domingo, 17 de maio de 2015

Como uma vaga de garagem pode influenciar na valorização do imóvel




A falta de estacionamento pode desvalorizar em 20% um imóvel quando comparado a um imóvel com as mesmas proporções que apresenta espaço para veículos. É o que indica uma pesquisa elaborada pelo Secovi do Rio de Janeiro. Isso acontece, em partes, porque o carro não é visto como item de luxo, mas sim como necessidade e solução para sistemas de transporte urbano e mobilidade pública falhos. Sem contar a facilidade no financiamento dos automóveis.
Na pesquisa do Secovi, o Leblon apresenta a maior discrepância: a diferença de valores entre dois imóveis com e sem garagem pode chegar a 22,8%. Na cidade como um todo, ter uma vaga na garagem corresponde, em média, entre 7% a 9% do valor da propriedade. Devido ao fato de muitas construções antigas em alguns bairros terem sido levantadas sem garagem, elas são ainda mais valorizadas.
Em São Paulo, a diferença entre os valores é menor, já que a quantidade de imóveis que possuem garagem subterrânea é alta. Isso porque uma lei determinava que todos os imóveis deveriam ter um espaço mínimo para os carros dos condôminos.
Mas essa situação poder estar mudando com a aprovação, em julho de 2014, do Novo Plano Diretor, do prefeito Fernando Haddad. As novas regras exigem que exista um número máximo, e não mais mínimo, de vagas. Os empreendimentos próximos aos grandes fluxos de transporte público terão o número de vagas de estacionamento ainda mais limitado. Ou seja: quem fizer questão do carro terá que pagar mais para guarda-lo.
Essas medidas fazem com que um imóvel com espaço para automóveis seja sempre valorizado, tanto na compra (da incorporadora para o cliente) quanto na venda (de um cliente para outro). Nas cidades, essa alta tem uma expectativa de continuar subindo a curto e médio prazo. Resta saber se o consumidor preferirá investir mais ou se ele abrirá mão de ter seu carro em nome de um imóvel mais barato.
Fonte: Imobex

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