente para configurar uma bolha. Você precisa de causas insustentáveis para ter um quadro de bolha.
Outra coincidência com o mercado americano e uma das causas para o avanço de preços dos imóveis brasileiros certamente está relacionada com o financiamento imobiliário. Em primeiro lugar houve um fortíssimo crescimento no volume de financiamento.
O saldo de crédito de financiamentos imobiliários cresceu de 1,6% do PIB em 2007 para 9,3% em 2014. De novo, mais de cinco vezes maior.
Para se ter uma ideia, em 2007 foram feitos financiamentos imobiliários totalizando R$ 18 bilhões. Em 2013 tivemos “só” R$ 109 bilhões.
Além disso, houve outros três aspectos importantes.
1) Aumentou-se o prazo para pagamento passando de aproximadamente 15 anos para até 35 anos, atualmente.
2) O total financiado aumentou de 50% do imóvel para 80%.
3) O custo dos empréstimos reduziu de TR+12% ao ano para algo como TR+8,5% ao ano, ou até menos em empréstimos para o programa Minha Casa Minha Vida.
Até aqui as semelhanças entre a situação americana e brasileira são assustadoras - aumento de crédito e aumento de preços muito fortes.
Agora vejamos as diferenças.
O crescimento em si do crédito não caracteriza uma bolha. A não ser que esse crescimento ocorresse com empréstimos mal feitos.
A dívida imobiliária americana representava 90% do PIB, no auge. A dívida brasileira representa pouco mais de 9% do PIB.
Mais importante do que isso, as famílias americanas estavam pagando o equivalente a 36% da renda nas prestações de seus financiamentos imobiliários, enquanto no Brasil esse número está em 17%.
A disciplina na concessão de crédito no Brasil é muito maior que a americana. Só se empresta para as pessoas com renda pelo menos três vezes maior que as prestações (exceção para o Minha Casa Minha Vida), enquanto que nos EUA estavam fazendo os famosos empréstimos NINJA (No Income, No Job, No Asset) para pessoas sem renda, sem trabalho e sem ativos.
A disciplina é tanta que a inadimplência continua sob controle, se situando na faixa de 2%. De novo, a exceção é o programa Minha Casa Minha Vida, com inadimplência bem maior.
Além disso, um ponto importante de diferença entre a situação americana e a brasileira foi o crescimento da renda das pessoas.
A renda per capita brasileira subiu 72% entre 2007 e 2013, enquanto nos EUA não houve nenhum aumento de renda durante a bolha imobiliária.
Resumindo, temos aqui um efeito quádruplo:
- Disponibilidade de financiamento;
- Aumento do percentual financiado dos imóveis;
- Custos menores e prazos maiores;
- Aumento de renda per capita.
O que isso significa na prática?
Vamos supor que uma pessoa ganhasse R$ 5 mil em 2007. Com esse salário e com as condições de prazo, custo e recursos próprios, ela poderia financiar no máximo R$ 125 mil e comprar um imóvel de, no máximo, R$ 250 mil.
Agora vamos supor que a renda dessa pessoa subiu na média da renda per capita brasileira, ou seja, essa pessoa está ganhando agora R$ 8.600. Com melhores condições de financiamento, maior prazo, menor custo, e percentual de financiamento, ela poderia financiar R$ 330 mil e comprar um imóvel de R$ 660 mil. Um valor 165% maior com o mesmo comprometimento de renda.
Para sermos justos, se supormos que essa pessoa possa entrar com só 20% de recursos próprios, então ela poderia comprar um imóvel de R$ 412,5 mil, 65% maior do que nas condições anteriores.
A conclusão é que, do ponto de vista de capacidade de pagamento, o crescimento de preços que aconteceu entre 2007 e 2014 é consistente e justificável.
Porém fica claro que os preços atuais estão tão caros quanto estavam em 2007. Avançamos muito para chegar no mesmo lugar.
E, apesar de importante, só com essa conclusão não dá para cravar que não há bolha imobiliária. Ainda temos os outros fatores que elevaram a demanda.
Resta saber como se comportarão em um mercado mais devagar tanto na renda quanto com a nova realidade das condições de financiamento imobiliário.