domingo, 26 de junho de 2016

Comprar ou alugar um imóvel? Veja dicas para fazer a melhor escolha



Em tempos de crise e desemprego em alta, a dúvida sobre a hora certa de deixar de pagar aluguel e financiar a compra de um imóvel se torna ainda maior.
Além dos cálculos envolvidos, que incluem o preço do imóvel e da locação e o rendimento mensal que se obtém com o dinheiro poupado até então, é preciso levar em conta também fatores mais subjetivos, como a segurança no emprego e a certeza de que vai permanecer na mesma cidade.
“A compra de um imóvel faz parte da construção de um patrimônio”, lembra Pedro Seixas Corrêa, professor da FGV. “Mas para quem não tem estabilidade no emprego não sou muito favorável a alguém entrar em um financiamento de longo prazo agora”, completa.
A pedido da Folha, a consultoria Geoimovel levantou o preço médio do metro quadrado de imóveis novos à venda em dez bairros da cidade de São Paulo. O quadro abaixo mostra também o valor do aluguel nesses locais, segundo a pesquisa do Secovi­SP.
O consultor Marcelo Prata, do Canal do Crédito, exemplifica o raciocínio que deve ser seguido por quem está na dúvida se é hora de ter a casa própria. O aluguel de um imóvel de 48 m² e dois dormitórios na Vila Mariana sai por cerca de R$ 1.200, sem incluir na conta o condomínio.
Se o futuro mutuário tiver R$ 120 mil para dar de entrada em um imóvel novo de R$ 600 mil, ou seja, 20% do total, a primeira parcela do financiamento de 30 anos será de R$ 6.224, logo muito acima da locação para se manter em um imóvel de padrão parecido.
“Com o aluguel nesse patamar, quem quer financiar um apartamento pode se manter no aluguel e a diferença para o financiamento (no caso, mais de R$ 5.000) ser poupada. Com essa poupança, em três ou quatro anos, ele pode dar uma entrada maior, diminuir a diferença entre aluguel e financiamento e aí sim obter uma vantagem”, explica.
Para ele, há um mito de que o aluguel e a prestação do financiamento são do mesmo valor, mas essa conta pode não fechar dependendo do padrão do imóvel escolhido. “Para não inflacionar muito o custo de vida, o financiamento pode ser, no máximo, de três vezes o valor do aluguel”, diz.
Investimento
Há incertezas também para os investidores, que adquirem o bem para ter o retorno com a renda da locação. Neste caso, economistas recomendam que o valor do aluguel obtido corresponda a cerca de 0,6% do valor venal do imóvel para valer a pena ter o dinheiro imobilizado.
O cruzamento de dados nos locais pesquisados, destaca o consultor Marcelo d’Agosto, mostrou que a proporção ficou abaixo disso. “Além do rendimento [do aluguel] ser bem menor do que investimentos sem grandes riscos, há a possibilidade de o apartamento ficar vazio, da inadimplência do locatário ou ainda custos com possíveis reformas”, afirma.
A poupança, por exemplo, a aplicação em renda fixa mais conservadora,
rendeu 0,7% em dezembro.
Valores mínimo e máximo do m² para compra e locação em Outubro/ 2015 (Em R$)

*A amostra considerou apartamentos lançados nos últimos três anos (out/12 a out/15) com unidades em estoque.
**A região do centro engloba os bairros Barra Funda, Bom Retiro, Cambuci, Centro, Liberdade, Pari e Santa Cecília.


quinta-feira, 9 de junho de 2016

Gerar energia solar em casa pode ser um bom negócio

Energia solar em casa hoje permite que não se tenha que pagar nada na conta de luz no fim do mês e até ficar com crédito com a distribuidora de energia. Veja como



Você já pensou em receber a conta de luz no fim do mês e não ter de pagar nada pela energia usada durante o mês? Melhor: já imaginou ter crédito com as companhias de energia? Pois as medidas adotadas pela Aneel na resolução 482, publicada no ano passado, são um grande passo para que isso aconteça. De acordo com as novas regras, além da regulamentação da produção de energia solar no país, há agora o sistema de compensação de créditos a favor do consumidor, o que viabiliza economicamente os sistemas de energia solar.

"É algo bastante simples. Toda energia gerada durante o dia pelo sistema de eletricidade solar será usada pelos eletrodomésticos e demais equipamentos que estão consumindo energia naquele momento. Mas se houver excedente de energia, esta quantidade será exportada para a rede da distribuidora, que retornará a energia em forma de crédito na conta do consumidor", explica Jonas Gazoli, diretor da empresa Eudora Solar.

O crédito pode ser usado por 36 meses, inclusive em outras instalações do próprio consumidor, sendo usada durante a noite ou em dias de chuva, por exemplo, quando o sistema solar não está produzindo energia na ausência do astro-rei.

"Esse sistema permite que o consumidor tenha contabilizada a geração de energia mesmo quando não estiver usando. Na prática, ele se torna um produtor de energia em alguns momentos do dia, quando o consumo é baixo ou não há consumo", diz Marcelo Gradella Villalva, pesquisador e professor da Unesp.

Como é mais comum as pessoas não estarem em casa durante o dia, o sistema de compensação faz com que, no final do mês, toda a energia produzida seja descontada na conta de luz, resultando em uma economia que pode chegar a 100%.

VÁLIDA PARA TODO MUNDO
A medida é tão favorável que até mesmo universidades estão fazendo uso de eletricidade solar visando a redução nos gastos.

É o caso, por exemplo, da Fumec BH (MG), que agora conta com o sistema implantado pelo engenheiro e professor da instituição Virgilio Medeiros.

"Como sou professor da disciplina energia solar, fiz com que o projeto fotovoltaicotivesse a participação dos alunos e do corpo técnico da escola para desenvolvimento de competências dentro da faculdade", conta.

Mas se você gostou da ideia, não desanime, pois essa também é uma ótima medida para residências. "Já que toda energia gerada pelos painéis solares deixa de ser buscada na concessionária local de energia, o sistema fotovoltaico gera uma economia imediata na conta de energia elétrica", salienta Luis Felipe Lima, proprietário da empresa Minha Casa Solar.

A conclusão é que energia solar, além de limpa por não consumir recursos naturais, é um bom negócio.

"Nossa tarifa de energia é cara e os reajustes são anuais por causa da inflação. Apesar de o governo estar tentando baixá-las, ela vai continuar custando caro. Assim, quando você instala um sistema solar fotovoltaico, na verdade está comprando antecipadamente a energia elétrica que vai consumir durante os próximos 30 anos", afirma Marcelo Villalva, da Unesp.


PAINÉIS SOLARES VALORIZAM O SEU IMÓVEL



Pesquisa feita nos Estados Unidos revela que casas que tenham sistemas de energia solar fotovoltaica são valorizadas na hora da venda.

O laboratório Berkeley, coletou informações nos últimos anos sobre o valor da venda de casas que possuem um sistema fotovoltaico instalado em comparação com casas que não geram a sua própria energia.

O Laboratório Berkeley é um membro do sistema de laboratórios nacionais apoiado pelo Departamento de Energia dos EUA. É administrado pela Universidade da Califórnia (UC) com mais de 13 prêmios Nobel associados a instituição.

Os primeiros estudos feitos com base em modelagens mostraram que os compradores estavam dispostos a pagar, em média, U$ 15.000,00 a mais por casas que possuíssem um sistema fotovoltaico instalado. Outro estudo feito em janeiro de 2015 mostrou que os compradores também estavam dispostos a pagar mais por casas que tinham energia solar através de Leasing (Leasing é uma forma de aluguel de placas fotovoltaicas praticado no mundo todo).


CASAS COM ENERGIA FOTOVOLTAICA PODEM VALER DE 3% A 6% A MAIS NA HORA DA VENDA


Na última pesquisa realizada constatou-se que as casas com energia solar tinham seu preço aumento de 3% a 6% a mais que as que não tinham painéis fotovoltaicos instalados. Com um aumento médio de preço variando entre U$10.000 e U$22.000 (R$35.000 a R$95.000).

Atualmente mais de 600.000 casas e comércios produzem a sua própria energia com a Luz do Sol nos EUA.

O CRESCIMENTO DO MERCADO SOLAR RESIDENCIAL NOS EUA FOI DE 51% (2014)


Com 1.231.000kWp instalados, 2014 marcou o terceiro ano consecutivo com crescimento acima de 50% no mercado solar residencial americano. Foram mais de 186.000 instalações individuais concluídas durante o ano.

