domingo, 27 de novembro de 2016

Mercado imobiliário começa a perceber recuperação




Um dos primeiros a serem afetados pela crise, setor começa a retomar a confiança do consumidor.
O primeiro semestre de 2016 não foi favorável ao mercado imobiliário, que viu seus estoques estacionando, com pouco investimento pelo consumidor, que depende do crédito e do financiamento imobiliário para adquirir a tão sonhada casa própria. Fato é que a crise que assolou o país está ficando para trás e fazendo com que aos poucos o consumidor retome a confiança no mercado imobiliário.
De acordo o economista José Pio Martins, outras crises virão. “Essa não é a primeira crise pela qual passamos e nem mesmo será a última, e geralmente, este é o ciclo da crise: há um retraimento, justamente pela incerteza do dia de amanhã, mas há também novas perspectivas, porque é na crise que novos cenários e novas possibilidades se desenham”, diz o economista.
Pio afirma que há um déficit habitacional no Brasil de 7 milhões de moradias, isso sem contar o crescimento anual da população, que é cerca de 1 milhão e 600 mil pessoas. “Para que cada brasileiro pudesse ter uma moradia, anualmente teriam que ser construídas 400 mil novas habitações, isso sem contar o déficit existente”, diz.
Boa hora para comprar um imóvel
Vários fatores impactaram para que a busca de imóveis diminuísse, entre eles, o desemprego e a alta dos juros. “A taxa de juros subiu, tivemos altos índices de desemprego e as expectativas se deterioraram. A aquisição de um imóvel é diferente de aquisição de um bem de consumo, e por isso, as pessoas preferiram segurar o seu dinheiro na incerteza do dia de amanhã”, diz o economista.
Pio ainda destaca que fugir do “efeito manada” é a melhor estratégia para quem quer investir. “Costumo sempre usar uma frase do Warren Buffett, que diz: quando todo mundo está agitado, eu me recolho, quando todos estão deprimidos, eu vou ao mercado comprar. Pois é justamente quando há um clima negativo, com preços em baixa, que há uma liquidação do estoque, para que venha uma nova fase”, afirma o especialista.
Para o CFO do Grupo Thá, Alexandre Leal, o crescimento das linhas alternativas e programas de crédito, assim como a diversificação das instituições financeiras, é bastante favorável, pois oferece ao consumidor várias possibilidades e modalidades de compra. “A obtenção de crédito é fundamental. Quanto mais crédito houver, mais as incorporadoras vendem. Quando os bancos públicos recuam, as instituições financeiras privadas encontram uma oportunidade de mercado. Quanto mais agentes financeiros atuando no mercado, melhor para o consumidor, pois dessa forma ele consegue escolher qual a melhor linha de crédito e que instituição oferece condições mais flexíveis para financiamentos”, diz.
De acordo com Pio, o sistema habitacional e financeiro deverá ser remodelado pelos bancos nos próximos anos. “Com a abertura do mercado e os bancos se tornando cada vez mais protagonistas nos financiamentos imobiliários, acredito que em breve os bancos reestruturem os seus sistemas de financiamento. Os bancos gostam de financiamento imobiliário por uma razão: porque ao mesmo tempo que a pessoa tem um passivo, ela também tem um ativo, e o ativo é a garantia, é o próprio bem”, afirma o economista.
Para o CEO do Grupo Thá, Arsenio de Almeida Neto, o ano de 2017 trará boas surpresas, e o mercado poderá retomar o fôlego, inclusive com novos lançamentos. “Estamos com uma visão otimista do mercado como um todo. Novos lançamentos estão previstos, e nossos estoques já estão muito abaixo do mesmo período do ano passado. O cenário nacional e a política econômica antecipam dias melhores no mercado da construção civil, que sentiu um impacto muito negativo com a crise econômica e política do país, temos que ser cautelosos, porém, otimistas”, conclui.
Fonte: Segs

