Mercado de escritórios de Santiago se mostra aquecido no 1T de 2024
Santiago se destaca com a entrega de novo estoque e absorção líquida positiva no 1T de 2024.
Os dados consolidados do 1T/2024 do mercado de escritórios de Santiago apontam alguns destaques interessantes do setor. Entre eles, em um dos principais indicadores de crescimento ou retração do mercado – a absorção líquida. Esse índice foi novamente positivo no universo Corporate Classe A (de alto padrão) pelo nono trimestre consecutivo.
De antemão, o resultado apresentado foi de 28.152 m² no 1T de 2024 ante 10.539 do 4T de 2023. Uma diferença significativa.
Vale destacar que o mercado Corporate Classe A não apresenta absorção líquida negativa desde o 1T de 2022, apesar da pandemia.
Além disso, quando analisamos todas as classes do universo Corporate (conjuntos acima de 100 m²), os números mostram resultado positivo superior a 30 mil m². No trimestre anterior havia alcançado 17 mil m² ante saldo negativo de 6 mil m² do 3T de 2023.
Além da absorção líquida positiva, também houve no mercado de Santiago a entrega de novo estoque no universo Corporate Classe A: mais de 6,9 mil m².
Absorção das novas entregas tem sido rápida
Nesse sentido, outro destaque interessante é que tem sido rápida a absorção das áreas novas entregues. A exemplo disso, o edifício NC 3445, entregue neste trimestre, foi recepcionado com 80% de seu espaço pré-locado, e agora existe pouca disponibilidade no edifício para o mercado de locação.
Outro indicador importante do setor – o preço médio pedido de locação – apresenta estabilidade desde 2021.
No 1T de 2024, a média do preço médio pedido de locação (no mercado de alto padrão) é de UF 0,48 /m², o equivalente a R$ 97,24/m². Um dos motivos para o preço médio da cidade não estar variando muito ocorre em razão das áreas dos edifícios de maior valor estarem sendo locadas, e isso puxa o preço médio para baixo. Contudo, já é possível ver um aumento considerável nos preços dos edifícios com baixa vacância.
Regiões que mais alugaram
Entre as regiões que mais absorveram novos espaços, Las Condes (a “Faria Lima” chilena) aparece em primeira posição, com 17 mil m² de absorção líquida positiva (todas as classes). Esse resultado é quase quatro vezes maior que o 4T de 2023, que apresentou 4,4 mil m² de resultado.
Em relação ao universo Classe A (de alto padrão), foram 16 mil m² de absorção líquida positiva. Esse resultado positivo vem de uma sequência de sete trimestres consecutivos.
Las Condes vem seguida de Providencia, com 8 mil m² de absorção líquida positiva (Classe A); o resultado foi negativo nos dois trimestres anteriores.
Vitacura teve mais de 7 mil m² de absorção líquida positiva (Classe A), um resultado expressivo se comparado com os 868 m² do trimestre anterior.
Quando avaliamos a absorção bruta por regiões (ou seja, todas as movimentações de locação do trimestre), Las Condes representa uma fatia de 42% de toda a cidade. Ou seja, a “Faria Lima” chilena tem grande representatividade para o mercado. Outra parte – 26,7% – se refere às demais regiões.
Conforme gráfico acima, Providência e Vitacura consomem a fatia de 18,1% e 13,3%, respectivamente.
Cenário atual de Santiago
Por último, Santiago tem atualmente 5.055 milhões de m² de estoque total (Corporate, todas as classes) no total de 729 imóveis corporativos.
Além disso, ainda apresenta 143 mil m² de atividade construtiva de 10 novos empreendimentos em construção.
O novo estoque entregue no 1T de 2024 foi menor que o 4T de 2023, contudo também foi interessante: 6.913 mil m². Apesar da nova entrega, a taxa de vacância se manteve igual.