O segmento de instalações em comércios e indústrias teve um total de 1.036.000kWp instalados em 2014 e o segmento de grandes usinas totalizou 3.934.000kWp. Os 3 segmentos somados ultrapassam a marca de 6.2GW de energia. (Equivalente a uma usina Hidrelétrica de Tapajós foi instalado em energia solar fotovoltaica em um único ano nos EUA! Enquanto aqui no Brasil…)

Em 2015 é esperado que as instalações totalizem mais de 8GW, sendo que o maior crescimento está vindo do mercado residencial.


ENERGIA SOLAR RESIDENCIAL NO BRASIL


energia solar residencial começou a engatinhar em 2015 no Brasil. Embora o crescimento do mercado de energia solar residencial tenha sido de 300% este ano, este valor ainda é insignificante em termos de kW instalados.

O Brasil instalou, neste ano, no mercado residencial menos que 1% da quantidade instalada nos EUA em 2014. Em números totais, somando-se o segmento residencial, não-residencial e usinas, o Brasil instalou em 2015 menos que 0,5% do que foi instalado nos EUA em 2014.

PORQUE COMPENSA INSTALAR ENERGIA SOLAR NA SUA CASA OU EMPRESA?


Aqui no Brasil, embora o mercado esteja no começo, já é possível instalar células fotovoltaicas na sua casa ou empresa para reduzir a sua conta de luz e garantir o seu fornecimento.

Com a criação da regulamentação 482/12 da ANEEL é totalmente permitido você instalar um sistema fotovoltaico conectado na rede elétrica da sua casa sem precisar usar baterias. Dentro desta regulamentação, quando você produz mais energia do que está consumindo (por exemplo na hora do almoço), a energia produzida em excesso é injetada na rede da distribuidora através de um novo relógio de luz (relógio de luz bi-direcional) e você acumula créditos de energia em sua conta de luz para compensar durante a noite, dias chuvosos e meses que você não produzir tanta energia. Saiba mais aqui sobre a regulamentação 482/12 dos créditos de energia.

A energia solar está se pagando mais rápido


Com os aumentos da conta de Luz deste ano e os aumentos por vir os sistemas fotovoltaicos já se pagam em 5 anos em muitos estados brasileiros.

Segurança no fornecimento de energia


Depois que você instalar um sistema fotovoltaico, caso acabe a energia em momentos de crise por falta de planejamento do nosso governo basta adicionar baterias e um controlador de carga e você se tornará independente da rede. (Custa mais caro, mas no futuro esta será uma opção para quem já tem as placas instaladas em sua residência)

A sua casa vai valorizar


A pesquisa mencionada no começo desta matéria prova para você que a sua casa vai valer mais depois que você instalar painéis fotovoltaicos.

