sábado, 7 de setembro de 2013

9 dicas para financiar



No momento de comprar um imóvel financiado, siga alguns passos importantes


Faça uma análise dos gastos que terá com o imóvel para saber quanto comprometer da renda

Texto: Fernando Pedroso | Foto: SXC

O sonho da casa própria nunca esteve tão próximo de se realizar para os brasileiros como agora. Com o crédito facilitado e as taxas de juros mais baixas, as oportunidades de se fazer um bom negócio crescem a cada dia. Mas como financiar esse imóvel? Será mesmo a hora de dar esse importante passo na vida? O WebCasas listou dicas para financiar um imóvel que podem ajudar nessa decisão.

1. Analise o seu momento e o de sua vida financeira
Antes de mais nada, pense sobre o momento da sua vida profissional e suas condições financeiras para ver se vale mesmo a pena comprar um imóvel financiado. “Quando for comprar o primeiro imóvel, a prioridade deve ser a acessibilidade financeira e a qualidade de vida. Para um jovem em início de carreira, às vezes vale mais a pena alugar um imóvel perto do trabalho até atingir uma estabilidade profissional”, explica José Roberto Machado Filho, diretor executivo de negócios imobiliários do Banco Santander.

2. Avalie o comprometimento da sua renda
Ao financiar um imóvel, o comprador precisa se planejar, pois estará comprometendo uma fatia importante de sua renda por alguns anos e é bom escolher um imóvel com um preço justo. “Essa é a hora da pesquisa. É possível encontrar nos classificados, por exemplo, dois imóveis com o mesmo preço, mas com condições de moradia bastante diferentes”, explica Nerian Gussoni, executiva de negócios imobiliários do Banco Santander. Vale lembrar que o imóvel adquirido pode ser apenas o seu primeiro e esse pode servir no futuro como parte do pagamento de sua próxima moradia, mais espaçosa por exemplo. Ou seja, oriente sua compra para sua necessidade atual e evite “dar um passo maior do que as pernas”.

3. Tome precauções para o caso de desemprego
O ideal é ter uma reserva financeira para que, se você passar um período desempregado, possa honrar algumas parcelas de seu financiamento até se realocar. Uma alternativa interessante é a oferecida pelo Banco Santander, o Seguro Parcela Protegida. Pagando um pequeno valor de seguro junto à parcela de seu financiamento, você pode garantir a quitação de três, seis ou oito parcelas de seu empréstimo, conforme o plano contratado.

4. Conheça os tipos de financiamentos
Também é importante conhecer as modalidades de financiamento disponíveis conforme o sistema de amortização e sistema de correção. Há dois tipos de sistema de amortização: Price e SAC. No primeiro, também conhecido como tabela Price, o valor da mensalidade não varia e o comprador sabe qual será o valor das parcelas do início ao final do contrato, ou seja, serão as mesmas. No segundo, o SAC (Sistema de Amortização Constante), as parcelas começam maiores e vão reduzindo ao longo do contrato. Nesse sistema, as parcelas não são constantes e, por serem maiores no começo, você amortiza mais rápido seu contrato – o que incorre em um menor volume de juros pagos ao longo do contrato se compararmos ao sistema Price. No Santander, adota-se o sistema SAC para as parcelas atualizáveis, ou seja, para aquele financiamento em que o saldo devedor sofre correção pelo índice da poupança, atual TR (taxa referencial), enquanto que, para sistema Price, aplica-se apenas parcelas fixas (sem correção). O importante é você entender o seu momento de vida para decidir entre os tipos de amortização. Por exemplo, se seu fluxo mensal está mais comprometido e ficará apertado com o SAC, o ideal será o sistema Price.

5. Escolha com cuidado seu futuro imóvel
“Há uma certa euforia em relação aos imóveis novos na planta, mas há boas oportunidades nos usados ou novos já prontos”, conta Machado. Nesses casos, a mudança pode ser imediata e as chances de conseguir um preço mais atraente são maiores. “Uma das vantagens de se comprar na planta é poder mudar alguns itens do projeto durante a construção. Algumas construtoras permitem isso”, completa. Além disso, vale avaliar o bairro onde você vai morar, a proximidade de comércios do seu interesse, infraestrutura e segurança, entre outros itens.

6. Agilize a documentação para a compra
Para ter seu financiamento aprovado com rapidez, pesquise na instituição bancária escolhida quais os documentos devem ser entregues. Machado, do Santander, orienta: “O ideal é ter exatamente o que é pedido nos prazos solicitados. O processo é cuidadoso e, para segurança do comprador e do banco, exige alguns documentos para ser concluído, cabendo ao cliente ter a documentação em mãos para aprovar seu financiamento o quanto antes”.

7. Usufrua de toda assessoria oferecida pelo banco
Os bancos que oferecem financiamento imobiliário, em geral, utilizam uma assessoria especializada que avalia documentação e eventuais impeditivos para a compra do imóvel. É bom aproveitá-la ao máximo. É feita uma vistoria para saber se o preço do imóvel está dentro dos padrões do mercado e se a casa ou o apartamento possui algum tipo de impedimento para a venda, dando tranquilidade para o cliente e evitando aborrecimentos futuros. Esse serviço é de grande valia e algumas pessoas optam por financiar ao menos uma parte do imóvel comprado pela segurança de ter esse serviço.

8. Calcule os custos de uma possível reforma
Ao comprar um imóvel, provavelmente você vai precisar fazer alguns ajustes, que podem ir de uma simples pintura à troca completa dos pisos, da rede elétrica ou hidráulica. Nesses casos, veja se esse custo está previsto no seu orçamento. Caso a escolha tenha sido por um apartamento na planta, na maioria dos casos, ele vem sem piso, acabamento em gesso e armários. É preciso, então, ter esse custo previsto junto com o de outras personalizações que você planeja fazer.

9. Saiba qual será o custo mensal de condomínio
Ao escolher o condomínio em que vai morar, você deverá pesquisar qual é o custo da taxa condominial, que também vai comprometer uma fatia do seu orçamento mensal. Essa mensalidade varia conforme a estrutura do empreendimento e a quantidade de apartamentos ou casas do condomínio. Quanto mais pessoas para dividir os custos como manutenção, salários e insumos, menor deverá ser a taxa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário