segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

2017 de muito trabalho


O mercado imobiliário deve continuar firme e o aquecimento, lento e contínuo, o levará a colher bons frutos em 2017. A projeção positiva é de empresários do setor, que dizem ter sentido este ano um incremento no volume de vendas em relação ao ano passado. “O setor vem apresentando uma melhora, acho que isso é sensível para todo mundo, mas a gente tem muito a melhorar, muito trabalho a fazer”, avalia Francisco Philomeno Gomes, sócio diretor da Construtora Preferencial.
Supervisor comercial da Muza Construtora, Araújo Ataick observa o mercado imobiliário em pleno processo de reformulação. “Ele (mercado) teve momentos ruins em 2013, em 2014, e em 2015 teve uma desaceleração por conta da situação macroeconômica, mas graças às mudanças políticas está muito melhor em 2016”. A expectativa é de maior crescimento e estabilidade no ano que vem.
Gerente comercial da Construtora Mota Machado, Felipe Capistrano afirma que o mercado imobiliário sentiu um impacto “muito forte” com a crise econômica, visto que, por se tratar de um alto investimento de longo prazo, o imóvel pesa de forma preponderante no orçamento familiar. “Se você tem um momento de crise, a primeira coisa que você segura um pouco são os grandes investimentos. Então, a crise foi muito prejudicial para o nosso mercado, mas a gente vê que esse final de 2016 já apresenta uma melhora”, destaca Felipe, também certo de que 2017 será favorável para impulsionar os negócios em Fortaleza. Conforme análise feita em julho, sobre informações apuradas pelo setor de inteligência da Lopes Immobilis, a expectativa é que o mercado imobiliário encerre o ano com R$ 2 bilhões em vendas na Cidade.
Precauções
Marcelo Prado, diretor comercial da A&B Engenharia, relata que a resiliência, competência cada vez mais essencial no mundo corporativo, e a antecipação à crise garantiram um fôlego a mais ao setor. “Acho que essa sensação de que a crise não nos afetou muito é porque essa preocupação foi vista logo no princípio e o mercado imobiliário, como um todo, segurou, repensou lançamentos, focou nas vendas dos estoques. Isso fez com que o mercado ficasse sadio”.
Observa ainda que o segmento em Fortaleza conseguiu se manter mais estável por não ter sofrido problemas mais sérios, como a falência de incorporadoras. “Hoje, os estoques estão bem menores do que no final do ano passado. Ano que vem fatalmente terão vários lançamentos e, dentro das áreas de maior necessidade da população, com certeza surgirão belos empreendimentos e serão muito bem vendidos”, calcula Marcelo.
Além de identificar “vácuos” no mercado imobiliário e continuar a investir em lançamentos, a partir da demanda de cada região, as empresas também vêm lançando mão de bônus e brindes para atrair clientes e fechar novos negócios. Eduardo Rodrigues, gerente comercial da Helbor, conta que a incorporadora realiza promoções “visando mesmo atrair o cliente”. “Dentro do mercado competitivo que a gente tem hoje, o cliente busca isso”.
“Acho que essa sensação de que a crise não nos afetou muito é porque essa preocupação foi vista logo no princípio”.
Fonte: O Povo

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