domingo, 20 de novembro de 2016

Vendas de imóveis residenciais crescem 23,3% em setembro, diz Secovi-SP



O mercado imobiliário na capital paulista teve melhora no mês de setembro, com crescimento das vendas e dos lançamentos, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 10, pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
As vendas de imóveis residenciais novos em setembro de 2016 chegaram a 1.717 unidades, crescimento de 59,3% em relação a agosto e expansão de 23,3% ante setembro de 2015. No acumulado deste ano, porém, as vendas totalizaram 10.817 unidades, volume 21% inferior ao total vendido no mesmo período do ano passado.
Os lançamentos de imóveis residenciais em setembro atingiram 2.165 unidades, volume 83,9% superior a agosto e 66,9% maior do que em igual mês de 2015. De janeiro a setembro, os lançamentos totalizaram 10.172 unidades, queda de 27,9% em relação ao mesmo intervalo do ano passado.
Com isso, a velocidade das vendas (relação entre a quantidade de unidades comercializadas e o total de unidades recém-lançadas e no estoque) foi de 6,6% em setembro, mostrando aceleração frente aos 4,2% de agosto. O desempenho também foi melhor do que em setembro de 2015, quando foi de 5,0%.
O estoque de unidades residenciais (na planta, em obras e recém entregues) encerrou o mês de setembro em 24.426 unidades, redução de 6,8% frente a setembro de 2015.
Os resultados de lançamentos e vendas em setembro foram os segundos maiores no ano, de acordo com pesquisa do Secovi-SP, e correspondem às expectativas de mudança na conjuntura econômica do País. No entanto, o sindicato ainda não confirma que há uma recuperação, de fato.
“Apesar dos resultados positivos, não classificamos a melhora como reação, pois os resultados do acumulado do ano ainda estão abaixo dos índices registrados em 2015, tanto nos lançamentos como nas vendas. Acreditamos que o mercado vai reagir de forma mais gradual, ao longo dos próximos meses”, avalia o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, em nota distribuída à imprensa.
Para o presidente da entidade, Flavio Amary, o aumento nas vendas e nos lançamentos registrado em setembro significa um novo ânimo. Por outro lado, reivindica continuidade da redução da taxa de juros, para que o setor imobiliário retome suas atividades aos patamares normais.
Fonte: Em

sexta-feira, 18 de novembro de 2016



Passo a passo para realizar um financiamento imobiliário

O financiamento imobiliário não é nenhum bicho de sete cabeças, muito pelo contrário, ele pode ser mais fácil do que se imagina. Um bom corretor de imóveis sabe que é preciso criar diferenciais para aumentar sua taxa de fechamento de vendas, fidelizando clientes e criando uma divulgação boca a boca que pode fazer uma grande diferença na sua cartela de imóveis. E, afinal de contas, entender como funciona um financiamento imobiliário não é tão difícil assim, basta prestar atenção a alguns pontos-chave. Veja agora um passo a passo que vai ajudá-lo a orientar ainda melhor seus futuros clientes.

Passo 1 – Reunindo os pré-requisitos

Para realizar um financiamento imobiliário, além de ser brasileiro nato ou naturalizado ou estrangeiro com visto de permanência, a pessoa tem que ser maior de 18 anos ou emancipada. No entanto, ela também não pode ultrapassar 80 anos e seis meses na soma da própria idade com o prazo de amortização – caso contrário, não conseguirá o seguro habitacional.
O candidato ao financiamento também não deve ter nenhum outro imóvel em seu nome ou estar em processo de compra de imóvel na mesma cidade em que mora. Mas isso só vale para o caso dele querer usar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o famoso FGTS. Ele também precisa atestar sua capacidade de pagamento através de comprovantes de renda.
Ter a ficha cadastral limpa é indispensável, assim como ser capaz civilmente, o que significa, segundo o Código Civil, não ser menor de 16 anos, não ser ébrio habitual ou viciado em drogas, não ter enfermidade ou deficiência mental que impeça o discernimento ou não ter a capacidade de exprimir a própria vontade – mesmo que este estado seja apenas transitório.