Faça a sua parte pelo meio ambiente






sábado, 4 de junho de 2016

Alta no preço dos imóveis no último ano é a menor desde 2013



Nos últimos 12 meses encerrados em abril, o preço médio dos imóveis subiu apenas 0,21%, segundo o Índice FipeZap, que acompanha a variação nos valores de casas e apartamentos anunciados para venda em 20 cidades brasileiras. Essa é a menor alta em 12 meses já registrada pelo índice, que iniciou sua versão ampliada (com 20 cidades) em janeiro de 2013.
No mesmo período, a inflação medida pelo IPCA deve ficar em 9,19%, segundo a previsão do Boletim Focus do Banco Central. Isso significa que ao considerar o efeito da alta dos preços, o índice apresenta queda real de 8,23% em 12 meses.
A queda real é registrada quando o valor de um determinado bem tem uma alta inferior ao aumento generalizado de preços, medido por índices inflacionários, como o IPCA. Vale destacar que a variação real não é obtida com uma simples subtração. Para realizar o cálculo, é preciso dividir a oscilação dos preços pela variação da inflação.
Nenhuma das 20 cidades que compõem o índice registrou variação superior à inflação nos últimos 12 meses e em Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife, Niterói e Distrito Federal houve queda nominal de preços (variação negativa) no período.
Abril
No mês de abril, o índice ficou praticamente estável, apresentando leve variação de 0,07%, sendo que sete cidades, dentre as 20 acompanhadas, apresentaram variação negativa no mês. Além disso, apenas duas cidades apresentaram altas acima da inflação: Curitiba e Vitória.
O valor médio do metro quadrado anunciado das 20 cidades foi de 7.619 reais em abril. O Rio de Janeiro continua sendo a cidade com o metro quadrado mais caro do país (10.340 reais), seguida por São Paulo (8.623 reais). Já as cidades brasileiras com menor valor médio do metro quadrado foram: Contagem (3.544 reais) e Goiânia (4.261 reais).
Veja na tabela a seguir a variação dos preços dos imóveis à venda nas 20 cidades acompanhadas pelo índice FipeZap em abril, março e nos últimos 12 meses. A lista foi ordenada da maior para a menor variação em abril.
RegiãoVariação mensal/abril 2016Variação mensal/março 2016Variação em 2016Variação nos últimos 12 meses
Curitiba0,84%0,70%1,10%1,96%
Vitória0,80%0,49%0,80%6,09%
IPCA (IBGE)*0,53%0,43%3,16%9,19%
Porto Alegre0,52%0,29%0,62%2,63%
Salvador0,47%0,11%-0,52%0,50%
Belo Horizonte0,22%0,31%0,77%-0,38%
Distrito Federal0,19%0,02%-0,26%-0,54%
Campinas0,18%0,32%0,40%1,29%
Florianópolis0,16%0,66%2,74%8,54%
Santo André0,12%0,44%1,74%4,79%
Vila Velha0,08%0,15%1,18%3,50%
Índice FipeZap Ampliado (20 cidades)0,07%0,03%-0,03%0,21%
São Caetano do Sul0,07%0,04%0,83%3,40%
São Paulo0,06%0,01%0,20%0,77%
Contagem0,04%-0,24%0,09%0,94%
São Bernardo do Campo-0,03%0,04%0,26%1,28%
Recife-0,06%-0,42%-1,03%-1,21%
Fortaleza-0,14%-0,80%-0,80%2,55%
Santos-0,15%-0,21%-1,12%1,47%
Goiânia-0,16%0,47%1,23%2,74%
Niteroi-0,17%-0,31%-1,61%-2,86%
Rio de Janeiro-0,30%-0,18%-0,86%-2,87%
Veja na tabela abaixo o preço médio do metro quadrado anunciado em cada cidade em março:
RegiãoPreço médio do metro quadrado em abril
Rio de JaneiroR$ 10.340
São PauloR$ 8.623
Distrito FederalR$ 8.574
Média (20 cidadesR$ 7.619
NiteroiR$ 7.445
FlorianópolisR$ 6.470
RecifeR$ 6.023
São Caetano do SulR$ 5.894
Belo HorizonteR$ 5.882
FortalezaR$ 5.868
Porto AlegreR$ 5.560
VitóriaR$ 5.558
CampinasR$ 5.406
CuritibaR$ 5.373
Santo AndréR$ 5.226
SantosR$ 5.051
São Bernardo do CampoR$ 4.892
SalvadorR$ 4.697
Vila VelhaR$ 4.496
GoiâniaR$ 4.261
ContagemR$ 3.544
O Índice FipeZap tem dados disponíveis sobre São Paulo e Rio de Janeiro desde janeiro de 2008. Para Belo Horizonte, a série histórica começa em maio de 2009. Para Fortaleza, em abril de 2010; para Recife em julho de 2010; e para o Distrito Federal e Salvador, em setembro de 2010.
Entre as cidades incluídas mais recentemente na composição do Índice FipeZap Ampliado, os municípios do ABC Paulista e Niterói têm dados disponíveis desde janeiro de 2012. Vitória, Vila Velha, Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba têm séries históricas iniciadas em julho de 2012. O índice FipeZap Ampliado foi lançado em janeiro de 2013.
O indicador elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com o site de classificados Zap Imóveis, acompanha os preços do metro quadrado dos imóveis usados anunciados na internet, que totalizam mais de 290 mil unidades por mês.
Além disso, são buscados também dados em outras fontes de anúncios online. A Fipe faz a ponderação dos dados utilizando a renda dos domicílios, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
FonteExame