Passo 2 – Ajude o cliente a fazer uma simulação online

Nesta etapa, você pode ajudar o cliente a fazer a simulação do financiamento, que é quando ele verá se realmente tem condições de arcar com todas as despesas. Pode acontecer de ele ter o valor da entrada, mas as prestações e mensalidades do imóvel pretendido estarem além do seu orçamento.
Por isso, tenha sempre outros imóveis que atendam ao perfil dele, mas com valores diferentes como segundas e terceiras opções. O melhor mesmo, no entanto, é fazer essa simulação antes de escolher o imóvel, de forma que você já tenha opções mais assertivas para ele, especificamente.
Uma vez feita a simulação, fica mais fácil comparar as melhores taxas e propostas de cada instituição financeira, até porque diversos bancos contam com simuladores em suas páginas na internet. Você pode ajuda-lo ou deixá-lo à vontade para fazer sozinho.

Passo 3 – Escolhendo o imóvel e reunindo a documentação

Partindo do princípio de que o imóvel ainda não foi escolhido, veja na sua cartela os que mais se adequam ao valor e ao perfil do seu cliente. Lembre-se que o cliente não deve ter nenhuma restrição cadastral, como SPC ou Serasa, que devem ser resolvidas antes dele fazer a proposta ao banco. Ajude-o nessa etapa também se for possível.
Quando encontrar o imóvel, é hora de reunir a documentação exigida, verificando se o imóvel não tem qualquer tipo de restrição que impeça o financiamento. Pendências judiciais, falta de registro no Cartório de Imóveis e documentação irregular por parte da construtora ou incorporadora no caso de lançamentos também impedem o financiamento imobiliário. Se o imóvel for usado, cheque toda a documentação junto ao proprietário.

Passo 4 – Enviando a documentação

Além da documentação do imóvel, o candidato ao financiamento também deverá apresentar alguns documentos pessoais, como RG e CPF dele e do cônjuge, se for casado; comprovação do estado civil; extrato do FGTS e Certidão Negativa de propriedade de Imóvel (se for usar o FGTS); Certidão Conjunta Negativa de Débitos relativos a tributos federais e Dívida Ativa da União ou Certidão Conjunta Positiva com Efeito de Negativa destes mesmos débitos.
Oriente seu cliente sobre a comprovação de renda, que deve ser dos dois, caso ele viva maritalmente com alguém. Ele pode ser feito através de holerite, declaração de Imposto de Renda ou extrato bancário. Se o cliente for autônomo, o extrato e o IR continuam valendo como comprovante de renda, além de contratos de prestação de serviços, recibos, declaração do sindicato, Declaração Comprobatória de Recepção de Rendimentos (Decore) feita pelo contador ou qualquer outro documento que seja indicado pelo próprio banco.

Passo 5 – Aguardando a análise jurídica e de crédito

O próximo passo é tenso, porque é justamente a espera da análise jurídica e de crédito realizada pela instituição financeira com base nos documentos entregues. Além dos critérios do seu cliente, são analisados também os critérios do imóvel e sua adequação aos parâmetros estabelecidos pelo banco. Nessa fase, não há muito o que fazer a não ser aguardar uma resposta do banco, que deve chegar dentro de 30 dias. É nesta fase, também, que é feito o seguro habitacional, que protege o cliente e o imóvel durante todo o tempo do financiamento imobiliário e é obrigatório.

Passo 6 – Avaliação do imóvel

Enquanto isso, o imóvel estará sendo avaliado através de uma visita agendada entre um engenheiro credenciado e o proprietário ou representante da construtora. Essa avaliação vai garantir ao seu cliente que o imóvel realmente está dentro do valor de mercado praticado para aquele tipo de construção, região e época, com base em perícia técnica.

Passo 7 – Assinando o contrato e fazendo o registro em cartório

Finalmente tudo certo, é hora de concluir a venda. Após a conferência dos dados, o banco ou instituição financeira emitirá o contrato para ser assinado e registrado no Cartório de Imóveis, formalizando a operação. É hora também de pagar o Imposto de Transmissão de Bens e Imóveis (ITBI).

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Chineses criam painel solar que gera energia a partir da chuva também


A placa é capaz de aproveitar os raios do sol e os pingos de chuva, tornando-se eficiente em qualquer condição.

O sistema funciona graças a uma camada de grafeno incorporada à superfície das placas. | Foto: iStock by Getty Images

A energia solar é uma das grandes soluções e apostas globais para a produção de eletricidade com baixo impacto ambiental, seja em larga ou em pequena escala. No entanto, ela ainda enfrenta alguns entraves. O mais comum é a baixa produção em dias nublados ou chuvosos, mas, uma tecnologia pode mudar este cenário.
Um grupo de cientistas chineses, liderados por Qunweu Tang, Xiaopeng Wang, Peishi Yang e Benlin He, desenvolveu uma placa fotovoltaica que é capaz de produzir energia a partir dos raios solares e também pelas gotas de chuva, sendo eficiente independente das condições climáticas.
O sistema funciona graças a uma camada de grafeno incorporada à superfície das placas. O material é usado para revestir as células solares, mas também é um excelente condutor de eletricidade. Segundo o material publicado pelos cientistas, tudo o que é preciso para criar a tecnologia é uma mera camada de grafeno de um átomo de espessura, para que uma quantidade enorme de elétrons possa se mover pela superfície.
Quando a água está presente neste processo, o grafeno liga seus elétrons com íons carregados positivamente, o que é conhecido entre os cientistas como interação ácido-base de Lewis.
O sal contido na chuva se separa em íons, tornando grafeno e água uma ótima combinação para a produção de energia. A água realmente adere ao grafeno, formando uma camada dupla com os elétrons de grafeno. A diferença entre as camadas é tão forte, que gera energia.
Estas células solares podem ser estimuladas pela luz incidente em dias ensolarados e por pingos de chuva nos dias chuvosos, atingindo uma eficiência de conversão de energia ideal de 6,53% sob 1,5 de espessura de radiação, junto a uma tensão de centenas de mV por pingos de chuvas.
Clique aqui para acessar o estudo completo
Fonte CicloVivo

domingo, 6 de novembro de 2016

Vendas crescem, e mercado imobiliário reage em agosto


As vendas de imóveis novos e usados cresceram e marcaram uma reação do mercado imobiliário brasileiro em agosto na comparação com julho, segundo dados da Abrainc (Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias) e do Creci (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) de São Paulo.
Em agosto, as 19 principais incorporadoras do País, que compõem a associação, venderam 9.271 unidades novas — um aumento de 1,4% em relação ao mês de julho. O resultado representa a primeira alta nos negócios dos últimos 13 meses.
A associação informou ainda que foram lançadas 4.611 unidades em agosto de 2016, o que representa um aumento de 70% frente ao volume lançado no mesmo mês de 2015.
No caso de imóveis usados, as vendas aumentaram 26,68% em agosto na comparação com o mês imediatamente anterior em São Paulo, de acordo com o conselho de corretores do Estado. Trata-se de uma reação em relação a julho, quando houve uma queda nas vendas da ordem de 20,54%. O conselho atribuiu esse recuo ao “efeito férias”.
O impulso entre os imóveis usados veio da Caixa Econômica Federal, que anunciou a liberação de R$ 34 bilhões em recursos adicionais para o financiamento de imóveis, tanto para as operações com dinheiro das cadernetas de poupança quanto para as bancadas pelo FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
O presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, explicou que “mais crédito era necessário e é bem-vindo, mas não vai adiantar se a Caixa, e também os outros bancos públicos e privados, não ajudarem o comprador mais diretamente, ampliando os prazos de pagamento e reduzindo os juros para que a prestação ´caiba´ nos orçamentos das famílias”.
Estoques e distratos
O estoque das incorporadoras, porém, continua alto. No final de agosto, havia 116.211 unidades para compra disponíveis no País. Com isso, estima-se que a oferta final de agosto seja suficiente para garantir o abastecimento do mercado durante 13 meses, mantido o ritmo de vendas do mês (9.300 unidades/mês).
Em agosto de 2016, houve o distrato de 3.754 unidades, o que representa um aumento de 2,8% frente ao número absoluto de distratos observados em agosto de 2015.
No acumulado de 2016 até agosto, o total de distratos foi de 30.321 unidades, patamar 3,9% inferior ao observado até agosto de 2015. Nos últimos 12 meses, foram distratadas 46.268 unidades, alta de 1,7% face ao total de distratos observados no período precedente.
Fonte: R7